Como aliviar dor de dente em crianças

Entenda quais são as causas mais comuns, o que funciona para amenizar o incômodo e quando buscar ajuda de um odontopediatra

Por Da Redação
10 fev 2023, 11h56
garota sentada no colo de uma mulher. A criança chora, colocando um dos dedos na boca
 (Rolf Bruderer/Getty Images)
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Dor de dente é uma das piores sensações do mundo – até mesmo para os adultos. Quando se trata de dor de dente em criança, pode ser ainda mais difícil. Isso porque, dependendo da fase, os pequenos não conseguem expressar exatamente o que, onde e o quanto dói. Choram, ficam irritados – e não é para menos. Incomoda mesmo!

Dor de dente em crianças: as principais causas

De acordo com a odontopediatra Juliana Frigo (@mamaodonto), da Clínica Frigo, em São Paulo (SP), as razões mais comuns para dor de dente em crianças são os traumas dentários (quando seu filho bate ou machuca o dente por algum motivo), as cáries, as inflamações na gengiva ou o nascimento de dentes.

“Nos bebês, a principal causa é o nascimento dos dentes”, explica. “É um processo fisiológico, mas existem sinais e sintomas que levam a um quadro de irritação, dor e incômodo”, acrescenta. Nas fases de erupção dentária, eles podem ter febre, frequência aumentada de choro e mau humor. Outros possíveis sintomas são gengiva inchada e vermelha, falta de apetite e salivação excessiva. A criança também tende a levar a mão e objetos à boca mais vezes.

No caso de cáries, traumas e inflamações, que ocorrem, em geral, com os maiores, é importante observar a boca e avaliar se há algo diferente, como inchaço nas gengivas ou alteração no aspecto da cavidade bucal.

 

O que é bom para dor de dente?

O primeiro passo é entrar em contato com o odontopediatra para tentar agendar uma consulta e, dependendo da intensidade do incômodo, um encaixe. Segundo Juliana, em casos de urgência, o especialista pode indicar algumas medidas para reduzir a dor de dente em casa, até o momento do atendimento. Por exemplo:

  • Bochecho com água morna;
  • Medicações analgésicas (indicadas pelo odontopediatra);
  • Compressa com gelo;
  • Boa escovação dos dentes.
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“Lembre-se: nada substitui a avaliação do dentista”, reforça a especialista.

Criança em consulta ao dentista. Na foto, uma dentista com uniforme rosa escuro, luvas rosas, está sentada e atendendo uma criança negra. É uma menina com cerca de um ano, está com uma faixa rosa enfeitando a cabeça e com a boca aberta, onde a dentista coloca um instrumento. Ela não está chorando ou com medo.
(LaylaBird/Getty Images)

Sorvete e objetos gelados podem aliviar dor de dente?

Muitas crianças não gostam de ir ao odontopediatra… Até ele recomendar que elas tomem sorvete! Brincadeiras à parte, Juliana explica que alimentos gelados ajudam a aliviar a dor de dente e a reduzir a inflamação e o inchaço.

“Na fase de erupção, mordedores gelados, frutas geladinhas e picolés caseiros (se a criança já estiver na fase da introdução alimentar) auxiliam na redução da dor no local”, afirma. “Isso porque o frio causa vasoconstrição [quando os vasos sanguíneos se estreitam], gerando uma sensação anestésica”, diz.

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Dor de dente em criança: o que NÃO fazer

Para a especialista, o mais importante é não negligenciar a reclamação do seu filho. “Ao primeiro sinal de queixa, entre em contato com seu odontopediatra. A pior coisa que podemos fazer é ‘deixar para lá’. Essa dor pode aumentar, progredir e as consequências podem ser piores”, orienta, recomendando que os pais sempre tentem ouvir o pequeno e busquem identificar o dente ou a região que incomoda.

O dentista poderá fazer uma avaliação, um diagnóstico e oferecer todas as informações necessárias para resolver o problema. “Além disso, as consultas de prevenção são muito importantes, já que é ali que os pais receberão orientações sobre escovação, conhecerão melhor a cavidade bucal do filho e poderão aprender a cuidar da saúde bucal dele, evitando, assim, dores, incômodos e doenças”, reforça.

A odontopediatra lembra ainda que a consulta não se limita ao atendimento de uma hora, mas representa toda a assistência dada ao longo do crescimento e do desenvolvimento da criança, assim como é feito com um pediatra.

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