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BEBÊ RESPONDE: Como identificar a infecção urinária em bebês?

É comum que a ITU acometa a população pediátrica. Por isso, em conversa com especialista, explicamos como identificar o quadro e buscar o tratamento.

Por Isabelle Aradzenka
22 jul 2022, 16h51

A infecção urinária é uma doença bastante conhecida pelos adultos, afinal, é uma das causas mais comuns de infecção na população em geral, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Mas e quando falamos de bebês e crianças pequenas, a condição se comporta da mesma forma?

Conversamos com o nefrologista pediátrico Olberes Vitor Braga de Andrade, membro dos Departamentos Científicos de Nefrologia da Sociedade de Pediatra de São Paulo (SPSP) e de Nefrologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), e professor assistente da Santa Casa de São Paulo, para entender mais sobre o quadro da doença na população pediátrica e ajudar os pais a identificar a infecção urinária em bebês e crianças pequenas. A seguir, veja as orientações do especialista.

Infecção urinária em bebês: como identificar?

A infecção urinária ocorre em todas as faixas etárias da pediatria, desde o período neonatal – os primeiros 30 dias de vida – até a adolescência. É, inclusive, muito comum na infância, sendo a segunda doença infecciosa bacteriana mais incidente em crianças de até dois anos de idade. É superada apenas pelas infecções das vias respiratórias.

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A grande maioria dos casos é provocada por bactérias que se instalam e se multiplicam no trato urinário, podendo levar a uma resposta inflamatória do organismo. Entretanto, vírus, fungos e parasitas também podem ser agentes causadores.

A Infecção do Trato Urinário (ITU) é de 3 a 5 vezes mais frequente nas meninas. Entretanto, nos primeiros 3 a 6 meses de vida, os meninos são os mais acometidos. Este fato, provavelmente, se relaciona com a presença de fimose e anomalias congênitas do rim e do trato urinário.

BEBÊ RESPONDE: Como identificar a infecção urinária em bebês?

Crianças maiores, adolescentes e adultos podem apresentar sintomas mais específicos, tais como dor ou ardência para urinar, alterações do padrão miccional – ou seja, urinar várias vezes e em pequenas quantidades, além de retenção ou escape de urina -, alterações da cor e do odor urinário, febre, mal-estar, náuseas, vômitos, dor nas costas, entre outras manifestações.

Já entre os bebês e durante os primeiros dois anos de vida, os sintomas da ITU não são específicos, podendo estar associados a outros problemas de saúde, tais como:

  • Redução do apetite e presença de vômitos;
  • Letargia (apatia) e irritabilidade;
  • Icterícia (pele amarelada) e cianose (arroxeamento dos lábios ou das extremidades);
  • Dificuldade de ganho de peso;
  • Dor abdominal.

Em recém-nascidos e crianças com até dois anos de vida, muitas vezes o único sinal de ITU é uma febre isolada. Desta forma, em casos de febre sem sinais localizatórios nos bebês (FSSL) – aquela em que a história ou exame físico não revelam uma causa -, é muito importante que os pais busquem o diagnóstico para dar início a um tratamento adequado e evitar complicações graves.”

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