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Pesquisadores desenvolvem teste sanguíneo para identificar câncer de mama

Considerado como revolucionário para o diagnóstico precoce da doença, o Trucheck apresenta mais sensibilidade do que os métodos tradicionais.

Por Isabelle Aradzenka
Atualizado em 27 jul 2022, 16h52 - Publicado em 27 jul 2022, 16h48

Já imaginou substituir os tradicionais exames de toque e de mamografia por uma única coleta de sangue na hora de buscar um diagnóstico para o câncer de mama? É esta a nova descoberta de pesquisadores britânicos. Patrocinados pela companhia Datar Cancer Genetics, os estudiosos desenvolveram um teste sanguíneo intitulado Trucheck, que já foi considerado pela agência americana Food and Drug Administration (FDA) como “revolucionário” na identificação da doença em seus estágios mais precoces .

Na última pesquisa, publicada no início deste mês pela revista científica MPDI, a tecnologia apresentou de 70% a 87% de sensibilidade no diagnóstico do câncer em estágio 0, ou seja, quando o tumor ainda não é invasivo e, geralmente, não formou nódulos. Já para os demais estágios, o Trucheck corresponde a uma taxa de 92% a 94% de sensibilidade, enquanto a mamografia clássica varia entre 88% e 93%, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O nosso teste apresenta alta sensibilidade, especialmente para as fases iniciais do câncer, e oferece vantagens convincentes sobre a mamografia de triagem. É, portanto, um forte candidato para um diagnóstico não-invasivo em mulheres assintomáticas”, afirma o estudo, que avaliou mais de 9 mil mulheres saudáveis e 548 que já apresentavam o câncer de mama.

Pesquisadores desenvolvem teste sanguíneo para identificar câncer de mama
(Pexels/Pexels)

Mas, afinal, como o teste seria realizado, em comparação com a (dolorida) mamografia? É simples. Com apenas 5ml de amostra sanguínea, o Trucheck funciona detectando a presença de CTCs no nosso sangue, em outras palavras, células que se desprendem dos tumores cancerígenos e se dispersam pelo sistema circulatório da paciente.

Por isso mesmo e, levando em consideração os resultados dos estudos, os pesquisadores acreditam que a tecnologia “tem o potencial de minimizar a necessidade da realização de exames de imagem e ainda assim melhorar a precisão da detecção do câncer de mama”.

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