Apesar de ter feito planos, decorado o quartinho, montado o enxoval e preparado a vida para receber o bebê num determinado momento, muitas vezes a chegada dessa criança ocorre antes do previsto e as mães nem sempre conseguem levar os filhos para casa após trazê-los ao mundo. De acordo com a ONG Prematuridade.com, mais de 12% dos partos feitos no Brasil são de prematuros e esta é a principal causa de mortalidade infantil no país.
O nascimento antecipado está associado a diversos fatores, entre eles a falta de acompanhamento no pré-natal, complicações derivadas de doenças como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, placenta prévia, infecções e anomalias uterinas, além do tabagismo e do uso de drogas durante a gestação. E os bebês que nascem antes do tempo podem apresentar problemas de saúde relacionados com a imaturidade dos órgãos, que acabam afetando os sistemas imunológico, respiratório, cardíaco, intestinal e neurológico.
A ONG Prematuridade.com destaca que o Brasil é 10º país no ranking mundial da prematuridade. Segundo dados da instituição, por aqui nascem, anualmente, aproximadamente 300 mil crianças com menos de 37 semanas de gestação – ocasionando 53% dos óbitos registrados pelo Ministério da Saúde no primeiro ano de vida dos pequenos. Com o intuito de discutir e conscientizar as pessoas sobre o problema, a associação elaborou e reuniu medidas para apresentar nesta quinta-feira, 17, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O objetivo é chamar a atenção para a execução de políticas públicas que visem reduzir o número de partos prematuros e os prejuízos acarretados à saúde dos bebês que nascem antecipadamente. Entre as demandas, a ONG cobra a aprovação da PEC 99/2015, sobre a extensão da licença-maternidade para mães de prematuros. E luta, ainda, para que a data de 17 de novembro, conhecida como Dia Mundial da Prematuridade, ganhe maior repercussão nacional, como acontece em outros países que, inclusive, denominam o mês de Novembro Roxo.