Rico em anticorpos e proteínas, não há nutriente mais completo para o bebê que o leite materno. Ele reduz a probabilidade de seu filho se tornar uma criança obesa, melhora a resposta imune do pequeno, defende da asma e de outras infecções e ainda estimula o desenvolvimento do cérebro. No entanto, para que isso ocorra, é importante que a mãe esteja bem alimentada durante todo o período da amamentação, pois tudo o que é ingerido nesta fase é passado para o bebê, ajudando no crescimento e, também, podendo causar certos desconfortos. Abaixo, reunimos os alimentos que devem ser evitados, consumidos com moderação e os que colaboram para a sua saúde e a do bebê. Confira a lista e bom apetite!
Consumo não indicado
1. Aspartame
Alguns adoçantes são proibidos para grávidas e lactantes por oferecerem riscos ao bebê. Entre eles está o aspartame, cujas pesquisas ainda não comprovaram sua segurança. “Prefira a sucralose se realmente quiser utilizar um adoçante, ela também é indicada na gestação”, recomenda Marcelo Reibscheid, pediatra da maternidade São Luiz Itaim. O ideal é que você opte por adoçar seus alimentos com produtos mais naturais como o mel, o açúcar mascavo e o agave.
2. Bebidas alcoólicas
O álcool não é indicado para quem está amamentado porque, além de diminuir a absorção dos nutrientes pela mãe, também será consumido pelo bebê, podendo deixá-lo mais sonolento, num primeiro momento, além de fazer com que ele fique sem fome, atrapalhando seu ganho de peso. As bebidas também podem destruir as células nervosas da criança.
Consuma com moderação
3. Cafeína
Bebidas que contenham cafeína como o café, chá preto ou mate, energéticos, refrigerantes e o até mesmo o chocolate devem ser consumidos em pequenas quantidades. A cafeína pode tornar os bebês mais irritados e com dificuldade para dormir. Tome, no máximo, duas xícaras de café por dia.
4. Industrializados
Você já parou para ler o rótulo dos alimentos industrializados vendidos no supermercado? Eles estão recheados de produtos químicos como conservantes, corantes e estabilizantes. Prefira, na medida do possível, alimentos frescos e naturais.
5. Alimentos que causam gases
Feijão, brócolis, couve-flor, repolho e batata doce, entre outros, são alimentos que provocam gases intestinais e, por isso, não devem ser consumidos todos de uma única vez. “Se eles te dão gases, é bem possível que o bebê também os tenha após mamar”, alerta Marcelo. Por isso, é importante que você fique atenta às reações que seu filho terá após você consumir esse tipo de alimento. Se perceber que ele apresenta muitas cólicas, talvez seja necessário evitá-los no período de amamentação.
Consuma à vontade
6. Hidratação
Beba muito água! Ela irá te deixar hidratada e manterá uma adequada produção de leite para o seu bebê. Por isso, mantenha sempre uma garrafinha de água ao seu lado, principalmente quando estiver amamentando.
7. Alimentação equilibrada
“A alimentação da lactante deve ser a mais completa e saudável possível”, afirma a pediatra Silvia Gioielli, de São Paulo. Coma tranquilamente frutas, legumes, verduras, ovos, carne, frango e peixes livres de mercúrio. Você pode manter na sua dieta o leite de vaca e seus derivados se não relacionar o seu consumo às cólicas do bebê. Vale lembrar que é importante que a mulher faça 6 refeições por dia: desjejum, lanche matutino, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia noturna.
8. Produtos orgânicos
Uma pesquisa realizada pela Universidade do Mato Grosso com mulheres que amamentavam mostrou que o leite de todas elas estava contaminado por agrotóxicos, alguns em grande quantidade e até um proibido no Brasil. Por isso, na medida do possível, procure consumir alimentos orgânicos.
Evitando as cólicas
Na realidade, cada mãe vai perceber quais alimentos geram cólicas no seu bebê e passará a evitá-los em seu dia a dia. Não existe uma fórmula única, toda dupla mãe-bebê tem suas características próprias. Mas sabe-se que, além da alimentação, alguns cuidados simples, como o banho de balde (ou ofurô), podem diminuir a incidência das famosas cólicas nos bebês. “Mais tempo de colo, amamentação em livre demanda e o uso do sling são muito úteis em aliviar as cólicas”, ensina Silvia.