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Guia de pais: o que esperar do desenvolvimento do bebê a cada mês

Especialistas detalham quais são as respostas físicas e emocionais que os pais podem esperar do primeiro ao décimo segundo mês de vida do bebê.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 3 ago 2021, 16h07 - Publicado em 28 jul 2021, 18h50

Vivenciar a maternidade com atenção é interiorizar, dia após dia, que o processo de cada mãe único e o mesmo se aplica para o bebê. Mais do que características físicas singulares, como a cor dos olhos, tipo de cabelo e o peso, as crianças seguem trajetórias individuais de estímulos e respostas físicas e emocionais a partir deles.

Com isso em mente, o objetivo deste guia é construir uma base para nortear os pais a respeito do que esperar de seus bebês a cada mês. E para elaborar esta escala que permite monitorar o desenvolvimento da criança ouvimos as especialistas Jéssica de Moura Assunção, neuropsicóloga do Espaço Clínico Ápice; a pediatra Priscila Passarelli, pós-graduada em neurologia infantil; a psicóloga Anna Carolina Navatta, especializada em neuropsicologia; e consultamos o “O Grande livro do Bebê”, da pediatra Thatiane Mahet.

Vale ter em mente que, entre intervalos mais curtos, como do primeiro para o segundo mês, o bebê pode não demonstrar transformações tão visíveis, mas há sempre um refinamento acontecendo no que ele já vinha mostrando no período anterior e isso é essencial para o seu desenvolvimento.

Caso haja qualquer dúvida sobre a evolução esperada do pequeno, tenha o contato do pediatra que o acompanha em mãos para que ele possa acalmar as angústias que surgem quando nos questionamos: “será que meu filho está fazendo isso no tempo certo?”. Assim, o médico poderá analisar o caso do seu filho e lembrá-la que, como toda jornada, essa também envolve paciência, atenção e respeito.

Vamos aos sinais de desenvolvimento:

1º mês

2º mês

  • Começa a emitir barulhos
  • Consegue erguer o queixo e levantar o tronco quando está de bruços
  • Vira a cabeça em direção ao som que está ouvindo
  • Presta mais atenção aos rostos familiares e começa a seguir objetos com os olhos

3º mês

  • Os balbucios passam a ficar mais evidentes e há uma tentativa de interação
  • Começa a identificar de onde estão vindo os barulhos
  • Passa a sorrir em resposta a algum estímulo (sorriso reativo)
  • Leva as mãos (e/ou brinquedos) à boca e começa a brincar com a língua
  • Vira o corpo de lado, além de conseguir erguer bem a cabeça e o troco
  • Dorme cerca de 16 horas diariamente
Bebê-erguendo-a-cabeça-e-o-tronco-no-chão
(Picsea/Unsplash)

4º mês

  • Sorri de forma espontânea
  • Tem choros diferentes para demonstrar fome, cansaço ou dor
  • Consegue manter a cabeça firme, sem apoio
  • Explora o corpo (mexendo nos pés, agarrando com as mãos…)
  • Reconhece pessoas e objetos queridos de longe

5º mês 

  • Desenvolve a capacidade de girar a cintura, movimento que fica evidente na hora do banho e de trocar a fralda
  • Consegue ficar de pé quando é segurado pela cintura
  • Morde, lambe e leva objetos à boca com frequência (início da fase oral)

 

Leia também: Bebê deve ser estimulado a segurar objetos desde o nascimento, diz estudo

6º mês

  • Passa a gostar de se ver no espelho
  • Reconhece o próprio nome
  • Emite sons com entonações positiva ou negativa como resposta às pessoas
  • Consegue segurar os objetos e passá-los de uma mão para a outra
  • Senta com mais independência
  • Consegue rolar de bruços, ficando com a barriga para cima e vice-versa
  • Quando é colocado de pé, apoia os pesos sobre as pernas e pode tentar saltar
Bebê-sentado
(Mahmud Ahsan/Unsplash)

7º mês

  • Os dedos polegar e indicador começam a fazer o movimento de pinça
  • Esboça o ato de bater palmas
  • Sentado, tende a apoiar as mãos na frente do corpo para aumentar sua base de sustentação
  • Começa a esboçar sílabas

8º mês

  • O equilíbrio mostra-se mais desenvolvido
  • Consegue segurar objetos que estão próximos sem deixar cair
  • Tende a parar uma atividade quando ouve a palavra “não”
  • Pode começar a engatinhar (lembrando que não é um marco obrigatório)

9º mês

  • Entende gestos, como “não!” e “tchau”, além de conseguir usá-los para se comunicar
  • Começa a recusar ir no colo ou ficar próxima de pessoas estranhas, porque passa a diferenciar quem ele conhece ou não
  • Consegue identificar objetos escondidos e se aventura em brincadeiras desse tipo
  • Já senta completamente sem apoio
  • É capaz de ficar de pé ao se apoiar em algo para levantar
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(Priscilla Du Preez/Getty Images)

Entre 10º e 11º mês 

  • A vontade de ficar de pé é ainda maior, conseguindo realizá-la com apoio
  • Pode trocar alguns passos quando está apoiado

12º mês 

  • Compreende pedidos simples como “vem com a/o mamãe/papai” ou “dá a bola”
  • Começa a identificar e dizer as primeiras palavras (ainda que não completas)
  • Seus movimentos já estão mais refinados, conseguindo usar os dedos para segurar objetos
  • Passa a ter capacidade de imitar ações de pessoas próximas
  • Inicia-se o jogo lúdico, em que a criança começa a brincar de faz de conta
  • Pode ficar de pé sozinho, mas ainda dá os primeiros passos com apoio
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