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Covid-19: quais sintomas alertam que meu filho não deve ir à escola?

Diante de qualquer sinal do coronavírus, desde problemas respiratórios até gastrointestinais, a criança deve parar de ir à escola presencialmente.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 11 ago 2021, 16h22 - Publicado em 11 ago 2021, 16h10

Se antes mesmo da pandemia causada pela covid-19, defendia-se que é necessário uma aldeia para cuidar de uma criança, a urgência de cooperação de toda a população fica ainda forte quando o assunto é o retorno das aulas presenciais em tempos de coronavírus. Isso porque instituições, pais e médicos têm precisado trabalhar em conjunto para estabelecer protocolos mais rígidos para que o ensino ao vivo possa acontecer neste momento.

Entre as medidas estabelecidas para garantir a segurança neste processo está a suspensão imediata da ida às aulas presenciais quando o pequeno demonstra qualquer sintoma que pode ser associado ao coronavírus. “Quando temos uma criança doente frequentando o ambiente escolar, ela pode acabar contaminando outras pessoas e isso implica na necessidade de afastamento de outros alunos e professores, dificultando a manutenção das aulas”, explica a pediatra Michelli Rodrigues, infectologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP).

Só que, diferente dos adultos em que o mapeamento dos sinais tende a ser um pouco mais claro, os indícios na faixa pediátrica variam desde problemas respiratórios até gastrointestinais. Assim, o que reforça o pediatra Paulo Telles, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), é que a ida dos pequenos à escola deve ser paralisada mesmo se apenas um deles estiver sendo observado no pequeno.

Abaixo, os dois pediatras listam os principais sinais da covid-19 em crianças pequenas, os quais os pais devem ficar atentos diariamente:

  • Febre
  • Tosse
  • Nariz entupido
  • Coriza
  • Dor de garganta
  • Dor no corpo
  • Dor de cabeça
  • Diarreia
  • Vômito
  • Perda de olfato e paladar (em casos mais raros)

Só que além dos sintomas…

Menina realizando o teste PCR
(FreshSplash/Getty Images)

Outra circunstância levantada pelos especialistas, em que é necessário que a criança pare de ir à escola presencialmente, é o histórico de contato com algum caso suspeito ou confirmado de covid-19 – principalmente se essa proximidade aconteceu da forma chamada “contato fechado”, que é quando o pequeno ficou próximo da pessoa infectada por pelo menos 15 minutos, sem distanciamento maior que um metro e meio e uso de máscara adequado.

Para as crianças que passam a desenvolver possíveis sintomas do coronavírus, Paulo orienta que o RT-PCR seja feito após 72 horas para a confirmação do caso. E se o pequeno teve contato com uma pessoa contaminada, mas não demonstra sinais da doença, é importante que se realize o exame assim mesmo, em um intervalo de cinco a sete dias após a proximidade com o infectado.

Michelli também explica qual deve ser a conduta caso o teste dê negativo, mas a criança continue a ter sinais da doença. “Ela não pode frequentar a escola por ter esses sintomas, porque sabemos que os testes de diagnóstico não são 100% sensíveis e específicos”, completa a infectologista.

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Além do pediatra do pequeno ter que ser acionado para que ele conduza os próximos passos da família, em todas as circunstâncias citadas, os pais também devem ser responsáveis por comunicarem a escola sobre o ocorrido, assim a instituição consegue monitorar crianças e adultos que tiveram contato com o possível caso de covid-19.

E quando a criança pode voltar à escola? 

Com o acompanhamento do pequeno pelo pediatra, ele é quem poderá dar a alta médica infantil. Entretanto, Paulo explica que, segundo as diretrizes da SPSP e também do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o retorno às aulas após um caso de covid-19 positivo funciona de duas formas: a criança pode voltar às atividades presenciais após dez dias do início da doença, sem ter nenhum sintoma nas últimas 24 horas, ou após os 14 dias previstos em uma quarentena normal. Isso também vale caso a criança tenha entrado em contato com algum caso positivo e tenha testado negativo para a doença.

Vale também lembrar que cada escola tem estipulado um protocolo de retorno às aulas após um caso de coronavírus e, por isso, é importante estar em contato com a instituição para que trabalhem junto sobre como será feito o ensino durante a paralisação das idas presenciais e a maneira que se dará a reinserção da criança no retorno.

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