Descolamento de placenta: o que é, quais são os sintomas e os riscos
Conheça os principais sinais, o tratamento e as diferenças de quando ele acontece no início da gravidez e mais perto do final
Você já ouviu falar em descolamento prematuro de placenta (DPP) e em descolamento ovular? Os dois problemas podem acontecer durante a gestação, mas em períodos diferentes e com gravidade distinta.
Para esclarecer esse assunto, solucionando as principais dúvidas que ele gera, conversamos com Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo, e com Elvio Floresti Junior, ginecologista e obstetra especializado em histerectomia vaginal. Confira a seguir!
O descolamento da placenta no início da gravidez é diferente daquele que pode ocorrer mais perto do final?
Sim. A placenta é responsável por oferecer nutrientes e oxigênio para o bebê durante os nove meses. Quando ela se desgruda da parede do útero, dizemos que houve um descolamento, que pode se dar de duas maneiras.
“No início da gestação, é comum o descolamento ovular, que pode causar sangramentos“, explica Floresti Junior. Isso ocorre quando o sangue se concentra entre o útero e o saco gestacional, formando um hematoma. Nesse caso, o diagnóstico costuma ser feito por meio de um exame de ultrassom. Geralmente, o problema é detectado logo no primeiro trimestre e a recomendação dos médicos é que a grávida faça repouso e tome as medicações necessárias. Na maioria das vezes, tudo volta ao normal depois de um tempo e a chance de abortamento é pequena.
Já o que ocorre próximo do final da gravidez é chamado de descolamento prematuro da placenta, que é mais grave e pode apresentar maior risco de óbito para o bebê e de perda do útero materno. “Ele pode estar relacionado ao uso de cigarro e de drogas (como a cocaína e a maconha), à idade da mãe, à pressão alta durante a gravidez e a alguns traumas, como os acidentes de carro”, acrescenta o obstetra Luiz Fernando.
Quais são os sintomas do descolamento prematuro da placenta?
O principal é o sangramento, mas não é em todas as situações que ele aparece. “O descolamento ovular provoca uma dor leve e, normalmente, ele é detectado no ultrassom. Já o DPP (descolamento prematuro da placenta) traz muita dor. Além disso, o útero contrai e fica duro”, acrescenta Luiz Fernando.
O desconforto que as gestantes podem sentir se assemelha ao de uma cólica, que ainda pode estar associada a um incômodo nas costas e na barriga. Mas vale ressaltar que tudo depende da extensão e da gravidade do descolamento.
Quais são os riscos para a mãe e o bebê?
Cada caso é um e as consequências dependem de qual área foi descolada. “Se é pequena, a gente prescreve hormônio e repouso absoluto na cama para não ter movimentação. Mas se é um pouco maior, o repouso pode não ser domiciliar e, sim, no hospital, porque o risco de parto prematuro é imediato”, observa Leite.
Outro fator que deve ser levado em consideração é o período da gravidez em que a mãe está: no começo ou na reta final. “A placenta vai nutrir o bebê. É como se fosse uma esponja, fixada no útero, que pega todos os nutrientes da mãe e passa para a criança. Qualquer coisa que faça com que ela se descole, diminui o aporte sanguíneo, o oxigênio e compromete a parte nutricional do bebê”, destaca Floresti.
Quem tem descolamento de placenta precisa fazer cesárea?
Depende. No descolamento prematuro da placenta, os médicos optam pela cesárea para proteger a mãe e o bebê. Mas no caso do descolamento ovular, os obstetras avaliam, pois se a situação regredir, a mãe pode, sim, vir a ter um parto vaginal. “O descolamento no início geralmente não afeta o final da gestação. Mas quando ele ocorre no final da gravidez, é recomendada a cesárea“, afirma Elvio Floresti.
O descolamento de placenta pode se repetir numa segunda gestação?
Sim. “É mais comum, estatisticamente aumenta a frequência. Se a mulher tiver feito cirurgia de útero, retirado um mioma da região ou tiver pressão alta também aumentam as chances”, reforça Leite.
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