A partir de que idade bebês podem comer queijo, gorduras, mel e pão

Veja o melhor momento para oferecer alguns alimentos nessa fase tão importante da vida dos pequenos.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 12 Maio 2021, 17h34 - Publicado em 10 jul 2020, 10h01
criança sentada em uma cadeira de alimentação comendo
 (twomeows/Getty Images)
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A introdução alimentar, que começa aos seis meses de vida, é um dos temas que mais geram incertezas nos pais de primeira viagem. Mas afinal, o que pode ir no prato do bebê? Bom, praticamente tudo que for in natura ou minimamente processado, respeitando a capacidade do pequeno de mastigar. 

Primeiro entram as frutas, depois vegetais, carnes, cereais e oleaginosas. O mais importante é garantir uma alimentação variada e colorida e a ideia é que, em pouco tempo, o prato dele fique bem parecido com os adultos, com os devidos ajustes de tempero e textura

Certos alimentos, contudo, devem entrar mais tarde no menu dos pequenos. Veja o melhor momento de oferecer alguns dos ingredientes que suscitam dúvidas nos pais: 

Gordura 

Nutriente importantíssimo para o desenvolvimento infantil, a gordura entra no prato logo no início da introdução alimentar. “A partir do sexto mês de vida, os lípides já devem ser ofertados, começando pelo azeite”, explica Nelson Ejzenbaum, pediatra membro da Academia Americana de Pediatria.

“Óleos vegetais são ricos em ômega 3 e ômega 6, que auxiliam na formação do cérebro da criança”, destaca Luciana Carvalho, nutricionista especialista em alimentação infantil pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

Além do azeite, óleo de soja e canola podem ser utilizados em receitas ou mesmo acrescentados por cima da comida (um fiozinho apenas) para agregar valor nutricional. 

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Leite e derivados 

Quando se trata de leite, até o primeiro aniversário, a criança só deve tomar o materno e, quando não for possível, fórmulas sugeridas e discutidas com o pediatra. Depois disso, o leite de vaca e seus derivados – queijo, iogurte, requeijão – até podem ser ofertados, mas os pediatras recomendam esperar até os dois anos para introduzir de vez o grupo no cardápio. “Ele tem uma série de proteínas diferentes da do leite materno e é considerado um alimento inadequado para o bebê”, comenta Ejzenbaum. 

Pão 

O glúten (que não é nenhum vilão, exceto para quem tem doença celíaca ou intolerância, vale destacar) passa a fazer parte do cardápio por volta dos seis meses, com macarrão e aveia. Mas os pães mesmo só estão liberados a partir de um ano de idade, por serem considerados alimentos mais complexos. 

Mel

Produto nutritivo e saudável, mas que não pode ser ofertado antes do primeiro ano de vida segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Isso porque ele pode estar contaminado com uma bactéria que transmite o botulismo, uma doença rara, e o sistema imune do bebê ainda não consegue se defender do micro-organismo. 

“Particularmente, recomendo esperar os dois anos, porque, além dessa questão, ele não deixa de ser um açúcar, e o sabor extremamente doce pode atrapalhar a aceitação de outro alimentos e influenciar muito precocemente o paladar”, ensina Luciana.

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Sal e açúcar

O sal deve ser utilizado depois do primeiro ano de vida, e sempre em pouca quantidade, pois nessa idade o paladar da criança está se desenvolvendo e todo hábito tende a se perpetuar – como, por exemplo, o de caprichar no saleiro. Já o açúcar só a partir dos dois anos, pelo mesmo motivo.

Outros alérgenos (ovo, amendoim e frutos do mar) 

Durante muito tempo, o senso comum dizia que era melhor atrasar a introdução de alimentos que poderiam causar alergias nos bebês, mas esse conceito já caiu por terra. Em 2019, a Associação Americana de Pediatria lançou um relatório sobre o assunto reforçando que o amendoim pode ser apresentado logo no início da introdução alimentar e que não há nenhum benefício em demorar para oferecer castanhas, ovo e frutos do mar. 

“O ovo deve ser servido com a gema dura, ou seja, bem cozido, ou em preparações como ovo mexido ou omelete”, ensina Luciana. 

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