Butantan anuncia reserva de 12 milhões de doses da CoronaVac para crianças
Ainda sem o aval da Anvisa, o Instituto separou a quantidade suficiente para vacinar o público infantil de três a 11 anos do estado de São Paulo.
A movimentação para que a vacinação infantil contra a Covid-19 aconteça no país continua a todo vapor! Na quarta-feira (8), o governo de São Paulo anunciou que reservou 12 milhões de doses da CoronaVac para crianças de três a 11 anos, quantidade que permitirá imunizar todos os integrantes dentro da faixa etária com as duas aplicações recomendadas.
Ainda na coletiva de imprensa, foi revelado que o Instituto Butantan pretende solicitar novamente a liberação do uso do seu imunizante no público infantil para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na próxima semana, já que a primeira havia sido negada em agosto deste ano. “Agora temos um segundo pedido, acompanhado dos estudos feitos pela Sinovac, laboratório privado chinês que produz a Coronavac”, afirmou João Dória, governador de São Paulo.
As doses reservadas fazem parte do lote extra de 15 milhões de vacinas paradas no Instituto Butantan, em que aquelas que não forem utilizadas pelo público infantil serão negociadas com outros estados do Brasil para que o máximo de crianças sejam imunizadas e a pandemia seja controlada em território brasileiro.
“A Coronavac é a vacina mais aplicada em todo o mundo, com eficácia e segurança mais do que comprovadas, inclusive pelo uso em outros países, e deve ser sim usada em crianças. Estamos preparando o segundo dossiê para a Anvisa solicitando essa autorização”, comentou Dimas Covas, o diretor do Butantan.
No dia 9 de novembro, o Instituto divulgou os resultados preliminares dos ensaios clínicos de fase 3, realizados em países como Chile, Malásia e Filipinas. A pesquisa conduzida com 2.140 participantes de três a 17 anos, defendia que a CoronaVac é segura para a faixa etária.
A Pfizer também busca pela liberação!
Junto com o Instituto Butantan, a Pfizer/BioNTech também tem batalhado para que o seu imunizante seja liberado para crianças de cinco a 11 anos, como já acontece nos Estados Unidos. O pedido de utilização foi feito no dia 12 de novembro e, desde então, a Anvisa tem solicitado mais informações a respeito da vacina para que se possa chegar em uma resposta final.
No dia 6 de dezembro, a agência reguladora brasileira pediu a apresentação de dados que comprovem a segurança, eficácia e o estímulo de produção de anticorpos diante da variante Delta. Além disso, ela também solicitou um levantamento das reações adversas mais comuns do imunizante no público infantil.
“Enquanto a Anvisa aguarda o cumprimento das exigências técnicas, o processo não fica parado na Agência. Os dados apresentados continuam em avaliação, mas os prazos para a decisão são suspensos até que a empresa entregue os dados solicitados“, informou a nota oficial da Anvisa.