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É verdade que criança pode ter unha encravada? 

O problema nos pequenos é mais frequente do que parece, mas na maioria dos casos se resolve facilmente. Veja quais cuidados tomar!

Por Flávia Antunes
20 out 2020, 16h14

Se tem um incômodo que muita gente já sentiu, é o da unha encravada. Ê, dorzinha chata, né? O problema, apesar de pequeno em tamanho, pode dar uma grande dor de cabeça quando não tratado de forma adequada e em alguns casos até precisar de cirurgia para ser solucionado.

Mas e quando falamos dos nossos filhos? A condição não é daquelas que logo associamos ao universo das crianças mas, de acordo com a podologista infantil Yumi Ikeda, ela é mais frequente do que pensamos nos pequenos. “É bem comum a criança de 0 a 14 anos ter unha encravada – ou onicocriptose, como chamamos tecnicamente”, afirma.

Ela explica que o incômodo acontece quando um cantinho da unha cresce na direção lateral, cortando a pele ao redor do dedo, e então vai “entrando” cada vez mais sem conseguir sair. “Este problema pode ser causado tanto por herança genética, quanto pelo uso de roupinhas ou calçados um pouco mais justos, que pressionam os dedinhos das crianças”, explica a especialista.

Na lista de motivos que podem ocasionar a unha encravada, Yumi acrescenta mais dois: o corte incorreto feito pelos pais ou traumas que provocam inflamações ou infecções (como quando o pequeno chuta um objeto duro ou tropeça, batendo o dedo com força). 

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Se seu filho for maiorzinho, ele provavelmente conseguirá comunicar se estiver sentindo dor na região da unha, mas o caso se complica um pouquinho quando se trata dos bebês, que não conseguem dizer com mais precisão o que sentem. Neste caso, o choro frequente pode ser muitas vezes confundido com cólicas ou dor de ouvido, e por isso a podologista recomenda que os adultos fiquem atentos a alguns outros sintomas e comportamentos.

“A princípio, os primeiros sinais inflamatórios vão começando a aparecer no dedinho, como vermelhidão no local. Além disso, conforme os pais tocam no dedinho a criança ela tende a puxar o pé, esquivando-se”, esclarece a profissional. 

A boa notícia é que, segundo ela, em 98% dos casos infantis não há a necessidade de intervenção cirúrgica e o incômodo pode ser resolvido no próprio consultório do especialista. “Lá, realizamos um procedimento podológico, retirando o que causa a inflamação – que pode ser um pedacinho da unha ou uma pele a mais que o organismo entende como sendo um corpo estranho. Depois disso, a cicatrização é feita normalmente”, acrescenta.

Como prevenir

Como o probleminha pode ter causa genética, nem sempre é possível garantir que ele não aparecerá. No entanto, alguns cuidados podem ajudar a preveni-lo, como evitar o uso de roupinhas, meias e calçados justos, que pressionem os dedos do pequeno.

Além disso, os pais devem se atentar na hora de cortar as unhas dos filhos, para que não sejam aparadas em excesso e nem de forma arredondada. “O corte correto depende muito do formato do dedinho da criança”, explica Yumi.

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“Em caso de dúvida, recomendo que o efetuem de forma reta, mas que diante de qualquer problema procurem a ajuda de um podologista infantil, que saberá avaliar melhor de acordo com a anatomia de cada pé”, indica Yumi. Veja o passo a passo de como cortar a unha do bebê sem machucá-lo.

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