8 jeitos de fazer seu filho descobrir atividades que ele realmente gosta
Pais, mães e outros responsáveis têm papel fundamental na busca pelas verdadeiras paixões dos pequenos, que vão muito além do que se aprende na escola.
Poder sonhar sem muitos limites é uma das várias vantagens de ser criança, já que costumam ser a vida adulta e as influências externas algumas das grandes responsáveis por tirar a cabeça dos pequenos das nuvens e, às vezes, acabar com alguns desejos no futuro.
Algumas vezes, entretanto, pais e responsáveis têm também papel fundamental na intenção de incentivar ou desencorajar esses sonhos, seja por falta de diálogo, referências ou até por um julgamento sem muito sentido.
Para que crianças sigam sonhando (e realizando!) reunimos algumas ações que podem ajudar pais e mães a compreenderem melhor a paixão dos pequenos por atividades variadas, e até mesmo os ajudarem a descobrir do que realmente gostam – sem esquecer, que somos seres em constante mudança e o que interessa hoje, pode não ser para a vida toda, ok? Nada de limitar o indivíduo.
1. Preste atenção nas brincadeiras que os atraem
Fique atento, pois é na hora das brincadeiras que você consegue ver aquilo que faz os olhinhos das crianças brilharem. Pode ser que seu filho ou filha seja do tipo que adora usar fantasias e incorporar diferentes personagens, ou então que passe horas e horas jogando futebol ou videogame com os amiguinhos. Pode ser, ainda, que o pequeno tenha um apreço especial por câmeras fotográficas, ou que não passe um só dia sem ouvir – e querer tocar – música.
Se a criança é capaz de se distrair e encontrar prazer em determinadas atividades, pode ser que ela queira se aprofundar ainda mais nelas, o que rende bons frutos no futuro.
2. Permita que o pequeno experimente
Cursos básicos oferecidos nas escolas como judô, balé e natação costumam nortear as escolhas dos pais. Porém, existe um mundo inteiro de atividades esportivas que podem cair nas graças de meninos e meninas, e o único jeito de descobrir isso é incentivando a criança a experimentar.
Vôlei, basquete, tênis, ginástica, capoeira… opções não faltam, desde que você deixe a escolha livre. E se a vontade e o interesse forem além das aulas oferecidas na escola, vale a pena procurar um curso extra mais especializado.
3. Incentive atividades artísticas
A mesma regra que vale para o esporte se encaixa também no mundo das artes, e existem crianças que por pura falta de incentivo ou contato com certas atividades acabam descobrindo uma paixão com viés artístico apenas durante a vida adulta.
Portanto, incentive a criança a explorar esse lado: coloque música e dance com ela, mesmo que dentro de casa, permita que ela se expresse por meio de pinturas e desenhos, deixe que ela tire fotos com a câmera do seu celular, incentive-a a escrever se ela demonstrar interesse por literatura. Ao notar que a criança se inclina mais para algumas atividades do que para outras, deixe que ela solte a criatividade!
4. Não projete as suas expectativas na criança
Talvez este seja o item mais importante desta lista, isso porque não adianta nada incentivar atividades extracurriculares se elas representam apenas os seus sonhos adormecidos. Talvez seja difícil para você compreender que, não é porque seu sonho de ser uma bailarina não se realizou, que seu filho ou filha deve seguir pelo mesmo caminho.
É muito mais importante deixar a criança livre para entender e assumir o que gosta do que plantar dentro dela um sentimento de frustração por não corresponder aos desejos dos pais.
5. Respeite as vontades dele ou dela
Ao não tentar projetar seus sonhos e desejos nos filhos, é preciso também trabalhar internamente para não julgar as vontades deles. Pode até ser que você não entenda de onde vem tal paixão ou urgência em seguir um caminho diferente daquele que você imaginava para a criança, mas isso não invalida o quão importante aquele sonho pode ser para ela. O exercício, aqui, é de colocar a empatia em prática: como é que você iria se sentir ao ouvir de alguém que ama que sua verdadeira paixão não tem importância?
A partir daí, ajude o pequeno a traçar rotas possíveis para viabilizar seus desejos e aspirações, passinho por passinho.
6. Mostre que há possibilidades além do padrão
Em uma sociedade marcada por estereótipos de gênero e carreiras tradicionais, é bem comum que meninos e meninas sejam incentivados a seguir caminhos que seguem o padrão, por vezes, machista e ou focados na “estabilidade”, mas saiba que mudar isso dentro de casa é mais do que possível.
Por meio de jogos educativos, filmes, desenhos animados, livros e histórias de sucesso sobre personalidades inspiradoras, mostre para seu filho e para a sua filha que gênero e senso comum não devem definir sonhos, desejos ou profissões, mesmo que o mundo tente provar o contrário.
7. Converse e escute
Seja para melhorar a relação com a criança, tentar entender o que se passa na cabeça dela e conhecer mais sobre suas motivações, é preciso diálogo e escuta ativa. Observe, por exemplo, se há matérias e projetos escolares que deixam a criança mais empolgada, e aqueles das quais ela não gosta tanto assim – e tente entender o porquê.
Quando ela comentar sobre uma vontade de aprender algo novo e específico, escute-a e tente encontrar maneiras de explorar esse desejo, mesmo que sem sair de casa. O mesmo vale, claro, para quando ela disser que não quer mais fazer determinado curso ou atividade: procure compreender se houve uma perda de interesse ou se ele nunca existiu, e o que poderia ser feito para ajustar ou melhorar.
8. Ensine a criança a não ter medo de errar
A busca pela perfeição quando falamos sobre criação dos filhos é outro fantasma que assombra famílias, ainda mais quando o pequeno decide desenvolver alguma habilidade que vai além das encontradas nas notas escolares. Por isso, tenha em mente que, para aprender e evoluir naquilo que gosta, a criança vai precisar errar (e que isso é mais do que saudável).
Evite uma postura de condenação quando o pequeno não atingir os melhores resultados naquilo que deseja fazer, e dialogue sempre para que ele não desista por conta das dificuldades. E vale lembrar que nem sempre seremos os melhores em tudo que nos propomos a fazer, não é mesmo? Se houver prazer, motivação e interesse, já está valendo a pena tentar.