Gêmeas siamesas que passaram por cirurgia de separação completam 1 ano
As irmãs, que nasceram unidas pelo peito e pelo estômago e viveram quase seis meses no hospital, dão os primeiros passos e alcançaram novas conquistas
Segundo dados levantados pela Gemini Untwined – instituição que tem como objetivo auxiliar famílias em operações de separação de gêmeos siameses – um em cada 60 mil nascimentos tem a ocorrência de bebês fisicamente conectados. Então, dá para imaginar a surpresa de Amanda Arciniega e James Finley ao descobrirem, via ultrassom, que suas gêmeas estavam unidas no peito e no estômago.
As pequenas norte-americanas JamieLynn e AmieLynn Finley viveram aproximadamente 6 meses no hospital, passando, nesse período, por uma cirurgia de separação com duração de 11 horas. Saudáveis, elas acabam de completar 1 ano de vida e deram os primeiros passos.
JamieLynn retornou para casa em março, um mês antes da irmã. E, de acordo com os pais e com a equipe médica, as duas só fizeram progressos desde então.
“Elas gostam sempre de encostar uma na outra e de dar as mãos. Jamie gosta de dar beijos em Amie”, disse o pai em entrevista ao programa televisivo estadunidense Good Morning America. Finley acrescentou: “Quando elas se beijam, riem. E suas camas ficam uma ao lado da outra, então, quando uma desperta, acorda a irmã.”
O que dizem os profissionais da saúde
A Dra. Mary Frances Lynch, neonatologista que cuidou de JamieLynn e AmieLynn na UTI neonatal do Cook Children’s, afirmou, em conversa com a mesma atração, que o progresso das gêmeas tem sido “surpreendente”. “Elas estão exatamente no caminho certo com seus marcos de desenvolvimento. São muito sociáveis”, contou.
“Elas estão até um pouco à frente do cronograma no que diz respeito às habilidades motoras, então é realmente maravilhoso“, completou. A profissional disse que os médicos continuam monitorando de perto as gêmeas, visto que AmieLynn também está tratando uma escoliose – mas a expectativa é que elas tenham vidas saudáveis.
“É muito recompensador para todos os que estiveram envolvidos no cuidado delas – enfermeiras, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas respiratórios – todas as pessoas que estiveram tão próximas dessas meninas e de sua família”, disse Lynch.
A neonatologista também ressaltou o alto nível de dedicação dos pais das gêmeas na criação das filhas. “Não posso expressar em palavras o quanto eles são atenciosos”, declarou.