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Sexo na gravidez: existem posições perigosas?

De modo geral, relações sexuais não prejudicam a gestação, mas alguns movimentos podem não ser confortáveis. Veja como tornar esse momento mais prazeroso

Por Da Redação
26 set 2023, 10h38
casal ajoelhado sobre uma cama. Ela está grávida, usa lingerie e está com a mão no quadril dele. Ele usa apenas calça jeans e está com a mão no rosto delas. Eles se olham e sorriem
 (nd3000/Getty Images)
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A preocupação de que transar com penetração durante a gravidez pode afetar o bebê dentro da barriga é um clássico. No entanto, a verdade é que, com exceção de casos muito específicos, as relações sexuais não apenas são seguras para a mãe e para o bebê, como também são muito saudáveis, aumentando o vínculo do casal em uma fase tão importante.

Isso não significa, porém, que não sejam necessários cuidados. Para responder algumas dúvidas frequentes sobre o tema, conversamos com a ginecologista e obstetra Mariana Lemos Prado, da clínica Theia (SP).

O primeiro ponto a ser considerado é o desejo. É fundamental que a mulher esteja com vontade de transar e se sinta confortável – ou seja, nada de fazer apenas para agradar o parceiro. “Além disso, é importante lembrar que o pênis não atinge o feto. Isso é um mito”, reforça a especialista. O bebê está bem protegido dentro do saco gestacional, cercado por líquido amniótico e ainda há a barreira muscular.

Há alguma proibição?

“Os cuidados, na verdade, ficam restritos a evitar movimentos bruscos, exagerados ou traumáticos, que possam causar risco à gestação”, explica a médica. Não há uma posição específica proibida, mas fique atenta ao que oferece o perigo de cair e se machucar, de ter algum impacto forte, principalmente na região do abdomen, ou de sofrer alguma lesão, como uma torção. Talvez não seja o momento de tentar “manobras radicais”. “Posições sexuais mais ousadas ou ‘acrobáticas’ não são recomendadas” orienta Mariana.

casal deitado na cama olhando um para o outro
(Delmaine Donson/Getty Images)
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De resto, tudo liberado! Aliás, segundo a especialista, o sexo no final da gestação também pode ser indicado para induzir o parto, por conta da liberação de ocitocina, hormônio que estimula as contrações.

Dá para melhorar?

A gestação pode ser um momento mais sensível, e a libido também varia de acordo com as fases. Talvez nas primeiras semanas o enjoo e o cansaço não deixem a mulher nem pensar em sexo. Já no segundo trimestre, a vitalidade ganha força e a grávida recupera a autoestima. Resultado: o desejo vem com tudo! No terceiro, a barriga pode atrapalhar, mas sempre é possível dar um jeitinho para que tudo se encaixe. Vale lembrar que nada disso é regra, ok? Cada mulher é única – assim como cada gravidez.

Algumas dicas, no entanto, podem ajudar a tornar as relações sexuais mais prazerosas. “Usar lubrificantes e adotar posições em que a gestante consiga controlar bem a profundidade da penetração são bons truques”, diz a médica. “Além disso, quando a gestação estiver mais avançada, encontre formas de apoiar a barriga de lado”, sugere. O principal, segundo ela, é que as posições sejam confortáveis para o casal. Desta forma, o prazer é mútuo.

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“Outro fator sobre o qual costumo conversar bastante com as grávidas é a exploração de outras formas de prazer, sem a penetração”, lembra. O corpo humano tem diversas zonas erógenas, que podem ser descobertas em momentos de mudanças, como a gestação. Encontrem juntos os pontos mais sensíveis.

Quando não pode

São poucas as contraindicações do sexo na gravidez. Todas elas devem ser apontadas pelo médico obstetra que acompanha a gestação. Segundo Mariana, em alguns casos, como sangramento no primeiro trimestre ou sem causa definida, dilatação prematura de colo de útero, bolsa protusa (quando a bolsa está muito perto do colo do útero, que abre antes da hora) ou quando a placenta recobre o colo uterino, pode haver alguma orientação para evitar. Mas todos os cenários devem ser discutidos com o profissional de saúde.

“A recomendação é sempre a avaliação durante o pré-natal para verificar a existência ou não dessas contraindicações”, explica. A obstetra lembra ainda de outros pontos importantes: uso de preservativo, fazer xixi e tomar banho após a relação. “São dicas imprescindíveis para evitar infecção urinária”, acrescenta.

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