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Cozinhar com os filhos é caminho para contornar dificuldades alimentares

Levar os filhos para a cozinha desde a mais tenra idade ajuda a criar momentos felizes e saudáveis em família. Veja dicas e coloque a mão na massa.

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 28 dez 2019, 11h01 - Publicado em 28 dez 2019, 10h01

Está com os filhos em casa nessas férias? Que tal aproveitar para começar a criar o hábito de cozinhar? Para os especialistas, essa é uma estratégia certeira para criar logo cedo uma boa relação com a comida, e inclusive superar questões como a seletividade e a neofobia, o medo de experimentar alimentos novos.

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Não é preciso esperar a criança crescer para começar e nem criar uma “hora de apresentar a cozinha”. “O filho deve participar do processo desde sempre e da forma mais natural possível. Na introdução alimentar, leve junto para a cozinha na hora de amassar as frutas, descasque na frente dele”, comenta a nutricionista Gabriela Kapim, apresentadora do programa Socorro! Meu Filho Come Mal, do canal GNT.

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Por volta dos dois anos, quando a criança descobre a própria autonomia e poder do “não”, ela também costuma receber o prato pronto. A familiaridade com a cozinha pode começar nesse momento. “Algumas crianças pequenas que atendo não sabem como é uma fruta inteira, nem que tem semente no mamão”, aponta Raquel Ricci, nutricionista do Instituto PENSI.

Quando o pequeno participa do preparo de um vegetal, a chance de se interessar por ele é muito maior. Fora isso, a cozinha ensina sobre a origem dos alimentos, o ciclo produtivo e o respeito à natureza, aumentando as chances de formar um adulto mais consciente.

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Treinamento gradual

Quando a criança já tem mais coordenação motora, pode começar com tarefas super simples, como colocar os ingredientes numa travessa, lavar um legume ou rasgar folhas com a mão para uma salada. Elas adoram colocar a mão em massas e ter experiências com texturas diferentes.

“Com cerca de quatro anos, ela já pode montar a mesa, um sanduíche, quebrar ovos e até cortar alimentos mais molinhos com faca sem ponta”, explica Luciana Carvalho, nutricionista especialista em alimentação infantil, que mantém o perfil Nutricionista Pediatra no Instagram.

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Os afazeres evoluem com o pequeno. Aos cinco ou seis, dá para apresentar o micro-ondas, ensinar a medir ingredientes, usar forminhas de plástico. Só o fogo e as facas com ponta que devem ficar para mais tarde, depois dos oito ou nove, de preferência – pode variar de acordo com o nível de desenvolvimento de cada um, mas sempre com supervisão.

Falta de tempo não é desculpa

É quase  impossível cozinhar todos os dias, principalmente em grupo, mas é bacana estabelecer uma certa rotina para colocar a mão na massa – uma vez por semana, por exemplo. Se a criança não demonstra muito interesse, você pode começar com pratos que ela goste, mesmo que não sejam tão saudáveis.

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Se ela não come cenoura, por que não começar com um bolo de cenoura? A partir daí ela pode ir aparecendo de outras maneiras no prato. Mas a aceitabilidade da criança surpreende os adultos. “Guacamole, por exemplo, é algo que você não imagina, mas elas amam comer”, destaca Gabriela.

O desafio e a sensação de dever cumprido colaboram muito para isso e dão ares lúdicos ao preparo. Para tornar a ocasião ainda mais divertida, faça um rodízio de sugestões, cada semana um membro da família escolhe a receita. Fora destes momentos, inclua a criança nas pequenas coisas, como o preparo da lancheira e a montagem do prato.

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Oportunidade para transmitir valores

Além do aspecto nutricional, o hábito ajuda a desenvolver habilidades importantes, como a paciência de esperar algo ficar pronto, trabalho em equipe e organização. Até por isso, é bacana que ela participe de todas as etapas. “Cozinhar com as crianças é bom, mas quando acaba está aquele caos na cozinha e sobra a arrumação para os pais ”, destaca Kapim.

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Eles precisam entender que há o antes, durante e depois, e cada um pode fazer uma coisa: um varre, outro recolhe as cascas, os mais velhos lavam a louça e por aí vai. “Meus filhos costumam dizer para mim ‘eu gosto quando você faz isso mamãe, porque quando formos morar sozinhos já sabemos o que fazer’”, comemora Kapim.

Por último, a cozinha é um ambiente perfeito para estreitar vínculos, tentar, errar e se divertir em família. Uma saborosa experiência em tempos tão corridos.

Receitas para fazer em família

Para decorar, bananinhas cortadas com ajuda de uma forma de estrela (olgadrach/Getty Images)

As sugestões abaixo foram enviadas ao Bebê.com.br pelas nutricionistas ouvidas na reportagem. Confira e distribua as tarefas conforme a capacidade de cada filho.

Panqueca de banana

Ingredientes:

Modo de preparo:

Bolo integral de banana

Ingredientes:

Modo de preparo:

Torta de Maçã

Ingredientes massa:

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Ingredientes recheio:

Modo de Preparo:

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(Lilechka75/Getty Images)

Omelete de forno

Ingredientes:

Modo de preparo:

Guacamole

Ingredientes:

Modo de preparo:

Lasanha de Legumes

Ingredientes:

Modo de Preparo:

Montagem:

Pegue uma travessa, coloque 1 concha de molho com legumes, acrescente a massa, molho, depois o queijo, coloque novamente a massa, e aplique o molho de tomate por cima da massa, repita esse processo até completar a travessa. Finalize com o molho de tomate. Salpique o queijo parmesão.

Molho de Tomate Caseiro

Ingredientes:

Modo de Preparo:

 Já conhece nosso podcast? Dá o play! 

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