Desde o dia 15 de março e com previsão de permanecer assim até o final do mês, o estado de São Paulo ingressou na fase emergencial com medidas mais restritivas voltadas ao controle da pandemia causada pela covid-19. Esta decisão tem influenciado diretamente na maneira como serviços estão funcionando e, entre os essenciais, aparece a mudança na rotina das maternidades.
Assim como foi observado em 2020 durante os períodos mais graves da pandemia, a principal restrição adotada pelas instituições particulares é em relação aos acompanhantes das gestantes. De acordo com o comunicado à imprensa do Grupo Santa Joana (responsável pelas maternidades Pro Matre, Santa Joana e Santa Maria), grávidas e puérperas continuam tendo direito a um acompanhante durante internação e realização de exames.
Ele deve ser assintomático e pode ocorrer a troca deste acompanhante uma vez ao dia. Entretanto, a partir do momento que a pessoa que está na maternidade apresenta qualquer tipo de sintomas gripais, ela deve ser afastada. Já visitas de familiares e amigos próximos estão suspensas desde o decreto da fase vermelha, assim como está proibida a presença de fotógrafos ou decoradores no local.
“O Grupo Santa Joana reconhece a importância dos profissionais. No entanto, para priorizar a segurança das pacientes e, principalmente, dos bebês – que possuem seu sistema imunológico ainda imaturo, o que os torna mais suscetíveis aos agentes infecciosos –, a entrada deles, ou qualquer outro contratado pela família, está suspensa por tempo indeterminado”, informa o comunicado.
A mesma decisão foi adotada pelo Hospital Israelita Albert Einstein. “A maternidade do HIAE solicitou a suspensão das visitas durante o período de puerpério (após o nascimento) e proibiu as atividades de terceiros (fotógrafos/câmeras e decoradores) que não fossem profissionais de saúde”, pontua Linus Fascina, gerente médico do Departamento Materno Infantil da instituição.
Já em relação ao acompanhante, Linus enfatiza que a gestante está autorizada a ter por perto seu parceiro ou parceira desde que esta pessoa não tenha nenhum sintoma de síndrome respiratória ou apresente o teste de covid-19 negativo. Mas a maternidade não está permitindo rotatividade entre eles.
Outros protocolos que a gestante deve estar atenta
Além de tais medidas de segurança que mudaram de acordo com a instauração da fase emergencial no estado, outros protocolos já vinham sendo seguidos para garantir tanto a saúde da mãe quanto do bebê dentro das maternidades. Abaixo, listamos alguns deles para você prestar atenção com a proximidade da hora do parto:
- Triagem por telefone: antes mesmo da chegada na maternidade, gestantes com partos agendados passam por uma análise prévia por telefone para que os profissionais da saúde possam acompanhar possíveis sintomas da covid-19 e também terem informações sobre seus acompanhantes.
- Separação completa dos fluxos: já na chegada ao local, grávidas passam por uma consulta clínica para que possam ser encaminhadas às alas correspondentes ao seu quadro. Isso ajuda a permitir com que, em casos de suspeita ou confirmação de coronavírus, as gestantes sejam destinadas aos ambientes isolados criados para receber tais pacientes, com paramentação e cuidados adequados.
- Realização de testes da covid-19: e para que este controle seja possível, maternidades têm seguido o protocolo de realizar o teste de RT- PCR, exame capaz de diagnosticar o coronavírus na sua fase mais aguda e início de contágio, entre 48 a 72 horas antes do parto.
- Cuidados a domicílio: já para evitar a ida antecipada ao hospital, uma das medidas de prevenção adotadas por algumas maternidades (e que vale sempre conferir se está disponível na que você terá o seu bebê) é a de coleta para o teste da covid-19 em casa. Assim, há menos exposição da gestante.