Lulu, Maju e Arthur: o trio que encanta a web numa entrevista emocionante!

A família é capa da revista digital Bebê. Juntos, eles falam sobre redes sociais, educação da pequena Luísa e muito mais. Bônus: uma série de fotos lindas!

Por Juliana Costa | Fotos: Camila Borges
Atualizado em 18 ago 2023, 18h05 - Publicado em 18 ago 2023, 16h56
casal e criança abraçados, olhando para a câmera e sorrindo
 (Camila Borges/Bebê.com.br)
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Você provavelmente já se deparou com a pequena Luísa Mendonça Benedito nas redes sociais. A garotinha de 3 anos protagoniza vídeos fofíssimos – seja numa conversa “séria” sobre a falta de maçãs em Brasília, sua cidade natal, bancando a vendedora, fazendo entrevistas hilárias ou maquiagens usando cosméticos de brinquedo. Tudo isso com uma dicção incrível! Essas e tantas outras pérolas estão nos perfis dos pais de Lulu, que somam milhões de seguidores encantados pela família.

capa revista digital bebê com um casal sorrindo e olhando para uma criança, sentada e sorrindo na frente deles
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Maju Mendonça, de 40 anos, e Arthur Luis Cardoso, de 47, estão juntos desde 2008. Eles são comunicadores e se conheceram na empresa em que trabalhavam, na capital federal. Casaram-se em 2011 e, a princípio, filhos não faziam parte dos planos dos dois. “Estávamos muito felizes como casal, curtindo um ao outro e o casamento” conta ela. Após alguns anos, as chances de uma gravidez começaram a ficar ainda mais remotas, diante da suspeita de uma menopausa precoce“Os médicos diziam que seria difícil eu engravidar. Quando descobrimos a gestação, foi uma surpresa grande”, diz.

Em 19 de março de 2020, Lulu nasceu. Março de 2020, quando todo o isolamento da pandemia de Covid-19 começou. “A gente não tinha rede de apoio. Nossas famílias não moram em Brasília e não era possível pedir a ajuda de amigos. Foram desafios quase que diários nos primeiros anos”, lembra Arthur.

O tempo passou até que, despretensiosamente, o casal compartilhou nas redes sociais um vídeo da menina, então com 2 anos, entrevistando a mãe durante uma visita à rádio em que o pai trabalha. A gravação viralizou! O jeito de falar e as perguntas inusitadas de Luísa conquistaram o público. De lá pra cá, o sucesso só aumentou.

casal e menina sentados em uma poltrona sorrindo
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Apesar de inspirar tantos seguidores que os acompanham, Maju e Arthur ressaltam que a ideia de expor o dia a dia na internet nada tem a ver com mostrar perfeição ou um ideal a ser seguido. “Esse modelo não é algo que a gente quer impor para as pessoas. Acreditamos nisso, mas não esperamos que os outros sejam assim”, afirma ele.

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Nesta entrevista exclusiva, que teve a participação especial da Lulu, a família fala sobre a rotina, os desafios on e off-line, o modo como exercem a parentalidade e sobre vários outros temas!

Vamos começar pela gestação. Maju, que tinha uma carreira consolidada no Jornalismo, decidiu parar de trabalhar fora quando soube da gravidez. Como foi esse processo?

MAJU: Foi muito tranquilo. Aqui em casa, decidimos tudo juntos. Eu já me sentia feliz e realizada com o que tinha conquistado como jornalista. A gravidez trouxe um contentamento tão grande à família, que eu senti, conversando com o Arthur, que queria viver plenamente a maternidade [“porque é uma coisa superlegal”, complementa Lulu]. Cada pessoa é única e, naquele momento, esse era meu desejo. Tenho certeza de que muitas mães gostariam de fazer isso e não podem. Outras não têm essa vontade e está tudo bem. No fim, veio com a pandemia, então foi tudo bastante intenso! 

Como eram as redes sociais de vocês antes? Como foi a “virada de chave”?

