Blaire Spivey, garotinha de 5 anos, nasceu com uma anomalia congênita rara chamada Sirnomelia, popularmente conhecida como “cauda de sereia”. A referência ao ser mitológico é decorrente dos membros inferiores “grudados”; no caso de Blaire, os dois pezinhos ainda eram virados para trás.
A mãe, Noelle Spivey, que vive no Texas, Estados Unidos, descobriu a condição da menina na 12ª semana de gestação, por um exame de ultrassom. Na época, ela foi avisada de que a bebê não resistiria – seria só uma questão de tempo. Isso pois, de acordo com o que foi informado, a maioria dos bebês com o mesmo diagnóstico não desenvolvem corretamente rins, intestinos ou órgãos genitais. Mas, contrariando as expectativas médicas, ela sobreviveu.
Ao Mirror, Noelle contou que tinha receio até mesmo de sentir medo ou de se assustar com a própria filha, mas, quando viu a pequena e sentiu seu coração bater, tudo passou. “Eu pensei: ‘Ela é minha filha. Ela é perfeita’. Eu conto que ela nasceu como uma sereia e digo ‘ninguém tinha pernas tão legais como você'”, relatou ao tabloide britânico.
“Ela nasceu com pulmões, coração e cérebro – tudo normal. Mas tinha apenas um dos dois ossos na parte de baixo das pernas”, lembra Noelle, que aponta outra questão: “Um dia depois do parto, Blaire passou por uma cirurgia para colocar uma bolsa de colostomia devido a problemas intestinais. Ainda ficou um mês no hospital antes de poder ir para casa”.
Desafiando as estatísticas
Mais uma vez, contrariando todas as expectativas, a garotinha foi capaz de dar seus primeiros passos. Isso só foi possível após uma cirurgia pela qual passou aos 18 meses de vida, em que teve as pernas separadas e amputadas a partir do joelho. Há alguns meses, já aos 5 anos de idade, ela colocou próteses e, há pouco, começou a andar.
Blaire ainda enfrenta algumas complicações de saúde que estão sendo investigadas pelos médicos, como o fato de ter uma bexiga parcial. Mas Noelle garante que a filha é forte. “Ela é superesperta e engraçada. Recentemente aprendeu a ficar vesga”, relata a mãe, que a considera um milagre. “Eu desejo a ela uma vida longa, feliz e saudável”, conclui.