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Amamentação reduz pela metade risco de síndrome da morte súbita

Estudo liga a oferta de leite materno - mesmo que não seja exclusiva e por apenas dois meses – ao menor índice de morte no primeiro ano de vida

Por Raquel Drehmer
1 nov 2017, 20h45
amamentação
 (Marcin Balcerzak/Thinkstock/Getty Images)
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Ao analisar dados sobre a ocorrência da síndrome da morte súbita em oito países, pesquisadores da Universidade de Virginia (Charlottesville, EUA) notaram que estavam diante também de informações sobre amamentação. Resolveram cruzar os indicadores – síndrome da morte súbita x amamentação – e descobriram que alimentar o bebê com leite materno por apenas dois meses faz cair pela metade o risco de o bebê morrer sem explicação aparente no primeiro ano de vida. O estudo foi publicado no periódico Pediatrics.

“Uma descoberta importante é que qualquer quantidade de leite materno já reduz o risco de síndrome da morte súbita. Em outras palavras, tanto a amamentação exclusiva quanto a parcial parecem fornecer o mesmo benefício”, explica Fern R. Hauck, líder do estudo e professor de medicina da família e ciências da saúde pública na universidade.

Síndrome da morte súbita, de acordo com a definição do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, é a morte repentina de um bebê com menos de um ano de idade, que não pode ser explicada com autópsia, investigações detalhadas do local da morte ou uma revisão do histórico médico.

Como os pesquisadores chegaram a esse resultado

Foram analisados dados de 9153 bebês. Destes, 2259 morreram de síndrome da morte súbita. Ao ajustar dados, descobriram que os bebês amamentados por pelo menos dois meses eram os que tinham menor risco de ser vítimas dessa condição trágica.

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O estudo não é conclusivo sobre o porquê de a amamentação ser benéfica em relação à síndrome da morte súbita. Mas os pesquisadores sugerem que isso tenha a ver com o efeito da amamentação no desenvolvimento do sistema imunológico e nos padrões de sono do bebê.

Níveis de amamentação baixos

A equipe envolvida no estudo alerta para o fato de que são necessários esforços mais concentrados para aumentar os níveis de amamentação no mundo todo. Nos EUA, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 49% dos bebês são amamentados até os seis meses de vida. No Brasil, o índice é ainda pior: apenas 39%.

Uma das metas da OMS para 2025 é que pelo menos 50% dos bebês de todo o mundo sejam amamentados exclusivamente com leite materno até os seis meses.

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