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A história da mãe de 51 anos que decidiu ser barriga de aluguel da filha

A norte-americana foi diagnosticada com uma síndrome que a impossibilitava de engravidar e agora acompanha a gestação da mãe, que está no segundo trimestre.

Por Flávia Antunes
28 jul 2020, 17h32
 (@vf.surrogacy.diary/Instagram)
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Recentemente, o relato da norte-americana Breanna Lockwood viralizou nas redes sociais ao revelar que, após incontáveis tentativas frustradas de fertilização, ela havia encontrado uma pessoa disposta a carregar o seu bebê durante os nove meses de gestação: sua mãe. 

Julie Loving, de 51 anos, ofereceu-se para ser a barriga de aluguel da filha depois de acompanhar a dor da jovem em uma série de acontecimentos dramáticos – desde seus tratamentos para fertilidade, até o aborto espontâneo de gêmeos e por fim ao ser diagnosticada com Síndrome de Asherman (AS), uma condição adquirida na qual se formam aderências dentro da cavidade uterina que impedem a fixação e desenvolvimento do embrião.

A primeira reação de Breanna ao ouvir a proposta da mãe foi de relutância, mas depois de ler sobre casos semelhantes de mulheres mais velhas que gestaram como barriga de aluguel começou a se convencer. A boa saúde de Julie, por ser maratonista e triatleta, também serviram como incentivo. “Eu realmente senti que teria uma boa chance”, disse a mãe ao Insider.

“Eu nunca usei nenhuma medicação e tive duas gestações tranquilas dos meus filhos, então senti que seria uma boa candidata. Além de que eu queria ser avó tanto quanto Breanna queria ser mãe. Então foi muito fácil para mim tomar esta decisão”, completou ela.

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They say, “It takes a village to raise a child”, but for some it can take a village to HAVE a child… ⠀ ⠀ We are happy to announce, finally, …⠀ BABY LOCKWOOD IS ON THE WAY! ⠀ ⠀ Made with a lot of love, and a little bit of science…⠀ Baby Lockwood will be brought into this world via GESTATIONAL CARRIER, and this little miracle’s carrier is quite a special one. ⠀ ⠀ MY MOM.⠀ My mom will be carrying and delivering our baby!⠀ ⠀ The biggest supporter in my life is giving us our biggest blessing. My beautiful mama is carrying her first grandchild, Aaron and my biological child, as a gestational carrier!⠀ ⠀ Aaron and I had our reproductive DNA taken, fertilized, tested, and frozen via IVF, as my mom breezed through every preliminary test she took, to be able to give us this gift. Defying the odds at 51 years old, she’s pushing reproductive science out of the box, as ONE of only a handful of surrogates NATIONWIDE to deliver their grandchild via gestational surrogacy!⠀ ⠀ The trials and tribulations of infertility was undoubtedly the hardest venture we have had to face in our lives. ⠀ ⠀ In short that included…⠀ ⠀ 1311 days⠀ 476 injections⠀ 64 blood draws⠀ 7 surgical procedures ⠀ 3 rounds of harvesting eggs⠀ 19 frozen embryos ⠀ 8 IVF frozen embryo transfers total⠀ 4 failed embryo transfers⠀ 1 singleton miscarriage⠀ 1 twin miscarriage ⠀ 1 ectopic pregnancy ⠀ Countless tears⠀ ⠀ Sharing this adventure with my mom has been the most unique and amazing experience. Surrogacy is truly the most selfless gift. She is the pure example of “you would do anything for your kids”, and if i can even be half of the mother she is, I know i’m doing something right…⠀ ⠀ I want to give a special thanks to Dr. Kaplan with @fertilitycentersofillinois for his compassion and care in this field.⠀ ⠀ Baby Lockwood we can’t wait to meet you…⠀ See you in November!

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Dos exames até o resultado positivo

Depois de três meses de testes, Julie recebeu a autorização do médico para iniciar o procedimento. “Aaron e eu coletamos o nosso DNA reprodutivo, fertilizado, testado e congelado via FIV, enquanto minha mãe tinha sucesso em cada teste preliminar que era submetida, para que estivesse apta a nos dar este presente”, postou a jovem.

Em fevereiro, o embrião foi implementado na mãe e, duas semanas depois, a notícia positiva veio: ela estava grávida! Em um depoimento nas redes sociais da filha, Julie abriu seu coração sobre sentir na pele toda a angústia e obstáculos que mulheres com infertilidade enfrentam todos os dias.

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“Quando eu olho para as gestações anteriores, não consigo deixar de rir por desacreditar de quanto eu tomava isto como garantido. Uma vez que o teste de gravidez dava positivo… Eu sabia que teria o bebê. Os meses até o parto foram sem grandes preocupações”, declarou.

“Mas nos últimos 3 anos eu fui dolorosamente exposta ao que as mulheres com problemas de infertilidade lidam diariamente e a como às vezes elas escondem suas dores e desespero. Agora, encaro todos os dias com gratidão enquanto sigo esta jornada e todos os dias a esperança continua a crescer”, acrescentou ela.

