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Fase 3: estudo comprova que Pfizer é 100% eficaz na faixa dos 12 a 15 anos

O levantamento é o primeiro a analisar as consequências da vacinação em adolescentes de 12 a 15 anos após seis meses das duas doses.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 23 nov 2021, 12h53 - Publicado em 23 nov 2021, 12h52

Confiar na vacinação para se proteger contra Covid-19 está ligado à comprovação de segurança dos imunizantes e, para isso, estudos com diferentes grupos populacionais têm sido conduzidos ao redor do mundo. É o caso da atualização da pesquisa de fase 3 apresentada pela Pfizer/BioNTech, no dia 22 de novembro, que analisou a segurança do imunizante a longo prazo em adolescentes de 12 a 15 anos e confirmou que ele é 100% eficaz para a faixa etária.

Para chegar a esta conclusão, o levantamento acompanhou os dados de 2.228 jovens de novembro de 2020 a setembro de 2021. Eles receberam duas doses do imunizante contra Covid-19, com 30µg em cada aplicação, e não apresentaram efeitos adversos preocupantes à vacina durante o acompanhamento de pelo menos seis meses após a segunda vacina.

Já em relação a contaminação pela Covid-19 após o processo, a farmacêutica informa que 30 adolescentes foram infectados durante o ensaio clínico. Só que todos eles faziam parte do grupo que havia recebido placebo em vez das doses da Pfizer, o que reforça a eficácia de 100% do imunizante.

“À medida que a comunidade global de saúde trabalha para aumentar o número de pessoas vacinadas em todo o mundo, esses dados adicionais fornecem mais confiança na segurança e no perfil de eficácia da nossa vacina em adolescentes. Isso é importante porque vemos as taxas de coronavírus subindo nesta faixa etária em algumas regiões, enquanto que a vacinação tem sido menos aderida”, informa Albert Bourla, presidente do conselho e diretor executivo da Pfizer, no boletim oficial. 

Um dos objetivos da farmacêutica é que as informações obtidas sejam apresentadas para agências reguladoras de outros países, principalmente quando houver um pedido emergencial de uso do imunizante em adolescentes. Outro passo seguinte é submeter o resultado para a revisão dos pares para que eles possam ser publicados em revistas científicas.

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Boas notícias para os brasileiros!

A conclusão da pesquisa também é positiva para o Brasil, que utiliza o imunizante para a faixa etária indicada, mas ainda sofre com o movimento antivacina no país. Com o aumento dos estudos, a esperança é que as pessoas afetadas pelas fake news e que justificam não protegerem crianças e jovens por falta de dados sobre a vacinação, entendam a importância das doses e procurem pelos postos de saúde mais próximos para completar a carteirinha dos pequenos.

Vale lembrar que, no dia 12 de novembro, a farmacêutica entrou com o pedido para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o imunizante seja liberado para crianças de cinco a 11 anos – desde então, a instituição tem 30 dias corridos para se posicionar. A faixa etária já vem sendo vacinada nos Estados Unidos, após a confirmação de que as doses prescritas para o público infantil são seguras e 91% eficazes contra infecções causadas pelo coronavírus.

Para saber mais detalhes do que esperar da imunização dos pequenos contra a doença pandêmica, conversamos com três médicos especializados em vacinação que responderam as principais dúvidas que rondam a mente dos pais. Leia aqui!

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