Em um ano tão desafiador como 2020, marcado pela pandemia do coronavírus, muitas famílias tiveram a esperança renovada com a chegada de um bebê. Na hora de escolher o nome, um dos momentos mais gostosos (e também repleto de dúvidas) da gestação, as opções passearam por diferentes tendências. Muitas delas já vinham ganhando força em anos anteriores, mas potencializaram-se de vez neste daqui.
Para entendê-las melhor, confira a curadoria realizada pelo BabyCenter, a partir de mais de 340 mil nascimentos registrados na plataforma, e que permitem uma análise das preferências dos pais a cada ano.
1. Disney, Disney e mais Disney!
O primeiro destaque está ligado a influência da Disney tanto no universo infantil quanto adulto. A evidência disso é o nome feminino mais usado no Brasil, Helena, pelo terceiro ano consecutivo. Na história da marca, ele remete à protagonista da série “Elena de Avalor”.
Já para os meninos, a atenção volta-se para o italiano Matteo, que está subindo no ranking dos nomes mais usados em território brasileiro e chega com força pelo seu personagem em “Sou Luna”. E a tendência é que a ascensão continue a acontecer com a estreia do Disney+, plataforma de streaming da marca, no Brasil.
E não pense que a homenagem às princesas populares caiu em desuso. Ao listar as opções queridinhas entre os pais, Aurora e Bella, dos filmes “A Bela Adormecida” e “A Bela e a Fera”, respectivamente, ainda continuam marcando forte presença.
Vale também lembrar que Sophia faz parte dos dez nomes mais populares registrados pelos pais em 2020 e sua fama ao redor do mundo está diretamente ligada à Disney. Por quê? Por volta de 2012, a marca lançou a animação “Princesinha Sofia”, que ganhou o coração de muitos fãs.
2. Shonda Rhimes está por todos os lados
Recentemente, a roteirista e produtora Shonda Rhimes voltou aos holofotes com a trama “Bridgerton”, na Netflix. Mas sua popularidade entre os pais se dá principalmente pelas 17 temporadas da série “Grey’s Anatomy”.
No ranking dos nomes mais usados em 2020, a produção resultou na subida de duas principais opções: Derick, derivado do personagem Derek Shepherd (Patrick Dempsey) e Izzie, apelido dado para uma das primeiras residentes do hospital e, que mais tarde, tornou-se a Dra. Isobel Stevens (Katherine Heigl).
3. A representatividade ganha espaço
Outra tendência forte é o uso de nomes que remetem à figuras negras – tanto as que estão em destaque atualmente quanto aquelas que fazem parte da história. Por exemplo, percebe-se a ascensão de Maju e Iza, lembrando a apresentadora da Rede Globo e a cantora pop brasileira, respectivamente.
Já com os olhares atentos à presença da ancestralidade do povo negro, Dandara sobe no ranking, trazendo consigo a importância da figura feminina na luta contra o sistema escravocrata brasileiro do século XVII. Outro nome que também aparece é Malia, opção escolhida para nomear a filha mais velha de Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos.
Ainda no Brasil, ele ganha acento e lembra uma nova figura da música brasileira diretamente da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, e que vem ganhando fãs desde o ano passado: Malía. Em 2019, ela lançou o seu álbum “Escuta”, com participações de figuras como Rodriguinho e Jão.
4. A influência das celebridades…
Os pequenos que ganham atenção por terem pais e mães famosos também são influências para quem está a procura de nomes de bebês. Este é o caso de Bless, alternativa que atrai olhares pelo seu significado de gratidão, mas principalmente por ser como Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso escolheram chamar o seu filho do meio. A mesma popularidade deve elevar Zyan no ranking, já que foi o nome dado ao caçula do casal que nasceu em julho deste ano.
Outro nome curtinho e protagonizado por pais famosos foi Ravi, dado ao primogênito do DJ Alok e da influenciadora digital e médica Romana Novais. Vale também prestar atenção no crescimento de Rael, escolhido pela atriz Isis Valverde, e Zoe pela apresentadora Sabrina Sato.
5. Curtinhos para meninos e meninas
Esta forte tendência das opções que não ultrapassam duas sílabas e têm uma sonoridade simples fez com que os adultos deixassem de lado a ideia de incrementar os nomes com letras como “w” e “y”, e caminhassem em direção a grafias mais fáceis.
O resultado disso foi a promoção dos nomes curtinhos Ana, Gael, José e Liz. Outras alternativas aparecem pelo retorno da potência do MPB brasileiro, como Elis, Gal, Gil, Tom e Chico.
Já outros pais usufruíram da ideia de transformar apelidos fofos e com significados bonitos em nomes próprios. Os mais populares são Malu, Maju e Théo.
6. Os clássicos nunca saem de moda
Mesmo com as novas tendências que surgiram em 2020, há quem prefira optar pelos nomes clássicos e sabemos que existem motivos de sobra para isso: significado, grafia e até mesmo a possibilidade de serem facilmente pronunciados em diferentes lugares do mundo.
Neste ano em especial, as escolhas caminharam para a linhagem greco-romana. Isso fez com que nomes masculinos como Apollo, Dante, Thales e Vicente ganhassem destaque, enquanto que, para meninas, as predileções aconteceram com Catarina, Celina e Diana.
7. Os nomes bíblicos sempre presentes
Ao vivermos em um país majoritariamente cristão, percebe-se a ação da cultura religiosa nas escolhas dos nomes infantis. Por exemplo, nos compostos, João e Maria apareceram como predominantes na hora de formar as combinações.
Para além deles, outras figuras do Antigo Testamento, da Bíblia, ganham espaço como Isaac, Levi, Rebeca, e Sarah. Quer mais? Elias, Hadassa (hebraico de Ester) e Uriel também são alternativas que estão bombando!
8. Do cenário internacional para o nacional
Por fim, como era de se esperar, o que acontece fora do Brasil acaba ditando algumas preferências por aqui também. É o que percebemos com o crescimento dos nomes Liam e Noah, e as versões masculina e feminina de Oliver e Olivia.
(E se você não curtiu nenhuma destas sugestões, confira nossa ferramenta de nomes de bebês. O do seu filho vai estar lá! )