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Glossário da gravidez: o que é Beta hCG?

Encontrada em testes de gravidez, a sigla hCG se refere ao nome de um hormônio muito importante para o andamento da gestação, sabia?

Por Isabelle Aradzenka
Atualizado em 18 jan 2023, 18h25 - Publicado em 9 fev 2022, 17h28

Ao aparecerem os primeiros sintomas de uma gestação, é comum que os pais logo se apressem para comprovar se, de fato, há a possibilidade de um novo integrante estar chegando à família. E nessa correria, naturalmente os possíveis pais entrarão em contato com estas três letrinhas: hCG, seja em embalagens de testes de gravidez de farmácia ou ao buscar um exame clínico.

A sigla nada mais é que uma abreviação para o nome do hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (do inglês Human Chorionic Gonatrofin), também conhecido como “hormônio da gravidez”. Como o seu próprio apelido já insinua, esta substância é produzida durante a gestação e, por isso, é utilizada para diagnosticar uma gravidez.

“A produção do hCG começa após a implantação do embrião no útero e da formação da placenta. Em seguida, o hormônio é liberado para a corrente sanguínea e, depois da metabolização, é eliminado pela urina”, explica Odilon Denardin, endocrinologista e consultor médico do Labi Exames.

Entenda o hCG no corpo

Odilon pontua que existem várias funções para o hCG e todas são relacionadas à manutenção de uma gestação normal. A substância pode atuar tanto no processo de desenvolvimento da placenta quanto na regulagem dos demais hormônios do corpo da gestante.

“Como atividade hormonal, ele estimula a produção de progesterona e estradiol, que são indispensáveis para uma boa evolução da gravidez. Também pode ter um papel na modulação da imunidade do local, que permite o desenvolvimento do feto sem interferência de mecanismos de rejeição”, esclarece o endocrinologista.

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Após o hCG começar a ser produzido, a quantidade do hormônio no organismo vai aumentar gradativamente até atingir o seu pico, em torno da 8ª a 12ª semana de gestação, e depois começará a decair. Ainda assim, o médico pontua que a fabricação do hCG pelo corpo é muito variada, ou seja, o hormônio pode sim ser útil para o diagnóstico precoce de uma gravidez (indicando se há ou não a presença dele no organismo), mas não para a estimativa das semanas de gestação.

Papel importante na testagem da gravidez

teste de gravidez
(Pexels/Pexels)

Até aqui, provavelmente já entendemos que o famoso teste de gravidez vendido em farmácia funciona analisando se há ou não a presença do hCG na urina. Mas também há a possibilidade de identificar a existência da substância no organismo em laboratório, a partir do exame de amostra sanguínea.

“Apesar de nos últimos anos os testes de farmácia terem melhorado bastante a sensibilidade, o exame de sangue, conhecido como Beta hCG, ainda consegue ser mais sensível, além de detectar com mais tranquilidade a quantidade de hormônio presente”, esclarece Fernanda Pepicelli, ginecologista e obstetra pela (Febrasgo).

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A profissional recomendada realizar os testes de gravidez a partir do momento em que há o atraso na menstruação. Entretanto, é possível que o hormônio seja detectado antes mesmo da data de atraso. Caso os exames identifiquem a presença do hCG na mulher e, portanto, confirmem a gestação, Fernanda instrui que a família busque atendimento especializado para iniciar o pré-natal, bem como orientação sobre dietas, vacinação e atividades físicas para a gestante.

O hCG pode ser produzido fora da gestação?

Odilon explica que existe sim uma fabricação muito pequena da Gonadotrofina Coriônica Humana em pessoas que não estejam gestando, que é normalmente concebida através da glândula hipófise. Mas isso não quer dizer que há chance destes níveis de hCG serem confundidos com uma gestação, já que eles não atingem graus de produção compatíveis aos de uma gravidez.

Além disso, a presença do hormônio no corpo não apresenta sintomas isolados ou uma forma fácil de identificação. Geralmente, a sua rápida fabricação pode se associar a outras modificações hormonais ligadas a uma gestação, como náuseas matinais, mal-estar, retenção de líquido, cansaço, dores de cabeça e alteração de humor.

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