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Glossário da gravidez: o que é ocitocina e qual o seu papel na gestação?

Conhecido como "hormônio do amor", ele age no trabalho de parto, na contração do útero no puerpério e na ejeção do leite durante a amamentação.

Por Flávia Antunes
15 jun 2021, 16h58
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 (Victoria Daud/Bebê.com.br)
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Muitas das novas palavras que surgem no dicionário da gestação estão relacionadas aos hormônios, sabia? Natural, afinal, são eles que preparam o corpo para receber o bebê e para mantê-lo sadio ao longo dos nove meses e no puerpério, mas que pouco se fala antes da gravidez.

E já que estamos falando de substâncias que dão as caras tanto na gestação quanto depois dela, impossível não citar a ocitocina. Produzida em uma região do cérebro chamado hipotálamo, ela atua no corpo como um todo – desde o funcionamento dos órgãos até nas emoções.

Ela tem diversas funções no organismo. Age na parede do útero, nos ossos e no cérebro, onde trabalha as questões de interações psicológicas e afetividade”, explica Débora Recchi, ginecologista obstetra do hospital Albert Einstein.

O papel da ocitocina na gestação

Quando a mulher começa a dar os primeiros sinais de que o nascimento do pequeno se aproxima, é bem provável que as concentrações de ocitocina estejam prestes a aumentar. “Ela é o principal hormônio responsável pelo parto. Estimula as contrações do útero, o que ajuda a dilatar o colo e empurrar o bebê pelo canal vaginal”, pontua a médica.

E não para por aí. No pós-parto, é a ocitocina que faz o útero contrair para que a mulher não tenha sangramento, ajudando a evitar quadros graves de hemorragia na mãe.

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Hormônio do amor?

A fama “romântica” da ocitocina, conhecida popularmente como “hormônio do amor”, pode soar como mito – mas na verdade tem tudo a ver com a relação entre a mulher e seu filho nos primeiros meses, inclusive através do contato pele a pele indicado desde a maternidade. “Além da função física, vários estudos mostram que o hormônio é responsável por estabelecer o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê”, afirma Débora.

Já na amamentação, a ocitocina age na ejeção do leite. Isto é, conforme o bebê mama, sua sucção no mamilo estimula a produção do hormônio, o que faz com que o líquido do ducto “espirre” na boca da criança.

Quando fazer a suplementação

Vários hormônios e vitaminas podem ser encontrados na forma sintética, e sua suplementação na gestação costuma ser indicada quando não estão em níveis adequados no corpo ou quando não estão desempenhando a função que deveriam. No período da gravidez, não há a indicação de suplementar ocitocina, mas a orientação pode mudar no momento do parto e no pós-parto.

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“Durante o trabalho de parto normal, às vezes as contrações podem não ficar com uma frequência adequada. É bem raro, mas quando acontece, uma das formas de fazer as contrações voltarem para o ritmo normal e para o parto continuar progredindo, é usando a ocitocina”, esclarece a obstetra.

Mas sua maior utilização se dá no puerpério, pois em algumas mulheres a saída da placenta vem acompanhada de muita perda de sangue. Assim, o hormônio é administrado para evitar sangramento aumentado e hemorragia grave materna, que em casos mais sérios pode ser fatal.

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