Varíola dos macacos: grávidas, lactantes e puérperas devem usar máscara
Esta é a indicação do Ministério da Saúde, publicada em nota técnica, sobre a doença causada pelo vírus Monkeypox. Veja as outras recomendações
No início da semana, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com orientações para grávidas, lactantes e puérperas em relação à Monkeypox (também conhecida como varíola dos macacos). De acordo com o documento, pessoas que fazem parte desses grupos devem manter o uso de máscaras, sobretudo em lugares em que possa haver indivíduos contaminados com o vírus.
O contágio, vale lembrar, se dá pelo contato direto com fluidos corporais e com as lesões de pele de pessoas infectadas, além de secreções respiratórias face a face e do contato com objetos que tenham sido contaminados.
As demais recomendações da Pasta são:
- Afastem-se de pessoas que apresentem sintomas suspeitos, como febre e lesões de pele-mucosa;
- Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal), uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente;
- Estejam alertas para observar se sua parceria sexual apresenta alguma lesão na área genital e, se presente, não tenham contato;
- Procurem assistência médica, caso apresentem algum sintoma suspeito.
Segundo a nota técnica, considerando as informações disponíveis até agora sobre o assunto, “não há ainda protocolo de tratamento específico com antivirais no ciclo gravídico-puerperal”. Apesar disso, o material trouxe orientações para os profissionais da saúde sobre o cuidado com grávidas. Caso a gestante esteja assintomática e o teste seja negativo, o monitoramento é suspenso. Quando o resultado é positivo, indica-se isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas, e com automonitoração (verificando temperatura e aparecimento de lesões na pele).
Se a grávida apresentar sintomas de varíola dos macacos, há duas opções: com teste negativo, recomenda-se o isolamento domiciliar por 21 dias, sem visitas e com automonitoração. Com teste positivo, é indicada a hospitalização nos casos moderados, graves e críticos. O acompanhamento da vitalidade fetal deve ser cuidadoso em pacientes com a doença nos três estágios citados. A via e o momento do parto seguem indicação obstétrica e, para lactantes, a continuação do aleitamento materno precisa ser analisada individualmente.
No final de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o atual surto da zoonose como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional – isto é, um evento em que há risco de propagação global e que exige uma resposta coordenada dos Estados.
“O controle da varíola dos macacos é prioridade para o Ministério da Saúde, que realiza o constante monitoramento da situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil. A Pasta segue em tratativas com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) e OMS para aquisição da vacina contra a doença e medicamentos antivirais para o tratamento da varíola dos macacos“, afirma a nota.