Covid-19: vacinação de profissionais de creches e pré-escolas é adiantada

Ministério da Saúde justificou a reformulação dos grupos prioritários por saber que escolas são responsáveis por mais do que funções educativas.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 1 jun 2021, 16h48 - Publicado em 1 jun 2021, 16h38
Mãe-ensinando-para-a-filha
 (Sabrina Bracher/Getty Images)
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Na busca pelo retorno das aulas presenciais infantis, um filete de esperança começa a aparecer. Na sexta-feira (29), o Ministério da Saúde anunciou que adiantará a vacinação de profissionais da educação e os primeiros a receberem os imunizantes contra covid-19 serão os que trabalham em creches, depois em pré-escolas e assim sucessivamente, até as doses chegarem aos profissionais da graduação.

Em nota técnica divulgada pelo Ministério, as vacinas disponíveis no país serão divididas entre os grupos 14 a 17 – que incluem gestantes e puérperas com comorbidades – e os profissionais da educação, que formam os grupos 18 e 19. Vale ressaltar que os responsáveis pela merenda, faxina e outros serviços que garantem o funcionamento das escolas também poderão e deverão ser imunizados.

De acordo com Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacina contra covid-19, estima-se que mais de três milhões de profissionais voltados à educação serão protegidos contra a doença pandêmica nesta nova leva de imunização.

Vale lembrar que, em São Paulo, a medida de vacinação em educadores já estava vigente desde 12 de abril. Na época, o anúncio foi feito pelo governador do estado, João Dória, especificando que os imunizantes seriam destinados a profissionais da educação a partir dos 47 anos. Agora, a recomendação passa a ter validade para todo o país e sem delimitação de faixa etária.

Por que começar pelas creches e pré-escolas? 

Ainda segundo a nota técnica, reforça-se que o ensino educacional brasileiro exerce funções para além do ensinar a ler e escrever. “Ressalta-se ainda que as creches e escolas contribuem não apenas para a educação, mas também para a segurança alimentar das crianças, cumprindo ainda outras atribuições sociais importantes”, declara o documento.

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Só que para estas contribuições serem feitas de maneira segura, o Ministério da Saúde entende que é necessário os profissionais da educação estarem vacinados. Outro ponto é que, em algumas regiões, vacinas estão sobrando, sendo que elas poderiam ser remanejadas e aplicadas em novos grupos prioritários da doença.

“Nós tivemos diversas discussões em relação ao reordenamento do PNO, mediante alguns relatos de estados e municípios terem, neste momento, demanda reduzida. A gente não pode deixar a vacina estocada. Então, resolvemos flexibilizar um pouco essa ação com o objetivo de acelerar a vacinação dos grupos prioritários”, declarou Rodrigo Cruz, secretário-executivo do Ministério da Saúde em coletiva de imprensa, na sexta-feira (29).

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