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Fim das gotinhas: como será a nova vacinação contra a poliomielite

Na prática, as gotas foram substituídas pela injeção, com ajustes no calendário. Agora, as doses são aplicadas aos 2, 4, 6 e 15 meses de idade

Por Gabriel Bueno
17 nov 2024, 17h00

A campanha de vacinação no Brasil passou por mudanças nos últimos dias. A famosa vacina oral contra a poliomielite — as conhecidas gotinhas que marcaram gerações — foi substituída por um esquema totalmente injetável desde o dia 4 de novembro.

O Ministério da Saúde ajustou o calendário vacinal para eliminar o uso da vacina oral bivalente (VOPb) e adotar exclusivamente a vacina inativada poliomielite (VIP), aplicada por injeção. Mas o que essa mudança significa para a proteção de bebês e crianças? Vamos entender os motivos e os impactos dessa atualização, a seguir.

Por que houve a mudança?

Em nota, o ministério alega que a mudança foi baseada em “critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais”, com o objetivo de aumentar a segurança da imunização contra a poliomielite — uma doença infecciosa causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, ocasionando a paralisia infantil.

A decisão de eliminar as gotinhas não se refere a uma nova vacina, mas a uma alteração no esquema vacinal já existente.

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Como será o novo calendário de vacinas?

Antes, o calendário incluía um esquema híbrido, com três doses da VIP: aos 2, 4 e 6 meses de idade; e duas doses de reforço com a vacina oral (VOPb): aos 15 meses e aos 4 anos.

Agora, o novo esquema é mais direto e se concentra na administração de apenas uma forma de vacina, a VIP — por injeção. A partir de agora, a rotina de imunização contra a poliomielite será:

Benefícios da vacina injetável

A principal diferença entre a VOP (oral) e a VIP (injetável) está na composição dos imunizantes. A VOP é feita com o vírus enfraquecido, sendo administrada via oral, enquanto a VIP contém o vírus morto e é aplicada por injeção.

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A substituição visa oferecer uma proteção mais segura e eficaz, especialmente para crianças com o sistema imunológico comprometido, que poderiam, em casos raros, desenvolver a doença a partir da vacina oral devido a uma “variante vacinal” do vírus.

E o futuro do Zé Gotinha?

Apesar do fim das gotinhas, o personagem Zé Gotinha, ícone das campanhas de vacinação desde os anos 1980, continuará presente nas redes sociais, na televisão e nas campanhas de conscientização. E quem sabe, até presente fisicamente até no posto de saúde da sua cidade.

Apesar da mudança no formato, a mensagem permanece clara: a vacinação contra a poliomielite segue sendo fundamental para proteger as crianças. Com o novo esquema injetável, o Brasil reforça o compromisso de manter a paralisia infantil erradicada no país, como vem ocorrendo desde 1989.

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É essencial que os pais e responsáveis mantenham a vacinação das crianças em dia, seguindo o novo cronograma e consultando as unidades de saúde para esclarecer dúvidas.

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