7 maneiras de impulsionar a imunidade das crianças
Seu pequeno está sempre doente e você não sabe mais o que fazer? Reunimos dicas que ajudam a fortalecer a saúde dos baixinhos.
Pare e faça as contas: quantas vezes o seu filho ficou doente nesse ano? Gripe, tosse, dor de garganta, otite, febre, sinusite… Com certeza, algum desses problemas acometeu o pequeno. Tudo isso porque o sistema imunológico ainda não está totalmente formado na infância. “Até os seis meses, as crianças possuem uma imunidade adquirida da mãe durante a gravidez e com a amamentação, mas após esse período e até os sete anos, elas ficam mais vulneráveis”, explica Natalia Cemin, pediatra da Clínica Megamed, de São Paulo.
Quando começam a frequentar a escolinha, o quadro tende a se agravar ainda mais, para o desespero da mamãe e do papai. Nesse ambiente os baixinhos entram em contato com os colegas e a propagação de vírus e bactérias acontece com frequência. Segundo a médica, no primeiro ano no colégio, os baixinhos podem chegar a ter de 8 a 12 infecções, que variam de acordo com as estações. No verão, os casos de diarreia e vômito são mais comuns.
“Já o outono e o início do inverno são os períodos de maior incidência de doenças respiratórias porque o frio e o ar seco aumentam a produção de muco e secreção nasal e os ambientes fechados propiciam a disseminação de vírus como os do resfriado e da gripe”, completa a especialista. A boa notícia é que atitudes simples podem fortalecer a saúde das crianças e protegê-las das enfermidades. Confira as dicas:
1. Amamentação
Todo mundo sabe que o aleitamento é muito importante e que os benefícios se estendem para a vida adulta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês amamentem exclusivamente até os seis meses e, depois desse período, que a prática seja complementada por comidinhas até os dois anos de vida ou mais.
“O leite materno possuí a quantidade correta de calorias, proteínas e nutrientes que são matéria-prima para a construção de um bom sistema imune. Além disso, é por meio dele que a mãe passa para o filho os anticorpos que ela já produziu, protegendo-o de uma série de doenças”, informa Natalia Cemin.
E os benefícios não param por aí: a amamentação também ajuda os pequenos a se recuperarem mais rapidamente quando ficam enfermos e, segundo a pediatra, fornece os nutrientes necessários para uma boa produção das células de defesa do organismo, prevenindo problemas como diabetes e hipertensão.
2. Vacinação
As gotas e picadinhas do bem aparecem nos primeiros dias de vida do bebê e não devem ser negligenciadas. “As vacinas protegem contra as formas graves de muitas doenças que podem levar à morte ou causar graves sequelas. Apesar da ocorrência rara de efeitos adversos, nenhum deles é tão grande quanto a enfermidade que a imunização protege”, explica a pediatra da clínica Megamed.
Ao deixar de preservar os seus pequenos, os pais os expõem a problemas como sarampo, meningite e varicela. Além disso, ainda é preciso pensar no bem-estar das outras crianças. “Mesmo que seus próprios filhos não adoeçam, eles podem se tornar portadores e disseminadores desses patógenos e doenças erradicas podem retornar”, acrescenta a especialista.
3. Alimentação
Oferecer comidas saudáveis e ricas em nutrientes também é uma maneira de deixar o sistema imunológico dos baixinhos mais resistente. Nesse momento, os pais devem focar na variedade e qualidade dos alimentos e não necessariamente na quantidade.
“Para uma produção adequada e bom funcionamento das células de defesa, o nosso corpo precisa de matérias-primas como as vitaminas encontradas nas frutas, o zinco e o ferro presente nas carnes, peixes, ovos e leite“, ressalta Natalia. Vale lembrar que a hidratação também é fundamental.
4. Higienizar as mãos
Essa recomendação antiga ainda é uma medida eficiente para evitar infecções. A médica de São Paulo explica que, na maior parte das vezes, nós ficamos doentes porque colocamos as mãos contaminadas na boca, nos olhos e no nariz. Com as crianças, isso acontece com mais frequência ainda. Por isso é essencial explicar para elas a importância de manter o hábito antes das refeições e após as necessidades fisiológicas.
5. Dormir bem
Alguns pais acham que essa é uma das tarefas mais difíceis de colocar em prática com os filhotes. Mas não adianta: uma boa noite de sono é fundamental para o fortalecimento da saúde dos adultos e do pequenos.
“A criança que dorme pouco não dá tempo para o seu corpo se recuperar do desgaste do dia a dia. A falta de sono causa um aumento do cortisol – hormônio do estresse que causa uma importante diminuição na imunidade”, reforça Natalia.
6. Exposição solar
Com o tempo corrido, nem sempre os cuidadores conseguem se lembrar de levar os pequenos para brincar em ambientes externos e isso pode trazer consequências para a saúde infantil. “A exposição ao sol em horários adequados – até às 10h e depois das 16h – ajuda na produção da vitamina D, cuja deficiência está associada com problemas – desde queda da imunidade até a obesidade“, explica a pediatra.
7. Consultas com o pediatra
Levar o pequeno periodicamente ao médico, para que o profissional possa acompanhar de perto o seu desenvolvimento, também é cuidado essencial. A especialista da capital paulista lembra que essas consultas ajudam a prevenir doenças e aumentar a imunidade dos baixinhos. Também são nesses momentos que os pais podem esclarecer as dúvidas.