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5 benefícios de fazer as refeições em família

Entenda a importância de, ao menos uma vez por dia, sentar-se à mesa com as crianças

Por Carla Leonardi
25 dez 2023, 16h15
Em uma cozinha, há uma família sentada à mesa fazendo refeição. Um homem, uma mulher e duas crianças: um menino e uma menina.
 (LightFieldStudios/Getty Images)
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Trabalho, escola, cursos, correria… A vida é mesmo complicada e encaixar todos os afazeres pode ser difícil em uma casa com crianças. Mas tem um hábito que, idealmente, não pode ser deixado de lado: as refeições em família. É claro que, para a imensa maioria dos brasileiros, tomar café da manhã, almoçar e jantar com todos juntos é uma missão impossível, porém é importante que ao menos um desses momentos aconteça diariamente.

“Sabemos que, com a rotina do dia a dia, é importante pensar qual refeição a família vai priorizar. Não, necessariamente, é preciso fazer todas elas, mas é essencial ter um equilíbrio e criar o hábito”, orienta Filipe Colombini, psicólogo parental e CEO da Equipe AT. Ou seja, se os pais trabalham fora ou a se criança almoça no colégio, vale fazer o jantar como o compromisso diário. Se a parte da noite é mais complicada, escolha, então, o café da manhã. O que importa mesmo é ter, se possível, ao menos um momento em que todos se sentem à mesa juntos.

Isso, porque os benefícios são muitos – para pais e filhos. A seguir, confira cinco deles!

1. Dá à criança o exemplo e a noção de rotina

Isso está relacionado ao exemplo, diz Filipe. “É a coerência entre falar e fazer. De que adianta um pai falar que é preciso ter rotina, se ele não mostra que tem uma?“, questiona. Além do modelo que os adultos representam para as crianças, estabelecer um horário mais ou menos definido para as refeições e ações que se repetem (arrumar a mesa, lavar as mãos, sentar-se…) ajuda, também, o pequeno a entender o funcionamento do dia e a se programar. Assim, ele sabe que aquele momento é destinado à refeição – e tudo que vem junto dele.

2. Colabora para uma alimentação mais saudável

Nesse mesmo sentido, Filipe lembra que o exemplo também está no prato dos adultos: “Como se pode falar que é importante comer verduras, se nem os pais comem?”. Pensando nisso, a refeição em família é benéfica para todos – escolher bem os alimentos poderá fazer toda a diferença no paladar dos filhos ao longo da vida, afinal, a criança que vê os famosos “verdinhos” sendo servidos e apreciados com regularidade se torna mais familiar a eles.

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Bebê sentado em cadeirão, pegando pedaços de comida colocados sobre a bandeja.
(kumacore/Getty Images)

3. Proporciona diálogo e conexão afetiva

“Culturalmente, a comida está muito ligada ao afeto, destaca o psicólogo, apontando para mais esse benefício de se fazer as refeições à mesa. O jantar com todos juntos pode ser o momento perfeito para comentar o que aconteceu ao longo do dia, expor alguma preocupação e, principalmente, falar sobre amenidades. Trata-se, afinal, de manter o diálogo aberto com descontração e leveza, mas também com consistência e regularidade.

4.  Desenvolve valores e hábitos importantes

Comer à mesa, com tranquilidade e sem distrações – sobretudo do celular! – é um hábito que precisa ser cultivado dia após dia. Uma vez que ele não existe, principalmente quando os filhos já estão maiores, fica muito mais difícil de mudar. E convenhamos: isso é importante também para nós, adultos. “A criança vai ter que lidar com a frustração de que, naquele momento, precisa estar à mesa e sem celular”, diz o psicólogo, pontuando a oportunidade que se tem aqui de estabelecer um limite importante.

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5. Dá à criança a oportunidade de prestar atenção na comida

Estar ali, sentadinho, olhando para o prato e sem distrações externas, faz com que o pequeno tenha uma noção muito mais clara e consciente da alimentação. Ele fica mais capaz de sentir o gosto e a textura dos alimentos, além de acompanhar a própria sensação de saciedade. “Isso tem muito a ver com o ato de instigar os sentidos. Cheirar, comer, mastigar… Trata-se de estar em contato com a comida no ‘aqui e agora'”, finaliza o especialista, citando o mindfull eating, prática que fala sobre a importância de estar presente “em si mesmo” durante as refeições – e que deveria ser cultivada entre os pequenos e os adultos também.

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