7 motivos para não perder de jeito nenhum o novo filme da Disney, “Raya”

O longa, que chega ao Disney+ em 5 de março, une um elenco de peso com aprendizados sobre a cultura do sudeste asiático que devem encantar toda a família!

Por Flávia Antunes
Atualizado em 5 mar 2021, 09h43 - Publicado em 3 mar 2021, 16h29
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 (@disneystudiosbr/Instagram)
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Do finzinho de 2020 para o começo do novo ano passaram-se poucos meses, mas a Disney já mostrou que não está para brincadeira: em dezembro, fomos presenteados com a tão esperada estreia do live-action de “Mulan”; em seguida, pudemos refletir bastante sobre o sentido da vida com “Soul”, e agora estamos prontos para embarcar em uma jornada de aventura com “Raya e o Último Dragão“.

O filme, que teve seu trailer divulgado no Brasil em outubro, atiçou a curiosidade da crítica e dos espectadores pelo elenco marcante e, claro, por ser protagonizado por uma princesa asiática (teríamos aqui uma concorrente à personagem preferida da criançada?).

Agora, com a estreia se aproximando – o longa chega em 5 de março na plataforma da Disney+ (para assiná-la, clique aqui!) – não podíamos deixar de nos aprofundar um pouco mais nos detalhes e curiosidades que estão por trás da produção, e aumentam ainda mais nossa expectativa em torno do lançamento. Veja estes 7 motivos que vão juntar a família inteira em torno do sofá para se deliciar com “Raya”:

1. “Raya” é mais do que uma história de aventura

O enredo do filme não deixa dúvidas de que se trata de uma história cheia de batalhas e reviravoltas. Ele se passa no reino encantado chamado Kumandra, onde humanos e dragões vivem em harmonia – isso até que os terríveis monstros Drun entram em cena sequestrando o mundo e fazendo com que os animais de fogo tenham que se sacrificar para salvar a humanidade.

Após 500 anos, os seres ameaçadores retornam e a guerreira Raya não encontra outra opção se não embarcar em uma perigosa jornada para encontrar o último sobrevivente, Sisu, e salvar o seu lar.

Mas apesar do espírito de aventura presente na trama, a animação trata também da jornada de autoconhecimento da protagonista que aprende que, além do seu fiel aliado, é preciso de boas doses de confiança para vencer a missão. “Eu quero que meu filho, meu neto e meu bisneto entendam que este filme é sobre a necessidade de acreditarmos uns nos outros para que juntos consigamos fazer do mundo um lugar melhor”, contou o co-diretor Paul Briggs.

2. Aprendizados sobre uma nova cultura

Mesmo que a proposta do filme não seja educativa, ele consegue dar ensinamentos importantes em termos de representatividade e mostrar às crianças elementos de uma cultura que – especialmente os países ocidentais – não têm tanto contato: a do sudeste asiático.

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Para tornar os retratos os mais realistas possíveis – desde os cenários até as vestimentas e mitologias dos povos –, a equipe principal contou com a consultoria de um grupo de antropologistas, arquitetos, dançarinos, linguistas e musicistas, que deram assistência para que o longa mantivesse o tom de fantasia, sem desrespeitar a diversidade cultural que o inspira.

E até mesmo integrantes da produção embarcaram em viagens para conhecerem melhor as tradições locais, como relata a responsável pela criação artística, Fawn Veerasunthorn. “Eu cresci na Tailândia, então conheço bastante a cultura de lá. Mas eu não sabia sobre a da Cambodia ou de Laos e nem que existem muitas similaridades entre Laos e a Tailândia”, disse.

“Assim, durante a viagem, tentei me assegurar no que aprendi de semelhanças entre esses países, porque o desafio do filme é que nos inspiramos na região inteira, que conta com onze países. Era importante para nós que, independente de que parte do Sudeste Asiático fosse, as pessoas pudessem assistir ao filme e verem parte delas mesmas dentro dele”, acrescentou ela.

3. Primeira princesa do sudeste asiático

E falando em inspiração, outro fator fundamental que os produtores buscaram resgatar da cultura asiática foi o papel emblemático das mulheres. “No Sudeste Asiático, há uma grande tradição de líderes femininas, militares e guerreiras. E claro, as histórias de Nagas [grupo de divindades da mitologia hindu e budista] e dragões, particularmente ligados com a água. Os Nagas e as mulheres fortes estão presentes em várias dessas culturas, então sabíamos que seriam tópicos que realmente iriam ressoar no filme”, comentou a roteirista Adele Lim.

Assim, depois da dar vida à chinesa Mulan e à polinésia Moana, um marco importante da Disney foi trazer às telinhas, com Raya, a primeira princesa do Sudeste Asiático, como reflete o produtor Osnat Shurer. “A Disney tem um legado de ir além dos limites em termos do poder e força de nossas protagonistas femininas. Fizemos isso com ‘Moana’, por exemplo, e com ‘Raya e o Último Dragão’ o elevamos a um outro nível”, afirmou. 