ARTHUR: Trabalho com comunicação há 30 anos. Desde o início das redes sociais, eu tinha algum interesse, mas achava que era algo complementar. Com o tempo, percebemos que seria necessário dar uma atenção para elas, mas as coisas não aconteciam. Tínhamos poucos seguidores, sem nenhuma pretensão maior. Até o dia em que a Maju postou a entrevista com a Lulu. Sendo bem sincero, a gente ainda não entende tudo que está acontecendo, porque, no principal, nosso dia a dia não mudou. Mas sabemos existe algo, tanto que estamos conversando. 

LULU: A mamãe não mexia muito no Instagram, era uma coisa que ela não gostava. Ela só trabalhava. Aí, agora, ela mexe bastante.

MAJU: A Lulu resumiu perfeitamente (risos). Minha conta era privada. A gente trabalhava bastante, então não tinha muito tempo para redes. 

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Qual é a maior curiosidade que as pessoas têm sobre a vida de vocês?

ARTHUR: Uma dúvida recorrente é como a gente se conheceu. Ou se planeja ter mais filhos, se tem alguma linha de educação. Assuntos pessoais, relacionados a ciúme… Perguntam muito quando a Lulu vai para a escolinha e sobre a dicção dela também.

garotinha em pé, com as pernas cruzadas, olhando para a câmera e sorrindo. Dos dois lados delas, há adultos de pé e o que vemos são as pernas deles
(Camila Borges/Divulgação)

Qual é a maior “ilusão” dos seguidores sobre a família?

ARTHUR: Coisas como a Lulu não fazer “birra” ou não chorar. Essas expectativas de perfeição. Acho que tem os dois lados da moeda: deixamos claro que não somos perfeitos, porém não temos qualquer pretensão de mostrar problemas. Compartilhamos um ou dois minutos do nosso dia, que são um ou dois minutos de alegria e de harmonia. Não faz sentido expor uma dificuldade emocional. A Lulu chorando, por exemplo. Esse é o momento em que ela precisa de acolhimento, não de uma câmera. 

Como lidam com comentários maldosos ou com palpites indevidos?

ARTHUR: Recebemos muitas mensagens, a grande maioria de carinho. E não conseguimos ver tudo, nem mesmo essas. Assim, é ainda mais difícil ler as que não são tão positivas. Há aqueles comentários que talvez sejam até uma demonstração de preocupação. Desfralde, por exemplo. “Ah, mas a Lulu é tão inteligente, por que ainda usa fralda?” [Hoje, ela não usa mais]. Muitas pessoas fazem essa associação e a gente sabe que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Ou então: “Por que ela não está com outras crianças?”. A Luísa encontra outras crianças, brinca todos os dias com elas. Só não postamos, porque precisamos da autorização dos pais. São coisas assim, mas lidamos com tranquilidade e educação. 

Como vocês entendem a educação da Lulu? 

MAJU: Quando nos casamos, o Arthur me falou: “Tem que ser especial”. Então, a gente se dedicou para ser especial – o que, para cada família, tem um significado. Quando a Lulu nasceu, nove anos depois, não houve mudança nesse sentido. Sempre tivemos uma vida de muita harmonia familiar na minha casa e na casa do Arthur. Procuramos reproduzir isso na nossa casa. Não gritamos, não falamos palavrão. Coisas que, para nós, entre outras, são importantes para manter esse especial a que a gente se propôs. Ouvimos a Luísa, integrando ela à família. A gente pergunta que ela pensa, o que sente. Conversamos bastante e a opinião da nossa filha é muito importante.

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ARTHUR: Entendemos também que, nesse processo, é preciso ter limites. A Maju é muito estudiosa. Temos estudado, ela de forma especial, sobre educação e formamos um conceito a partir disso e do que acreditamos ser interessante. Em muitos aspectos, quero que a Lulu receba uma educação como a que recebi. Em outros, a gente reconhece que hoje há avanços e possibilidades maiores. Porém acredito que nada se compare, neste momento, à companhia familiar. O melhor para ela é, sim, socializar – e ela está sempre com crianças – mas é fundamental ter a mãe e o pai perto. Tomamos algumas decisões sobre a escola [que Lulu começará a frequentar no próximo ano], pensando em uma educação com esse viés de acolhimento, em que a criança possa se expressar.

casal em pé, em um fundo de jardim, segurando uma menina no colo. Eles se olham e sorriem
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Que momento da parentalidade foi bastante desafiador para vocês?

