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Como introduzir frutas cítricas no menu do bebê? Veja as melhores dicas!

Laranja, limão, maracujá... A categoria de frutinhas pode ser oferecida ao pequeno a partir dos seis meses, mas é importante fica atento a alguns cuidados.

Por Flávia Antunes
23 mar 2021, 17h41
frutas-citricas
 (Victoria Daud/Bebê.com.br)
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Quando o assunto é introdução alimentar, não vemos a hora de aproximar os pequenos do universo tão colorido e cheio de sabores, texturas e formatos das frutinhas. Mas dentro de uma lista tão grande, pode ser que um grupo desperte mais dúvidas nos pais: o das cítricas, como laranja, limão e maracujá.

Os questionamentos vão desde qual é a melhor forma de apresentar o alimento, quando essa aproximação deve começar e se os sabores mais ácidos e marcantes vão agradar o paladar dos pequenos, não é mesmo? Então vamos lá!

O primeiro contato

A boa notícia é que, de acordo com a nutricionista infantil e autora do blog Maternidade Colorida, Paola Preusse, as frutas cítricas estão liberadas desde o primeiro semestre de vida. “A partir dos 6 meses, todas as frutas são liberadas para o bebê comer, desde que oferecidas de maneira segura”, explica.

E essa liberação deve ser bem aproveitada pela família, especialmente se pensarmos nos benefícios que a categoria de alimentos têm para a saúde da criança. “Eles são, em geral, ricos em vitamina C, funcionando como importantes antioxidantes”, pontua Maristela Fidelis, nutricionista com especialização pela Unicamp. “Além disso, colaboram no processo de cicatrização, fortalecimento da imunidade e absorção do ferro (provenientes da carne, por exemplo)”, acrescenta.

Os melhores formatos para oferecer

Cada fruta tem sua forma segura para ser oferecida, mas o ideal é que seja in natura. As pequenas, como a acerola, devem ser cortadas na longitudinal, em quatro pedaços ou então amassadas no garfo, como adiantam as especialistas. Ah! E neste caso específico, é necessário retirar as sementes para que não haja o risco de esgasgo, mas a recomendação varia de acordo com as dimensões do alimento (e de suas sementes).

“Pedimos para os pais ficarem atentos somente se a fruta tiver sementes maiores – e então retirá-las, como as da laranja. Já do maracujá, kiwi e pitaya, cujas sementes são bem pequenas, não há a necessidade de remover, pois não terão problema na passagem pelo canal de deglutição”, esclarece Maristela.

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Outra indicação, desta vez de Paola, é de cortar as frutas maiores em pedaços grandes, que caibam nas mãozinhas dos bebês para que consigam levar à boca. “O mais importante é a consistência: as frutas precisam estar moles a ponto das crianças conseguirem lidar com elas dentro de suas bocas e apenas com o movimento da língua e gengiva”, afirma.

Assim, o pequeno conseguirá explorar ao máximo as formas e texturas da comida. No caso do maracujá, por exemplo, pode ser oferecida sua polpa em uma colherzinha para o filho, enquanto que a laranja pode ser cortada e mastigada ou sugada pela criança, estimulando a parte sensorial e o fortalecimento dos músculos faciais.

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Mais para frente, quando a criança já tiver completado o primeiro ano – e sua alimentação já seguir a da família – então é possível consumir as frutas não só in natura, como em receitas como bolos caseiros, por exemplo, ou no molho de carnes, como lembra Maristela.

Espere antes de dar o suco…

Ao falar em frutas, inevitavelmente nosso pensamento vai em direção às várias combinações deliciosas de sucos que podem ser feitas. Mas de acordo com Maristela, a preparação líquida só é indicada a partir de um ano e não é essencial.

“No suco, perde-se as fibras e fica retida uma quantidade maior do açúcar da fruta – chamado de frutose. Muitas vezes, a ingestão perto das refeições pode fazer com que a criança se sinta saciada, porque fica um volume maior do alimento quando misturado com a água”, justifica a especialista.

E adoçar as frutas, está liberado?

O açúcar não deve estar presente no cardápio do pequeno até o segundo ano de vida e, mesmo alternativas como o mel não são indicadas antes do primeiro ano, como lembra a própria Sociedade Brasileira de Pediatria.

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Assim, a dica de Paola é usar a imaginação para misturar os alimentos e criar resultados mais agradáveis para o filho. “Quer adoçar uma fruta que está mais azeda ou ácida? Então faça combinações de sabores entre elas: maracujá com manga, morango com banana, abacate e maçã picadinha, e por aí vai”, sugere.

Existe uma quantidade máxima de vitamina C que a criança pode consumir?

Como já listamos, a vitamina C oferece vários benefícios ao organismo do pequeno. Mas como outros nutrientes, a sua quantidade recomendada depende da faixa etária da criança.

“Em relação à necessidade de ingestão diária, um bebê de seis a 12 meses precisa de 50 mg de vitamina C por dia, que é tranquilamente obtida por meio do leite materno –  o que não impede que o bebê nesta faixa etária consuma laranja e outros alimentos ricos em vitamina C”, diz Paola.

“Já as crianças que têm entre um e três anos precisam de 15 mg da vitamina/dia, e as entre quatro e oito anos cerca de 25 mg/dia, lembrando que quatro gomos de laranja têm aproximadamente 42,90 mg”, completa ela.

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Assim, o interessante é não limitar o consumo da laranja, por exemplo, mas variar as frutas que serão oferecidas ao pequeno diariamente, para garantir maior aporte de nutrientes.

“Quanto mais variedade, mais eles gostam e aceitam todas elas e, nunca comem um só tipo em excesso, conseguindo assim a ingestão de todos os nutrientes contidos nelas e que o corpinho deles tanto precisam para se desenvolver”, explica a nutricionista infantil.

A polêmica do limão…

É comum vermos na internet vídeos divertidos de bebês fazendo caretas quando sentem o gostinho azedo do limão pela primeira vez. De fato, por ser mais ácida, nem sempre os pequenos aceitam a fruta de primeira, mas Maristela tranquiliza os pais, dizendo que não há contraindicação.

De acordo com ela, o alimento pode ser oferecido no mesmo período que os demais e inclusive usado como tempero em outros preparos, como o de legumes e carnes.

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