Dar liberdade e tempo para que as crianças se divirtam sozinhas, sem interferência, é essencial, pois assim elas conseguem explorar, criar e até solucionar problemas. Por outro lado, no processo de desenvolvimento infantil, trabalhar a cooperação, a empatia e o contato com o outro também faz diferença. Para isso, nada melhor do que investir em jogos e brinquedos que estimulam a interação do pequeno com familiares e amigos.
“Por meio dessas atividades, as crianças aprendem a compartilhar, a resolver conflitos e a negociar. Isso é fundamental para o desenvolvimento social e emocional”, explica Junior Cadima, psicopedagogo especialista em Desenvolvimento Infantil aplicado à Educação e Psicomotricidade. Comunicação e compreensão das emoções são outras habilidades resultantes de tais brincadeiras.
Tem idade para começar?
Acredite: é possível introduzir essas formas de entretenimento desde cedo, para os bebês. “Mesmo eles podem se beneficiar de brinquedos simples que incentivam a interação, como chocalhos, móbiles e carrinhos de empurrar e puxar”, indica Junior. Blocos de encaixe, itens com sons de animais e peças de empilhar são outras ótimas sugestões. O ideal para favorecer a interação nessa fase, ainda muito inicial, é que pais ou cuidadores participem da brincadeira, por exemplo, empurrando o carrinho de volta e imitando o barulho de bichinhos que o brinquedinho faz.
Segundo o psicopedagogo, conforme o pequeno cresce, é interessante explorar materiais que promovam o faz de conta, como bonecas, trenzinhos e conjuntos de cozinha. Livros com dedoches, cestinha de feira, máquina registradora, kit de médico ou de outras profissões também funcionam. A partir dos 4 anos, jogos simples de cartas, de memória e de tabuleiro são bem-vindos.
“Com as crianças mais velhas, a partir dos 6 anos, é possível brincar com jogos de tabuleiro que requerem mais cooperação e estratégia”, orienta. Aqui, já vale até algo um pouco mais sofisticado, caminhando para os clássicos amados pelos pais (muitas opções, como Jogo da Vida e Detetive, são destinadas a maiores de 8 anos).
“Esses jogos geralmente exigem que os participantes trabalhem juntos ou que ocorra uma competição de maneira amigável. Eles também podem ajudar a criança a desenvolver habilidades de pensamento crítico e estratégico“, lembra Junior. Da mesma forma, lidar com a frustração é um modo de ir aprendendo a perder.
Pega-pega, queimada, por que não?
Ah, e não podemos nos esquecer das brincadeiras clássicas que pedem uma boa turminha cheia de disposição (o que, convenhamos, não falta entre as crianças): pega-pega, esconde-esconde, queimada, pular elástico, jogos de captura, entre tantos outros, nunca deixam de agradar e são uma excelente forma de desenvolver o trabalho em grupo.
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