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Shantala: benefícios da massagem tradicional indiana para bebês

Técnica deixa bebês e crianças mais relaxados, estimula a circulação e reforça laços com adultos

Por João Antonio Streb
Atualizado em 27 jun 2024, 18h03 - Publicado em 26 jun 2024, 17h00
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Massagem milenar da Ayurveda, a Shantala ganhou o nome e a fama internacional graças a um médico francês (senivpetro/Freepik/Reprodução)
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Os primeiros meses de vida são fundamentais para a criação de vínculos dos bebês com os pais e cuidadores: é um momento no qual os pequenos não conseguem comunicar o que sentem a não ser pelo choro, e a melhor forma de estreitar os laços é por meio de atos de carinho. É por isso que a Shantala, técnica de massagem da medicina tradicional indiana, pode ser uma grande aliada.

A Shantala vem das tradições da Ayurveda, mas seu nome e sua fama internacional foram conferidos pelo médico francês Frédérick Leboyer (1918-2017), que se maravilhou com a prática durante uma viagem a Calcutá, na Índia. Enquanto caminhava pela cidade, Leboyer conheceu uma mulher de nome Shantala, que aplicava uma massagem em seu bebê, alongando os membros do corpo do pequeno e estimulando a circulação.

Após a descoberta, o médico francês lançou o livro “Shantala, uma arte tradicional” em 1976, popularizando a técnica ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Mas, afinal, para que serve esse tipo de massagem?

Os benefícios da Shantala

O Ministério da Saúde reconhece a Shantala como uma das práticas integrativas e complementares previstas no Sistema Único de Saúde, sendo descrita como uma “massagem para bebês e crianças”. A prática é feita por meio de movimentos específicos, com “benefícios decorrentes do alongamento dos membros e da ativação da circulação”. Estes são alguns dos efeitos positivos da Shantala:

  • ajuda a equilibrar os sistemas imunológico, respiratório, digestivo, circulatório e linfático;
  • estimula as articulações e a musculatura;
  • auxilia o desenvolvimento motor;
  • facilita movimentos como rolar, sentar, engatinhar e andar;
  • reforça vínculos afetivos, bem como a cooperação, confiança, criatividade, segurança, e o equilíbrio físico e emocional.
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Recomenda-se que a técnica seja aplicada a partir do fim do primeiro mês do bebê, período no qual ele ainda está se ajustando à vida fora do útero da mãe.

Os toques interferem no sistema nervoso do bebê, fazendo com que a musculatura seja estimulada a esticar e soltar as articulações, além de promover o alívio das cólicas da criança, principalmente nos casos em que a massagem é focada na barriga. Além do alívio do estresse para o bebê, a prática ajuda a criar uma rotina de relaxamento antes de dormir, ajudando até mesmo a melhorar a qualidade e o tempo de sono.

Como fazer a Shantala?

A massagem deve ser realizada por meio da repetição de movimentos suaves e lentos, deslizando pelas diferentes regiões do corpo do bebê. Especialistas dão algumas dicas de como fazê-la:

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  • Rosto: forme um coração deslizando os dedos entre a testa e o queixo. Em seguida, arraste a lateral dos dedos, indo do nariz até as orelhas.
  • Peito: deslize do centro do peito para as laterais e, depois, desça dos ombros até o quadril.
  • Barriga: deslize do topo da barriga até a parte inferior. Repita o movimento novamente.
  • Braços e pernas: faça um “bracelete” com as mãos e deslize pelos membros. Nas extremidades, puxe suavemente os dedos, tanto nas mãos quanto nos pés. Depois, faça movimentos circulares nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Costas: coloque o bebê de bruços e deslize a mão do centro das costas até as laterais. Faça esse movimento por partes, indo do pescoço até as nádegas, sempre no mesmo sentido.

Para finalizar a massagem, coloque novamente o bebê de barriga para cima, cruze os braços sobre o peito dele e repita o movimento. No segundo momento, pegue a mão do bebê e encoste no pé oposto (esquerda com direita, por exemplo). E por fim, um banho relaxante.

Vale a pena lembrar: a Shantala deve ser uma prática prazerosa para o bebê ou a criança. Portanto, verifique se ele não está irritado ou doente, além de não forçar os movimentos.

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