Com a evolução da medicina diante da Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento Paxlovid para uso emergencial e em caráter experimental no país, na quarta-feira (30). No entanto, ele só deve ser utilizado pela população adulta, já que o remédio ainda está em fase de teste na população pediátrica.
De acordo com uma nota oficial à imprensa, a farmacêutica Pfizer, responsável pela produção do Paxlovid, informou que está conduzindo um estudo de fase 2/3 com aproximadamente 140 integrantes menores de 18 anos.
O objetivo do estudo é avaliar a segurança, como o medicamento age nestes organismos e a sua eficácia diante de quadros da Covid-19 que não chegaram à hospitalização, mas têm potencial elevado para uma progressão grave da doença.
O que se sabe sobre o estudo até o momento
Ainda segundo informações divulgadas pela Pfizer, os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos. O primeiro é composto por um público de seis a 17 anos com peso de, pelo menos, 40 quilos. Já o segundo inclui quem está dentro da faixa etária, mas pesa entre 20 e 40 quilos.
Para os dois públicos, o remédio Paxlovid foi administrado com um comprimido duas vezes ao dia, num intervalo de cinco dias. No entanto, o que muda é a dosagem dos componentes Nirmatrelvir e Ritonavir, presentes no remédio.
- Para quem tem até 40 quilos, serão administrados comprimidos com 300 miligramas de Nirmatrelvir e 100 miligramas de Ritonavir;
- Para quem está abaixo deste peso, a medicação terá 150 miligramas de Nirmatrelvir e 100 miligramas de Ritonavir.
Mesmo a pesquisa estando em desenvolvimento e a faixa etária analisada não aparecer em nenhum outro estudo do Paxlovid, a Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou seu uso emergencial para adolescentes a partir de 12 anos que tenham ao menos 40 quilos e correm o risco de evoluir para quadros graves da Covid-19 – como hospitalizações e morte.
A dosagem permitida para este público é a de comprimidos com 300 miligramas de Nirmatrelvir e 100 miligramas de Ritonavir.
A Pfizer também sinalizou que está desenvolvendo uma fórmula do medicamento para que ele seja viável para crianças menores de seis anos e, a partir disso, começará a conduzir um estudo em três grupos com integrantes desta faixa etária. No entanto, ainda não há previsão de quando esta análise começará a ser realizada.