MAJU: A educação é um deles. Estamos fazendo boas escolhas? Com relação ao dia a dia, que é mais objetivo, o sono foi bem difícil. A Luísa dormiu mal durante muito tempo, e eu também. A gente escolheu sempre acolher cada choro dela, sabe? Mas passa. Outra questão foi a alimentação. No início, eu não estava me encontrando, até começar a observá-la. Às vezes, a gente não entende o que significa observar o filho, e falo isso porque eu não entendia. É olhar a individualidade. Eu queria fazer do meu jeito e não percebia que precisava fazer do jeito dela. Quando compreendi isso, fluiu. 

Luísa mama no peito até hoje [durante a conversa, a mãe chegou a amamentar]. O que isso representa para você, Maju?

MAJU: Antes de engravidar, via amigas amamentando e achava lindo. Queria tanto amamentar! Na primeira semana de vida, quando a Lulu ganhou bastante peso, fiquei admirada. Como Deus é maravilhoso! Que alimento! Ouro, né? [a garotinha complementa dizendo que gosta muito]. No começo, senti muita dor, mas passou. Hoje, sei que o leite materno perde um pouco a importância nutricional, porém o que ele traz de benefícios emocionais, de elo, é muito significativo. E a Luísa quase não fica doente. Então, tem, sim, os benefícios para o sistema imunológico também. 

Os abraços da Lulu no paizinho são emocionantes. É um momento realmente de conexão entre vocês?

ARTHUR: Muito! Somos ensinados que os pais dão os caminhos para os filhos, só que os caminhos emocionais também são dados pelos filhos. Essas demonstrações de afeto dela quebram dentro de mim barreiras e fazem com que eu tenha sentimentos que talvez nunca vivesse se a criança não desse o primeiro passo. Não tive essa conexão na minha primeira experiência como pai, porque minha filha faleceu muito novinha [há anos, Arthur perdeu uma bebê com poucos dias de vida devido a um problema no coração]

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Em alguns momentos ela deixa você até desconcertado, não?

ARTHUR: Sim, e isso para mim é muito especial, porque eu não me desconcerto fácil. Por causa do meu trabalho com rádio, sou treinado para improvisar, não pode haver um espaço em branco. Mas ela consegue me deixar sem palavras o tempo todo.

garotinha abraçando o pai
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Você desconstruiu conceitos sobre a paternidade com a chegada da Lulu?

ARTHUR: Sou privilegiado, pois tive uma boa referência paterna. Meu pai não expressava tanto os sentimentos, mas era amoroso. “Eu te amo”, beijo e tal ele sempre me deu. Ao mesmo tempo, não me lembro, por exemplo, de ter ficado no colo dele. Nem de ele ter me trocado ou ter acordado de madrugada. Eram outras demandas. E há mais um ponto: fui pai com mais de 40 anos, depois de ter perdido uma filha. Você está meio que no momento mais maduro da sua vida e entendendo que cada detalhe é importante. Por exemplo, dormir junto. Dorme ou não? Não sei. Só sei que, quando eu quis dormir com minha primeira filha, não pude. Então, vou dormir com a segunda, não vou perder qualquer oportunidade! Cobram certas atitudes do homem, o macho, a liderança, o respeito… E aí muitos pais trocam os pés pelas mãos. Você não deixa de ter sua figura paterna ao estar desmontado na frente de uma filha, porque ela disse que te ama e você quer falar o mesmo. 

Há algo da época em que a Lulu não era nascida que vocês gostariam de retomar, mas ainda não conseguiram? 

MAJU: Não, acredita? Vivemos tão intensamente tudo! Viajamos, passeamos e curtimos. Quando descobrimos que eu estava grávida, sabíamos que as coisas mudariam. Claro que nos lembramos de como era a vida antes, mas sempre pensando em como hoje é ainda melhor. 

