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Máscaras passam a ser opcionais nas escolas de São Paulo

O governador João Dória anunciou que o dispositivo de proteção facial deixa de ser obrigatório tanto em ambientes abertos quanto fechados em todo o estado.

Por Alice Arnoldi
17 mar 2022, 19h33

Depois da liberação das máscaras em lugares abertos, o governador João Dória anunciou, nesta quinta-feira (17), que assinou o decreto em que o dispositivo de proteção facial deixa de ser obrigatório também em ambientes fechados em São Paulo, inclusive nas salas de aula das escolas.

A notícia foi divulgada pelos meios de comunicação do estado e também pelo Twitter do governador, em que ele reforça que as máscaras continuam sendo obrigatórias em “unidades de saúde, hospitais e transportes públicos, como ônibus, trens e metrôs”, detalha. A decisão será publicada em uma edição extra do “Diário Oficial do Estado” ainda nesta quinta e passa a valer imediatamente.

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“A decisão foi baseada em análises técnicas do Comitê Científico do Coronavírus de São Paulo. Os especialistas levaram em consideração o índice de vacinação com duas doses no estado, que atingiu a meta definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS) de 90% da população elegível, ou seja, acima de 5 anos imunizada”, indica a nota oficial do governo estadual à imprensa.

O documento ainda indica que, depois dos 14 dias de feriado de Carnaval, São Paulo começou a apresentar uma redução na transmissão da doença. “Pela sexta semana seguida registra quedas de internações nos leitos de Unidade de Terapia Intensiva e de enfermaria. Na última semana foi registrada a redução de 18,5% nas novas internações”, completa.

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O posicionamento das escolas 

A discussão sobre a liberação das máscaras dentro das salas de aula já vinha ganhando força durante a semana. Isso porque o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) e a Organização Paulista de Escolas Particulares (Opep), representando em torno de 11 mil escolas privadas, enviaram uma carta ao governador pedindo que a suspensão do dispositivo de proteção facial fosse priorizada nas instituições de ensino.

“O uso prolongado de máscaras em escolas inviabiliza trocas importantes entre os alunos e destes com os seus professores e traz prejuízos no desenvolvimento socioemocional infantil”, indica um dos trechos do documento. A justificativa utilizada pelo sindicato e pela organização é que o dispositivo de proteção facial impede que crianças menores consigam ver e reconhecer expressões e, mais tarde, tenham habilidade de nomear seus sentimentos e lidarem com eles. Ela ainda cita que as possíveis consequências do uso prologado das máscaras são ainda mais delicadas para crianças neuroatípicas.

Ainda segundo o texto, a obrigatoriedade do uso de máscaras nas salas de aula deveria ser retirada, visto que outros cuidados têm sido colocados em prática – como manter os ambiente escolares ventilados, priorizar as atividades nos locais externos, incentivar as crianças a lavarem as mãos e os rostos, além de afastar a criança quando há suspeita de Covid-19.

Lembrando que o adotado agora em São Paulo é o uso optativo em escolas, é importante que cada família dialogue com a instituição de ensino do filho para entender quais serão as novas orientações. Afinal, cada local pede uma análise específica do risco de contaminação e, então, sua proteção diante do vírus.

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