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17 alimentos saudáveis e seguros para oferecer aos bebês

Antes das receitas, a introdução alimentar pede que a criança conheça os ingredientes separados. Veja as melhores comidinhas para essa fase.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 12 Maio 2020, 15h23 - Publicado em 29 abr 2020, 19h20

Aos seis meses de vida, começa a apresentação de alimentos sólidos ao bebê. Um bom início ajuda a preparar o paladar da criança para uma vida de alimentação equilibrada e prazerosa. 

“Por volta do primeiro aniversário, espera-se que a alimentação da criança já esteja com uma apresentação bem próxima do prato dos adultos, com as devidas adaptações de textura, temperos e ingredientes”, explica Raquel Ricci, nutricionista do Instituto PENSI – Hospital Infantil Sabará. 

Ou seja, o segundo semestre de vida é a hora perfeita para introduzir novos alimentos que, depois, estarão nas receitas familiares. As frutas são a primeira etapa, depois, entram os outros grupos alimentares: legumes, tubérculos, raízes, leguminosas, carnes, derivados e cereais. 

Ordem de introdução de novos alimentos e texturas

No início, os alimentos vão sendo apresentados um a um e depois combinados. Por exemplo: no primeiro dia, a batata inglesa é oferecida, no segundo dia, cenoura, no terceiro as duas juntas. 

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“E assim por diante, até que o bebê tenha contato com todos os alimentos permitidos para a idade e comece a comer a refeição completa”, aponta Raquel. Cada item deve ser oferecido com texturas adequadas de acordo com a desenvoltura e dentição do filho.

Você pode tentar amassado com o auxílio de um garfo ou em pedaços bem macios, com cortes que o bebê possa segurar. Evolua aos poucos, conforme ele for ficando confortável. Só é importante não usar liquidificador, mixer ou peneira, para que ele se acostume com diferentes texturas. 

Frutas 

  • Banana
    Fonte de fibras, potássio e vitaminas C. Uma das frutas mais aceitas pelo bebê, por ser adocicada como o leite materno. Prefira as maduras, mais macias e docinhas. Ofereça amassada e, mais para a frente, em pedaços e até inteira. 
  • Abacate
    Também agrada pelo sabor e textura macia. “Ele é uma excelente fonte de boas gorduras”, conta Luciana Carvalho, nutricionista materno-infantil, que mantém um perfil no Instagram com dicas às famílias. 
  • Mamão
    “Na fase de introdução alimentar, é comum os bebês ficarem constipados. O mamão é uma fruta laxativa ou seja, auxilia o trânsito intestinal”, conta Luciana. Vale a regra de escolher os mais maduros e ir evoluindo as texturas. 

Proteínas animais 

  • Ovo
    Fonte de proteínas, vitamina A, potássio e outros compostos, o ovo pode e deve fazer parte da introdução alimentar. Sempre cozido, com a gema dura, por cerca de dez minutos após a fervura da água. No início, ofereça-o ralado, depois em pedacinhos ou outras receitas, como mexido e omelete, com um fiozinho de azeite.
  • Carne bovina 
    Use cortes como patinho, músculo, acém, filé mignon, lagarto, coxão mole e coxão duro. Prefira sempre os pedaços mais magros e sirva a carne em pedaços bem pequenos mesmo, pois o bebê não ainda não consegue mastigá-la.
  • Frango
    Peito, coxa e sobrecoxa podem ser oferecidos também bem picadinhos, sem pele ou gorduras. 
  • Peixe
    Eles são fonte de ômega-3, gordura fundamental para o desenvolvimento do cérebro e até então fornecida pelo leite materno. Nesse sentido, salmão e sardinha são os campeões, mas você pode começar com os de sabor mais neutro, como merluza, pescada e tilápia. Cozinhe ou asse e pique para servir. E muito cuidado com os espinhos, hein?