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4. Um dragãozinho como você nunca viu!

Na onda dos aprendizados que o filme proporciona, as crianças terão contato com Sisu, um dragão diferente do que já viram em outras animações – e que desempenha papel crucial na trama. “Nas diferentes culturas da Ásia, incluindo o Sudeste Asiático, existe um forte amor e afeição pelos dragões, que são diferentes dos que vemos em ‘Game of Thrones’, por exemplo. Eles simbolizam sorte. Eles significam poderes de positividade e energia”, explica Qui Nguyen, que ajudou na escrita do roteiro.

Assim, os pequenos podem até ter amado os seres fantásticos que já conheceram nas telinhas, mas ampliarão ainda mais seus horizontes (e possivelmente também se apaixonarão pelo lado leve da personagem!). “Sisu é honrada e super poderosa, mas, ao mesmo tempo, quisemos subverter as expectativas que temos de como é um dragão. Então ela é engraçada, faz palhaçadas e tira sarro de si mesma. Ela é nova para o mundo e existe algo charmoso e divertido sobre ela!”, revelou Nguyen.

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5. Elenco de peso

Como já demos o spoiler nas falas acima, os responsáveis por tirar “Raya” do papel contam com um currículo extenso, cheio de participações de sucesso. O diretor Don Hall, por exemplo, ganhou o Disney’s Academy Award com a animação “Big Hero 6”, enquanto que Osnat Shurer, nomeado ao Oscar com “Moana”, e o vencedor da premiação com “Frozen”, Peter Del Vecho, são alguns dos nomes por trás da produção.

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Isso sem falar das vozes conhecidas por nós que fazem parte do time de dublagem. Kelly Marie Tran, quem interpreta Raya, dá voz a Rose, em “Star Wars”, Gemma Chan (que já participou de “Capitã Marvel”) aparece como Namaari, inimiga da protagonista, e a aclamada Sandra Oh, de “Grey’s Anatomy” e “Killing Eve”, dubla Virana, a mãe da jovem guerreira. 

6. Músicas baseadas em ritmos locais

Se tem uma tarefa que a Disney desempenha com êxito é criar músicas contagiantes e sensíveis, que captam o espírito das personagens. E claro que não seria diferente com o filme da jovem Raya: o compositor premiadíssimo James Newton Howard buscou adicionar os ritmos do gamelão (percussões típicas da Indonésia) e instrumentos próprios da cultura, como o gangsa, calung, saron e slenthem, além de também novos sons baseados nos timbres locais.

Já outras músicas presentes na trama tiveram participações exclusivas, como “Lead the Way”. A canção foi produzida por Julian-Quán Việt Lê, quem já possuía familiaridade com os ritmos, já que, quando tinha oito anos de idade, viveu com sua família no Vietnã enquanto seu pai terminava a sua pesquisa a respeito da música tradicional vietnamita – enquanto isso, o menino começou a aprender đàn bầu (monocórdio) e sáo trúc (flauta de bambu).

“Esse projeto da Disney é um sonho que se torna realidade. Por conta do dáo trúc ter sido dos meus principais instrumentos enquanto crescia e, porque a maioria dos países do Sudeste Asiático tem a sua própria versão da flauta, foi bastante natural incorporar o instrumento como um elemento que unia tudo isso”, revelou Lê.

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7. Trabalho remoto durante a pandemia

Todos que já passaram (ou passam) pelo trabalho em home office durante a pandemia sabem que não é fácil conciliar as demandas profissionais com as da casa. E isso se complica ainda mais quando falamos da produção de um filme inteiro, que exige equipamentos tecnológicos de ponta e um diálogo constante entre os membros da equipe.

No total, mais de 450 artistas e integrantes do time trabalharam de dentro do lar e os desafios foram muitos: experimentar novos softwares e desenvolvê-los para que atendessem às necessidades dos artistas; questões de internet tiveram que ser resolvidas; equipamentos entregues e cronogramas de trabalho para cada um.

“Em torno de março de 2020, enquanto estávamos caminhando na produção, que aconteceu nos últimos nove meses, a pandemia estourou”, contou o produtor. “Nós entramos no esquema de trabalhar em casa, o que significava que em centenas de residências estávamos lidando com trâmites financeiros, animando, fazendo cenas, iluminando, tendo reuniões. Se nos perguntassem há um ano se isso seria algo que conseguiríamos fazer, diríamos que não. Que teríamos que estar juntos na mesma sala, no prédio, com nossas instalações”, admitiu ele.

Já anota na agenda!

“Raya e o Último Dragão” terá sua estreia de duas formas diferentes. Primeiro, entre 5 a 19 de março, os assinantes do Disney+ que optarem pelo Premier Access (que custa R$ 69,90) poderão assistir à animação sem prazos, sem interrupções e quantas vezes quiserem.

Já quem decidir esperar mais um pouquinho, poderá ter acesso ao filme a partir de 23 de abril, sem custos extras. Ansiosos? Deixamos aqui um último pedacinho do trailer para já irem aquecendo!

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