“Isto é mastite”: mãe se abre sobre dificuldades para amamentar
A britânica Remi Peers lembrou da luta contra a inflamação causada pelo leite empedrado que a fez passar duas noites no hospital
A amamentação exclusiva até os seis meses de vida é importantíssima para o desenvolvimento do bebê, e a Organização Mundial da Saúde recomenda que o aleitamento materno seja complementar à alimentação do bebê pelo menos até que ele complete dois anos de idade. Mas quase ninguém avisa às futuras mamães que amamentar pode ser bem difícil.
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Pois a britânica Remi Peers, mãe do pequeno Rudy, de 1 ano, resolveu fazer a sua parte na rede de apoio materna que grávidas e mães formam no Instagram. Em uma postagem recente, ela mostrou uma foto tirada no hospital 10 meses atrás, quando precisou ser internada por causa de uma mastite.
“Ao completar a marca de um ano amamentando, senti necessidade de compartilhar minha história. Amamentar NÃO foi fácil para mim”, escreveu na legenda. “Meu leite desceu depois de 5 dias. Eu não sabia que poderia demorar tanto. Eu nem sabia o que “descer o leite” significava. (Ninguém nunca me ensinou.)”
Ela contou que era a única mulher amamentando na ala do hospital em que Rudy nasceu, e que enquanto os outros bebês dormiam com a barriga cheia de fórmula, o dela gritava e chorava grudado no peito dela.
Já em casa, ela teve rachaduras nos bicos dos seios por causa da pega errada, mas persistiu. “Ninguém me ensinou que amamentar poderia ser dolorido, ninguém me ensinou o que era uma boa pega”.
Assim como acontece com muitas mães aqui no Brasil, Remi sentia vergonha ao amamentar em público – mas isso já passou, hoje ela amamenta em qualquer lugar –, o que acabou resultando em uma mastite (uma inflamação das glândulas mamárias causada pela obstrução de um ou mais canais de leite – o famoso “leite empedrado”).
Depois de sentir todos os sintomas da doença – calafrios, dor nas mamas, febre, calor – ela pediu para o namorado levá-la ao hospital, onde desenvolveu infecção generalizada e ficou internada por duas noites.
Hoje, Remi amamenta Rudy sem problemas e faz campanha pela naturalização da amamentação.