Proteína vegetal 

Nessa etapa elas devem vir das leguminosas. Para melhorar a digestão, faça o remolho: lave os grãos, deixe com água na geladeira de um dia para o outro ou por 12 horas, trocando a água pela manhã.  

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  • Feijão
    Branco, carioca ou preto. No início, o caldinho, depois o grão amassado até chegar no inteiro. Além das proteínas, o feijão também ostenta ferro e fibras. Um alimento que não pode faltar no prato. 
  • Lentilha 
    Para dar um descanso ao feijão e estimular o paladar da criança com a lentilha, que também fica com uma textura bem macia quando cozida. Os grãos oferecem boa quantidade de fibras, vitaminas, ácido fólico e outros minerais. Dá também para usar a ervilha. 

Legumes e verduras

Nesta categoria, vale cozinhar o que for possível no vapor para preservar melhor os nutrientes – alguns se perdem na água.  

  • Batata e companhia
    Batata, mandioquinha, mandioca, batata doce… A família é fonte de carboidrato e praticamente a base da introdução de alimentos salgados ao bebê. A ideia aqui é variar bastante entre eles e nas texturas: purê, levemente amassado, cubinhos, pedaços maiores… 
  • Cenoura 
    Entre outras coisas, carrega carotenoides, micronutrientes antioxidantes que atuam na prevenção de doenças. Sirva cozida em pequenos cubos e teste o formato de palito, que facilita a pega do bebê. 
  • Abóbora
    Também tem carotenoides e um sabor adocicado que pode agradar o paladar do pequeno. Dá para fazer também assada, e a regra para servir é a mesma do grupo dos tubérculos e raízes. 
  • Brócolis
    Da família das crucíferas, o brócolis é rico em sulforafano, um composto antioxidante. Deve ser ofertado em pequenos pedaços ou com os brotos inteiros quando a dentição já estiver mais desenvolvida. 
  • Chuchu
    O sabor neutro ajuda na aceitação, e ele fornece nutrientes como folato, magnésio e vitamina C. Ofereça separado para apresentar, mas não deixe de investir nele nas combinações – vai bem com quase tudo! 
  • Abobrinha 
    Mesmo caso do chuchu, uma verdadeira coringa. Sirva refogada em pedacinhos pequenos e, depois, dá para ralar e colocar no arroz, no macarrão ou com outros legumes. 

Cereais 

  • Arroz 
    Outra base importante da alimentação brasileira. O arroz pode ser oferecido amassado no começo, mas logo nos primeiros meses de introdução dá para migrar para a versão inteira, e regada com o caldinho de feijão para amolecer. 
  • Macarrão 
    Para variar as fontes de carboidrato, a massa de trigo. Penne, gravatinha e parafuso são fáceis de pegar e podem ser colocados na boca pelo próprio bebê. Cozinhe até ficarem bem macios. 

Temperos 

O sal só aparece depois do primeiro ano de vida, e mesmo assim em pequenas quantidades. Mas as ervas podem e devem entrar no cardápio do bebê. Aposte no alecrim, alho, alho-poró, cebola, cebolinha, coentro, erva-doce, hortelã, manjericão e orégano. Só não exagere na quantidade para que eles não mascarem o sabor dos alimentos. É possível também usar azeite nas preparações a partir dos seis meses. 

Vale lembrar outra vez que é fundamental que, neste comecinho, os alimentos sejam dados individualmente, sem interferência, para mais tarde, ir adicionando combinações de outros ingredientes à refeição.

Dicas de combinação

Encerradas as apresentações oficiais, veja essas dicas de combinações nutritivas, coloridas e gostosas propostas pela nutricionista Raquel Ricci: 

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  • Arroz, feijão, músculo bovino, cenoura e brócolis 
  • Macarrão, ervilha, ovo de codorna, abóbora e espinafre 
  • Purê de mandioquinha, lentilha, peito de frango, beterraba e agrião 
  • Purê de batata, feijão preto, filé de merluza, abóbora e beterraba

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