Maju, você pensa em voltar para o Jornalismo?

MAJU: Como jornalista, vivi coisas que nunca imaginei. Fui editora da área digital de um dos maiores jornais do Brasil, apresentei um jornal na capital do país por anos… Hoje, o legal desse novo trabalho é que continuo fazendo aquilo de que sempre gostei, que é informar e criar conteúdo – ao lado da Luísa, que é minha prioridade. Quando deixei o Jornalismo, não tive a sensação de abrir mão de algo, pelo contrário. Que bom que posso estar com minha filha, cuidar do meu marido e da minha casa. Isso me completa e me realiza. E até confesso que esses sentimentos são novos, não imaginava!   

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casal e garotinha deitados no chão, se olhando
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Que mensagem vocês gostariam de deixar para a Lulu adulta?

MAJU: Que ela é muito amada. Que somos extremamente felizes por sermos os pais dela. Ela é muito além do que a gente sonhou, é um presente que ganhamos de Deus e agradecemos todo dia pela vida dela. 

ARTHUR: Pais corujas ficam felizes quando as pessoas têm carinho por um filho deles, só que a gente fica muito mais feliz de saber que as qualidades que os outros admiram são só 1% do que ela realmente é. 

LULU POR LULU

garotinha sentada em uma cadeira, segurando uma boneca e sorrindo para a câmera
(Camila Borges/Bebê.com.br)

Brincadeira favorita: Massinha. Gosto de rebolar [ela esfrega a palma de uma mão na outra, para demonstrar] e fazer bastante batuque nela!

Comida favorita que a mamãe prepara: Uépi [seu jeito fofo de falar “wrap”], com frango.

Por que você fica tão feliz quando o papai chega em casa?: Porque eu tenho um chamego nele.

Uma dica de maquiagem: Bem forte. Uma base forte, corretivo forte e um blush forte.

MAJU POR ARTHUR

O que eu mais admiro nela é…

Eu me torno uma pessoa melhor ao lado dela. A Maju é corajosa e tem uma qualidade bem especial: é modesta, no sentido de reconhecer que não é capaz de tudo. Ela estuda, porque quer ser a melhor mãe. Dá um passo atrás, pois quer me ajudar de algum modo. Ela se prepara. E confia! Digo brincando que a Maju nunca demonstrou ciúme, mas não por não ser ciumenta, e sim porque confia, o que faz toda a diferença no casamento. E, não vou negar, tem também o que me chamou a atenção no primeiro dia que a vi, 18 de maio de 2008. Ela é linda! Acho, inclusive, que hoje é mais bonita. Isso fisicamente. Interiormente, ela é muito, mas muito mais bonita!

casal em pé se olhando com uma garotinha, também em pé, entre eles
(Camila Borges/Bebê.com.br)

ARTHUR POR MAJU

O que eu mais admiro nele é…

Tudo. Arthur é incrível! Ele é um filho maravilhoso, respeitador, que honra os pais. Sempre foi um marido extremamente amoroso, zeloso, preocupado. Ele é um profissional superdedicado, determinado, que entrega além. E é o pai que todo mundo vê, não preciso nem descrever. Sou privilegiada de poder compartilhar a vida com ele!

REVISTA DIGITAL BEBÊ

Acabamos de lançar a segunda edição da revista digital Bebê! A publicação é trimestral e repleta de conteúdos incríveis sobre gravidez, parentalidade, educação dos filhos, saúde e muito mais.

Além da linda entrevista com Lulu e sua família, a edição conta ainda com uma reportagem sobre educação positiva e os comportamentos desafiadores da criança, uma lista das doenças mais comuns no primeiro ano de vida do bebê, um texto inspirador do influenciador Tadeu França sobre criação pelo exemplo e o relato comovente de uma mãe que amamentou as filhas gêmeas após descobrir um câncer de mama ainda na gravidez. Para completar, você encontra um guia repleto de dicas para escolher brinquedos que estimulam a interação dos pequenos com outras pessoas.

A edição número 2 completa da revista digital de Bebê (com mais fotos de Lulu e sua família) está disponível no GoRead, acesse aqui!

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