Rafa Brites sobre desmame: “Amamentar foi um ato altruísta”

"Foi muito natural. Sei também que nem sempre é assim. Revendo algumas fotos desses primeiros dias, eu vejo o quanto me dediquei até aqui", escreveu a mãe.

Por Luísa Massa
Atualizado em 16 ago 2017, 16h43 - Publicado em 16 ago 2017, 16h34
 (Reprodução/Instagram @rafabrites)
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Desde que se tornou mãe de Rocco, Rafa Brites tem compartilhado nas redes sociais relatos sobre a sua experiência. A apresentadora da Rede Globo já se pronunciou sobre a falta de empatia no universo materno, o parto humanizado que trouxe o seu filho ao mundo, a paternidade ativa do marido Felipe Andreoli e as dificuldades que encontrou com a amamentação.

Mas verdade seja dita: o começo dói demais! É de ver estrelas. ‘Mas calma, é só acertar a pega!’. Ah, como se fosse fácil. Eles choram, colocam as mãos na frente, escorregam, aí mordem, dói as costas, o pescoço, os braços. E quando você vai ver está com o peito em carne viva”, desabafou a artista logo após o nascimento do pequeno.

Seis meses depois de ter publicado esse depoimento, ela resolveu dividir outra etapa com os seus seguidores: a do desmame do primogênito. Na última terça-feira, 15, Rafa postou um texto para falar sobre o desfecho desse momento tão especial e abriu o seu coração.

“Amamentar é dar a melhor fonte de alimento possível e traz um contato muito íntimo entre mãe e filho. Mas para ambos há soluções igualmente lindas caso ela não aconteça. Digo isso porque para mim não foi fácil. E se eu mesma não tivesse conseguido chegar aos 6 meses, teria me perdoado“, comentou a mamãe.

Ela ainda falou que não foi avisada sobre alguns fatores e que se assustou ao sentir dor no começo do processo. Além disso, Rafa enfrentou complicações nesse período, como a mastite, a tendinite de tanto ordenhar, a candidíase mamária, os cortes, as mordidas e os machucados.

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Amamentar, para mim, foi um ato altruísta. E, por eu ter chegado nos 6 meses mínimos recomendados, me sinto feliz. Por incentivar outras mães a fazer o mesmo… A fazer em público… A tentar. Eu faria tudo outra vez”, disse a apresentadora.

No final da mensagem, ela contou que, como voltou a trabalhar e as primeiras comidinhas foram introduzidas na alimentação de Rocco, ele perdeu o interesse em receber o peito: “Foi muito natural. Sei também que nem sempre é assim. Revendo algumas fotos desses primeiros dias, eu vejo o quanto me dediquei até aqui. Penso também o quanto admiro mães que chegam aos 2 anos oferecendo o seio. Também em como devemos respeitar as mães que não amamentaram e convivem com a pressão vitória X fracasso da sociedade”.

Confira o relato completo:

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Chegou ao fim essa época. Amamentar, para mim, foi um desafio. Para cada mulher essa história é diferente. Assim como a gravidez, que foi algo maravilhoso para mim, [mas] não é assim para todas e não cabe a ninguém julgar o sentimento alheio. Muitos utilizam a expressão ato de amor para a amamentação. Isso acarreta em mães que, por algum motivo, não amamentaram, [se sentirem] frustradas e culpadas. Amamentar é dar a melhor fonte de alimento possível e traz um contato muito íntimo entre mãe e filho. Mas para ambos há soluções igualmente lindas caso ela não aconteça. Digo isso porque, para mim, não foi fácil. E se eu mesma não tivesse conseguido chegar aos 6 meses, teria me perdoado. Primeiro porque nunca ninguém havia me falado que eu sentiria dor… Depois me falaram que quando acertássemos a pega, tudo ficaria bem. Hoje posso afirmar que não passei duas semanas seguidas sequer sem alguma complicação. Ficava tudo lindo… Depois de um tempo, algum outro probleminha. Leite eu sempre tive muito, até de sobra. Mas o processo cortou, feriu, queimou, empedrou, [deu] mastite, tendinite de ordenhar, cândidas mamárias, mais cortes e mais dor. Com 3 meses e pouco vieram os dentes, mordidas, sulcos e sangue – que grudam no sutiã e quando está quase formando casquinha e em um descuido, em uma puxada, começa tudo outra vez. Amamentar, para mim, foi um ato altruísta. (Percebam que nem cito o sono interrompido porque isso eu já sabia). E, por eu ter chegado nos 6 meses mínimos recomendados, me sinto feliz. Por incentivar outras mães a fazer o mesmo… A fazer em público… A tentar. Eu faria tudo outra vez. Como voltei a trabalhar e introduzimos as frutas, papinhas, ele mesmo perdeu o interesse. Foi muito natural. Sei também que nem sempre é assim. Revendo algumas fotos desses primeiros dias, eu vejo o quanto me dediquei até aqui. Penso também o quanto admiro mães que chegam aos 2 anos oferecendo o seio. Também como devemos respeitar as mães que não amamentaram e convivem com a pressão vitória X fracasso da sociedade. Agora, aqui para nós: nova fase… Novas descobertas e cada vez mais amor! ♡

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Chegou ao fim essa época. Amamentar pra mim foi um desafio. Para cada mulher essa história é diferente. Assim como a gravidez ,que foi algo maravilhoso pra mim, não é assim para todas e não cabe a ninguém julgar o sentimento alheio.Muitos utilizam a expressão ato de amor para a amamentação, isso acarreta em mães, que por algum motivo não amamentaram, frustradas e culpadas.Amamentar é dar a melhor fonte de alimento possível e traz um contato muito íntimo entre mãe e filho. Mas para ambas há soluções igualmente lindas caso ela não aconteça. Digo isso porque pra mim, não foi fácil. E se eu mesma não tivesse conseguido chegar aos 6 meses, teria me perdoado. Primeiro porque nunca ninguém havia me falado que eu sentiria dor… Depois me falaram que quando acertassemos a pega tudo ficaria bem. Hoje posso afirmar que não passei duas semanas seguidas sequer sem alguma complicação. FIcava tudo lindo … Depois de um tempo, algum outro probleminha. Leite eu sempre tive muito, até de sobra mas o processo: Cortou, feriu, queimou, empedrou, mastite,tendinite de ordenhar, candidas mamárias, mais cortes mais dor, com 3 meses e pouco vieram os dentes e mordidas e sulcos e sangue, que gruda no sutiã e quando tá quase formando casquinha, num descuido, uma puxada começa tudo outra vez. Amamentar pra mim foi um ato altruísta. (Percebam que nem cito o sono interrompido pq isso eu ja sabia). E por eu ter chego nos 6 meses mínimos recomendados me sinto feliz. Por incentivar outras mães a fazer o mesmo… a fazer em público … a tentar, eu faria tudo outra vez…Como voltei a trabalhar e introduzimos as frutas, papinha etc… ele mesmo perdeu o interesse. Foi muito natural. Sei também que nem sempre é assim. Revendo algumas fotos desses primeiros dias eu vejo o quanto me dediquei até aqui. Penso também o quanto admiro mães que chegam aos 2 anos oferecendo o seio. Também como devemos respeitar as mães que não amamentaram e convivem com a pressão Vitória X Fracasso da sociedade. Agora aqui pra nos: nova fase… Novas descobertas e cada vez mais amor! ♡

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