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Juliana Mariz Juliana Mariz
Crianças ficam tristes, mães não têm respostas. Além disso, precisamos, de tempos em tempos, rever nosso papel e lugar
Desde quando impor limites ou tomar decisões é ser chata? Proponho que deixemos de lado essa autodepreciação e sejamos mais gentis com nós mesmas.
Pensamos sempre que filhos precisam nos dar orgulho, mas e se vivêssemos nossa vida também almejando que eles admirem a nossa caminhada?
Uma lista de materiais escolares incompleta fez tocar aquele sinal: não sou a mãe perfeita. E quer saber? Melhor assim!
Com o intuito de prevenir acidentes, frustrações, tristezas, queremos ter o controle do que está ao nosso redor. Mas será que isso não é um grande placebo?
Sim, é preciso uma aldeia para criar um filho, mas também uma comunidade para amparar uma mãe.
Bem-vinda, adolescência! Ri das indecisões da minha filha, porque me lembrei das minhas. Maternar é este convite à revisão da nossa própria história.
Anote aí para não esquecer nos momentos pesados da maternidade: culpa é consequência de uma sobrecarga absurda.
Acontece que há um ano me sinto desautorizada a contar fatos da vida das minhas filhas. Será que é hora de passar o bastão... ou melhor, a caneta?
Eu rejeito esse rótulo, que nos colocou num limbo entre o cansaço e a desvalorização.
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Imagino que esse pensamento atravessou você também. Como auxiliar nesta difícil tarefa de entender um ano tão complicado? Eu tenho uma ideia!
“Mãe, você não fica comigo, só com o computador”. Criança é oráculo e por trás da reclamação pode haver uma reflexão.
Cheguei a uma hipótese que quero dividir com você: a maternidade é um convite à procrastinação. Concorda?
Precisamos deixar de lado o maternar "checklist" e enxergar, nos intervalos do dia, a chance de escrever a história com nossos filhos.
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