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𝒶 𝓂𝑒𝓈𝓈𝒶𝑔𝑒 𝒻𝓇𝑜𝓂 𝓂𝓎 𝓂𝑜𝓂⁣⁣⁣ As Breanna’s mom and soon to be “Grammy” I wanted share some of my feelings on Breanna and my journey so far. When I think back to my pregnancies with my own children, I can’t help to laugh in disbelief at how much I took for granted. Once the pregnancy test came back positive.. I knew I was having a baby. The months leading up to delivery were carefree. But the last 3 years have been a gut-wrenching exposure to what women struggling with infertility issues deal with daily and how often they hide the emotional despair and pain from others. Now each day is taken with gratitude as this journey moves onward and each day the hope continues to build. ⁣⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣⁣ I have frequently had people ask me why I offered to carry Breanna and Aaron’s baby, and I wish I could express something other than simple words to describe how I feel. The love of a mother holding her sick or injured child in her arms, she would do anything to make them feel better or take away the pain. The love of a mother feels the pain of their children when she can see sadness in their eyes instead of happiness. In the past few years, I saw my daughter’s beautiful eyes begin to fill with despair and pain as her dreams of being a mother seemed to slowly slip away from her and I knew I could help if she wanted me to. ⁣⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣⁣ I will never forget the devastating emotional pain I experienced when I was with Breanna and she was told she lost the twins. The memory of that event is a constant haunting reminder and overwhelming fear that I could lose this baby inside me. Each kick I feel is a welcome assurance that the baby is continuing to thrive and grow. I am thankful she is an active little one as when too much time goes by without me feeling her, the concerns start to creep back in.⁣⁣⁣⁣ ⁣⁣ Every week that goes by and every day that we get closer to me bringing my daughters child into this world, helps me think of positive things ahead. Each day that passes, my heart is filled with joy when I see Breanna’s eyes beginning to sparkle again and that is the light that keeps me going being a mother ♥

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Revelação do gênero e… pandemia!

Após ver o bebê pela primeira vez no ultrassom, a norte-americana aproveitou para contar em suas redes que espera uma menina. O único porém – que ela e nem a mãe poderiam prever – é que a gravidez aconteceria em plena pandemia do novo coronavírus. “As incertezas com o vírus e com a gestação são aterrorizantes… especialmente neste período frágil que é o primeiro trimestre”, disse Breanna.

Fora as inseguranças do momento, ela revelou que a mãe está achando a experiência similar às que já viveu no passado, com as suas outras gestações. “O único maior sintoma que ela sentiu é um super cansaço! É sério, neste primeiro trimestre eu nunca vi uma pessoa dormir tanto! Ela teve uma leve náusea, mas no geral bem ligeira e tranquila!”, escreveu a filha.

A última atualização sobre a gravidez de Julie, que chegou à 23ª semana de gestação no fim de julho, aconteceu através de uma foto bem especial, na qual a grávida aparece usando um vestido que ganhou de presente da filha.

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O marco das 24 semanas

O post mais recente de Breanna trouxe reflexões sobre um assunto bastante delicado, principalmente para as mulheres que lidam com problemas de infertilidade: o período de viabilidade fetal, que acontece na 24ª semana. A partir deste momento, os especialistas consideram o feto capaz de viver fora do útero –  e chegar até este marco fez a jovem lembrar de suas perdas anteriores.

“Cada etapa que atingimos na gravidez é sentida como uma conquista, eu me lembro do começo desta jornada quando eu estava tentando atravessar algumas dificuldades. Cada novo obstáculo que surgia na minha frente, os pensamentos apareciam como ‘se eu conseguir passar por isto, vai ficar tudo bem’. Percebo agora, com a aproximação da maternidade, que estarei sempre preocupada com este pequeno ser”, escreveu ela.

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⁣ 𝟐𝟒 𝐖𝐞𝐞𝐤𝐬!⁣ 𝐕𝐢𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐭𝐲 𝐖𝐞𝐞𝐤⁣ ⁣ ⁣⁣This week is so important to me, as with the losses we had, i thought i might not ever get to this point in a pregnancy. I know we have a ways to go, but this milestone is a sigh of relief. ⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ Each milestone we hit in the pregnancy feels like an accomplishment, I remember starting this journey i was always looking to get past certain hurdles. Every new obstacle put in front of me, the thoughts just crept in of "If i can just get past (insert) it'll be okay". Realizing now as motherhood approaches that I will forever be worried about this little human. ⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ I remember saying these phrases, and then when that time came, and we were good, my anxieties just shifted to the next…⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ ⁣⁣⁣ If i can just get viable embryos, we'll be set⁣⁣⁣ If i can just get her uterine lining to cooperate…we can do this⁣⁣⁣ If i can just get the baby to stick, it will be okay…⁣⁣⁣ If i can just get a positive pregnancy test…⁣⁣ If i can just get doubling HCG numbers… ⁣⁣ If i can just get past the first ultrasounds…⁣⁣ If i can just get past the mark of my previous miscarriages…⁣⁣ If i can just get past the first trimester…⁣⁣⁣ If i can just get to hear the baby on the home doppler…⁣⁣⁣ If i can just have my mom start to feel kicks⁣⁣⁣… If i can just get a good report for the anatomy scan…. ⁣⁣⁣ 𝐈𝐟 𝐢 𝐜𝐚𝐧 𝐣𝐮𝐬𝐭 𝐠𝐞𝐭 𝐭𝐨 𝐯𝐢𝐚𝐛𝐢𝐥𝐢𝐭𝐲 𝐰𝐞𝐞𝐤…⁣ ⁣ ⁣⁣⁣ But now that we are here, i'm learning my first lesson of many being a new mama. You never stop worrying.

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