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6 assuntos do universo materno que foram notícia em 2016

Entre os temas estão: a estreia de um bebê com Síndrome de Down na publicidade infantil e a menina que passou por uma cirurgia dentro do útero.

Por Luísa Massa
Atualizado em 31 dez 2016, 14h41 - Publicado em 30 dez 2016, 17h12

Estamos nos aproximando do fim de 2016, o ano que, no geral, não foi muito querido pelas pessoas. Apesar disso, algumas notícias surpreendentes arrancaram um sorriso do nosso rosto – como quando os gêmeos siameses – que eram unidos pela cabeça – passaram por uma cirurgia para separá-las e tudo correu bem.

Novidades sobre a infecção do zika vírus na gravidez com o nascimento de crianças com microcefalia também foram apontadas, assim como novas regras para a cesárea e orientações para tornar o pré-natal das futuras mamães melhor. Relembre os assuntos do universo materno que ganharam destaque ao longo do ano e tenha um feliz 2017!

1. Relação do zika vírus com microcefalia:

Mosquito Zika

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Em 2015, a epidemia despertou a atenção de todo o mundo. Até setembro de 2016, 200.465 casos prováveis de zika foram registrados e, durante o ano, cientistas estudaram a relação entre a contaminação do vírus na gravidez – transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti – com o nascimento de crianças com microcefalia. A partir disso, foi descoberto que os bebês podem manifestar a doença meses após o nascimento, que a infecção por zika pode estar relacionada à surdez nos pequenos e também com o risco de que as crianças tenham deformidades nos braços e nas pernas. O Ministério da Saúde anunciou que vai oferecer um novo teste para identificar o vírus precocemente e, desde de julho, os planos de saúde passaram a ser obrigados a cobrir exames que detectam o zika. Além disso, a lei que permite que as mães de bebês com microcefalia tenham 6 meses de licença-maternidade entrou em vigor em junho deste ano.

2. Novas regras sobre a cesárea:

Mãe e bebê na sala de parto

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A cesariana é responsável por 55% dos nascimentos no Brasil. Para diminuir essa alta taxa, o Conselho Federal de Medicina determinou novas regras em junho de 2016. A principal exigência prevê que o procedimento sem indicação médica só poderá ser feito após a 39ª semana de gravidez. Outra medida apresentada ressalta que os ginecologistas devem oferecer informação de qualidade para as futuras mamães, orientando-as sobre os pontos positivos do parto normal e os riscos que a cesárea pode trazer para ela e para a criança.

3. Gêmeos siameses ligados pela cabeça são separados:

jadon-e-anias
(Reprodução/Facebook)

Em outubro, Jadon e Anias realizaram uma cirurgia de alto risco que durou 27 horas. O procedimento foi feito em Nova York e os pequenos, que ficaram treze meses com as cabeças unidas, finalmente foram separados. Eles seguem em recuperação, mas desde então boas notícias tem surgido: a mãe dos gêmeos teve a oportunidade de segurá-los no colo pela primeira vez e eles conseguiram se olhar e interagir um com o outro.

4. Bebê passa por cirurgia dentro do útero para retirar tumor:

lynlee-boemer1
(Paul V. KuntzPaul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)

É muito provável que, no final de outubro, você tenha ouvido falar da pequena Lynlee Boemer, que teria “nascido duas vezes”, mas não foi exatamente isso que aconteceu. Quando estava na barriga da mãe, ela foi diagnosticada com teratoma sacrococcígeo. Na maioria dos casos, não há necessidade de operar quando a criança ainda está no útero, mas a situação da pequena foi diferente. O tumor começou a crescer e ela precisou enfrentar uma cirurgia a céu aberto. “É feita anestesia geral e um corte – como o de uma cesárea, mas um pouco maior – no abdômen. Retira-se o útero do corpo da mãe e, por meio de ultrassom, é mapeado onde está o bebê, a placenta e, no caso relatado, o tumor. Então, é realizada uma abertura no útero no local estratégico em que os cirurgiões irão agir”, explicou o obstetra Antônio Moron, referência em medicina fetal no Brasil. Felizmente, o procedimento deu certo. Lynlee chegou ao mundo no dia 6 de junho de 2016 e passa bem.

5. Novas recomendações para o pré-natal:

medico-examinando-gravida
(Vadimguzhva/Thinkstock/Getty Images)

Em novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou novas diretrizes para as mamães que estão acompanhando a gravidez. Entre as recomendações estão: aumentar o número de consultas médicas de quatro para oito durante os nove meses, realizar o primeiro acompanhamento médico no início na gravidez (nas primeiras 12 semanas) e fazer o ultrassom antes da 24ª semana para identificar a idade gestacional, gestação gemelar e possíveis irregularidades com o bebê. O documento também destaca a importância dos médicos conversarem com as futuras mamães sobre os benefícios das atividades físicas, alimentação saudável, suplementação e vacinação – em especial a de tétano.

6. Bebê com Síndrome de Down estreia em campanha de marca infantil:

Facebook/Asher's Down Right Perfect
Facebook/Asher’s Down Right Perfect ()

Você se lembra do pequeno Asher? O americano de 1 ano ficou conhecido na internet depois que a sua mãe publicou fotos dele no Facebook para falar sobre a falta de inclusão dos deficientes na publicidade. Ela fez isso após a criança ser recusada por uma agência, que disse que o modelo mirim não era interessante para os clientes assessorados. A manifestação de Megan ganhou repercussão nas redes sociais e surtiu efeito: o pequeno Asher foi convidado para participar do anúncio de uma marca infantil e no começo de dezembro ele arrasou ao participar da campanha de Natal da OshKosh B’gosh.

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