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EUA: Crianças a partir de 5 anos começam a ser vacinadas contra Covid-19

O CDC aprovou a liberação da vacina Pfizer/BioNTech para o público infantil, com duas doses de 10µg aplicadas em um intervalo de 21 dias.

Por Alice Arnoldi
3 nov 2021, 12h42

A caminhada para que crianças pequenas sejam imunizadas continua e, desta vez, com resoluções mais concretas. Na terça-feira (2), a vacinação de crianças de cinco a 11 anos com a Pfizer/BioNTech foi oficialmente aprovada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, com previsão de início imediato na primeira semana de novembro.

A decisão ocorreu após a movimentação da Food and Drug Administration (FDA), na terça (26), agência reguladora do país estadunidense, que votou a favor da imunização infantil. Com 17 votos a favor, uma abstenção e nenhum contra, o comitê da organização mostrou-se favorável à proteção dos pequenos contra Covid-19.

A nota oficial do CDC lembra que, por mais que crianças sejam menos suscetíveis à enfermidade, suas variantes mais transmissíveis (como a Delta) podem fazer com que os pequenos se tornem vítimas da doença – resultando em mais internações e no desenvolvimento de quadros como MIS-C e o chamado “Covid longo”, quando um ou mais sintomas da doença permanecem após meses da infecção.

“A disseminação da variante Delta resultou em um aumento repentino de casos de Covid-19 em crianças durante o verão. Em um período de seis semanas do final de junho a meados de agosto, as hospitalizações pelo coronavírus entre crianças e adolescentes aumentaram cinco vezes. Portanto, a vacinação, acompanhada de outras medidas de segurança, pode proteger o público infantil contra a doença usando o imunizante seguro e efetivo já recomendado para jovens e adultos nos Estados Unidos”, indica o CDC.

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O que já se sabe sobre a vacina para crianças

Em setembro, após um estudo de fases 2/3 com 2.268 crianças de cinco a 11 anos, a Pfizer divulgou que sua vacina é segura para os pequenos dentro da faixa etária e que ela produz uma resposta robusta de anticorpos. Esta afirmação veio a ser confirmada com um estudo que mostrou que a vacina é 91% eficaz na proteção contra infecções causadas pela doença pandêmica.

O levantamento também levou à prescrição do imunizante de 10 microgramas (µg) em duas doses, com o intervalo de 21 dias – a quantidade é um terço do que adolescentes a partir de 12 anos estão recebendo. Ainda segundo a nota do CDC, a distribuição das doses pediátricas para início imediato da imunização começa na primeira semana de novembro, com o objetivo de que todos os postos de vacinação sejam abastecidos a partir do dia 8.

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A perspectiva é que 28 milhões de crianças entre cinco e 11 anos sejam vacinadas contra Covid-19 com o estabelecimento deste calendário vacinal. E, para isso, o presidente Joe Biden solicitou que consultórios médicos, farmácias e até mesmo escolas sejam preparados para serem postos de imunização.

A situação no Brasil… 

A rápida movimentação dos órgãos federativos para a aprovação do imunizante à faixa etária infantil também tem tido reflexos em território brasileiro. Por meio de uma nota oficial, a farmacêutica informou ao Bebê.com.br que pretende pedir a liberação da vacina para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda em novembro.

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Entretanto, de acordo com a agência, ainda não houve nenhum pedido recente, sendo o último a ser protocolado, o do Instituto Butantan solicitado no dia 31 de julho, e negado no dia 19 de agosto.  Na época, a justificativa foi de que os estudos apresentados não eram suficientes para comprovar a segurança e eficácia do imunizante.

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