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Curetagem: o que é e como é feita a raspagem uterina?

Procedimento utilizado para diagnóstico e tratamento de certas condições uterinas costuma ser simples e seguro

Por Yasmmin Ferreira
16 jul 2024, 17h00
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Curetagem ajuda a identificar a origem de sangramento anormal ou dor menstrual intensa, além de remover restos de tecidos após abortos espontâneos (Freepik/Reprodução)
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Apesar do nome estranho, a curetagem é um procedimento pequeno e relativamente simples, no qual, em geral, as pacientes recebem alta no mesmo dia. Nele, ocorre a raspagem da parede uterina, utilizada para remover tecidos de dentro do útero.

Para diagnóstico, a curetagem serve para obter uma amostra de tecido uterino e investigar a causa de sangramentos anormais, dor menstrual intensa ou confirmar uma suspeita de câncer endometrial.

Para tratamento, é usada para remover restos placentários após um parto ou aborto, tratar hemorragias uterinas anormais ou retirar pólipos, ou miomas.

Como o procedimento é realizado?

A curetagem é realizada em um hospital ou clínica, sob anestesia local ou geral, para que a paciente não sinta dor.

O procedimento começa com a inserção de um espéculo na vagina para manter as paredes vaginais abertas, permitindo a visualização do colo do útero. Em seguida, o colo do útero pode ser dilatado usando ferramentas especiais, se necessário. Um instrumento chamado cureta (e daí o nome “curetagem”), que pode ser metálico ou de sucção, é então inserido no útero para raspar e remover o tecido da parede interna.

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Durante todo o procedimento, o médico ou médica pode visualizar o interior do útero por meio do exame de histeroscopia, garantindo que todo o tecido necessário seja removido. Após a curetagem, a paciente é monitorada por um curto período antes de ser liberada, o que geralmente ocorre em menos de 24 horas.

Curetagem causa infertilidade?

Apenas em situações raras, onde o procedimento resulta em complicações, a curetagem pode afetar a fertilidade.

Uma das principais complicações é a formação de cicatrizes dentro do útero, conhecida como Síndrome de Asherman, que pode interferir na capacidade do endométrio de se regenerar adequadamente, dificultando a implantação do embrião e, consequentemente, a gravidez.

Outros fatores que podem contribuir para problemas de fertilidade após uma curetagem incluem infecções uterinas não tratadas, que danificam o tecido endometrial, perfuração uterina durante o procedimento, causando danos permanentes, e lesões no colo do útero, que podem levar a consequências ainda mais severas.

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De qualquer forma, é importante deixar claro que a maioria das mulheres que passam por uma curetagem não experimenta problemas de fertilidade. Para isso, é essencial seguir todas as recomendações médicas e discutir qualquer preocupação com seu ou sua ginecologista antes e depois do procedimento.

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