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Brinquedos falsificados: como identificá-los e os riscos para as crianças

Eles são o barato que sai caro. Entenda por que comprar produtos piratas (em sites ou lojas físicas) pode gerar sérios perigos ao seu filho

Por Carla Leonardi
2 out 2022, 10h00

Em datas comemorativas, como Dia das Crianças e Natal, a procura por brinquedos para presentear os pequenos costuma ser maior. Mas sabemos que, com os preços lá em cima, pode surgir a vontade de garimpar opções mais em conta, porém “genéricas” – os famosos falsificados.

Se, antes, esses produtos estavam mais restritos a vendedores informais de rua, os conhecidos “camelôs”, hoje em dia são facilmente encontrados em sites de venda na internet e chamam a atenção pelo preço mais adequado ao bolso dos brasileiros. O problema é que, além de contribuir para a pirataria (que é crime para quem vende) consumir brinquedos não originais traz riscos para as crianças.

“Um dos principais problemas da contrafação é o fato de que não há qualquer garantia de que o produto atenderá aos parâmetros mínimos de qualidade e segurança“, alerta Natalia Gigante, sócia do escritório Daniel Advogados. “Além disso, é comum que produtos falsificados tenham qualidade inferior, o que pode fazer com que a brincadeira acabe mais rápido”, afirma a profissional.

Os riscos mais graves para as crianças

A advogada explica que, entre os perigos mais evidentes, estão os insumos utilizados na fabricação desses itens. “Não é possível ter certeza se os materiais usados na confecção daquele brinquedo são tóxicos, como acontece com tintas que têm chumbo em sua composição. Outro exemplo é o caso de produtos para crianças menores com peças que se soltam facilmente, podendo causar engasgos“, exemplifica.

É por isso que, no Brasil, o selo do Inmetro é tão importante. O Instituto é responsável por avaliar os itens comercializados, a fim de garantir que eles cumpram todos os requisitos de segurança definidos na regulamentação nacional. “Durante esse processo, são verificados, entre outros aspectos, se o brinquedo está classificado para a faixa etária adequada, se possui partes e peças que se soltam e se é tóxico”, ressalta Hércules Souza, chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnicos Científicos (Divet) do Inmetro.

Souza detalha ainda quais problemas os brinquedos falsificados podem apresentar:

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(Tom Merton/Getty Images)

Como saber se é uma falsificação?

O primeiro ponto de atenção, certamente, é o preço: se o brinquedo está consideravelmente mais barato, já vale a desconfiança. Outra questão é onde aquele item está sendo comercializado. É uma loja confiável, conhecida, bem avaliada?

Quando a compra acontece em um ambiente físico, vale observar o produto atentamente, vendo se ele tem embalagem, manual de instruções, indicação etária e, lógico, o selo do Inmetro. “Porém, sobre esse ponto, vale lembrar que alguns falsificadores também podem reproduzir o selo”, alerta Natalia.

Se a compra for pela internet, a desconfiança deve ser redobrada, mesmo depois da entrega. Até mesmo em e-commerce grande é preciso ter atenção, já que muitos reúnem vendedores e produtos dos quais não têm controle (em geral, aparece como “vendido pela loja tal”).

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Já em sites internacionais, como aqueles da China, com a importação direta para o consumidor, não há qualquer garantia em relação ao Inmetro. Tenha isso em mente ao fazer buscas online.

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(Ivolodina/Thinkstock/Getty Images)

Como denunciar?

Hércules Souza, do Inmetro, lembra que os consumidores podem denunciar a comercialização de brinquedos falsificados por meio da ouvidoria pelo telefone 0800-285-1818 ou pelo site, clicando aqui.

Caso a família tenha tido alguma acidente de consumo, o Inmetro tem um canal específico, que pode ser acessado online, clicando aqui.

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