Você tem notado um mau hálito no seu filho com certa frequência? Saiba que a situação pode, sim, acontecer com crianças pequenas e as causas para isso são diversas. Antes, porém, vale reforçar que a halitose é diferente daquele odor específico que se tem pela manhã.
“Quando acordamos, o mau hálito é devido à diminuição de saliva e à proliferação de gases produzidos pelos microrganismos, principalmente quando se consome alimentos como leite e derivados, ou ainda temperados, perto do horário de dormir”, explica Patricia Terzini, odontopediatra da Clínica Omint Odonto e Estética.
Por isso, os resíduos de leite que ficam na boca – algo tão comum entre os pequenos – podem causar mau hálito. Aqui, entra a importância da boa escovação (inclusive da língua). A má higiene, o não uso do fio dental e até a presença de cáries podem levar à halitose – daí a necessidade de ir com a criança ao dentista para receber as orientações adequadas.
“A frequência ideal para consultar um odontopediatra é de 6 em 6 meses, o que pode variar de acordo com a criança. Se os pais notarem alterações bucais ou a presença de mau hálito persistente, devem consultar o especialista antes do período determinado”, aconselha Patricia.
Outras causas para o mau hálito
Ainda que se tenha uma boa higiene bucal, a halitose pode ser decorrente da baixa produção de saliva (chamada de xerostomia) e da falta de hidratação ou, ainda, de outras questões. “Problemas gastrointestinais, de ordem sistêmica, como sinusite, rinite, amigdalite, e até diabetes“, aponta a especialista.
Nos quadros de diabetes descompensado, por exemplo, é possível que aconteça o chamado “hálito cetônico”, decorrente dos níveis muito altos ou baixos de glicose no corpo.
Assim, é interessante que a família consulte também o pediatra da criança, sobretudo se a saúde bucal dela estiver em dia. Caso apresente algum desses problemas, o tratamento será específico, o que deverá resolver o mau hálito como consequência.