Covid-19: grávidas poderão receber vacina da Pfizer após AstraZeneca em SP

Gestantes e puérperas poderão receber segunda dose da Pfizer no lugar da AstraZeneca para concluírem seu calendário vacinal a partir do dia 23 de julho.

Por Alice Arnoldi
23 jul 2021, 12h41
Grávida-recebendo-vacina
 (Emilija Manevska/Getty Images)
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A partir do dia 23 de julho, gestantes e puérperas do estado de São Paulo poderão tomar a segunda dose da vacina Pfizer/BioNTech após serem imunizadas com a primeira da AstraZeneca/FioCruz. O anúncio foi realizado pelo vice-governador do estado paulista, Rodrigo Garcia, em uma coletiva de imprensa no dia 21 de julho.

A coordenadora geral do Plano Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, explicou que estas mulheres devem receber a segunda dose da Pfizer no dia que estava previsto para tomarem a da AstraZeneca, de acordo com as informações do cartão vacinal. “Pedimos que as gestantes procurem a unidade básica de saúde, de preferência onde já tomaram a sua primeira dose para, no prazo, tomar a segunda dose da vacina da Pfizer”, reforçou a representante durante a coletiva. O mesmo vale para as puérperas.

De acordo com informações consolidadas no portal do governo do estado de São Paulo, 229 mil gestantes e puérperas já receberam a primeira dose dos imunizantes liberados para os dois grupos – Pfizer e CoronaVac/Butantan – e 34,6 mil já completaram o calendário vacinal com as duas aplicações. Dentre elas, 8,8 mil grávidas e mulheres que haviam parido nos últimos 45 dias receberam a AstraZeneca e agora poderão completar a vacinação.

Os conflitos de informações

Ainda que a notícia seja positiva para os dois grupos que estavam aflitos após a suspensão da vacina da FioCruz para gestantes e puérperas, a determinação do estado de São Paulo vai de desencontro com as recomendações do Ministério da Saúde. Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 8 de julho, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a combinação dos imunizantes estava proibida tanto para a população geral quanto para grávidas.

“Não é recomendado, pois não há evidências científicas acerca de intercambialidade de vacinas nas gestantes. Portanto, vamos manter a orientação do Programa Nacional de Imunização (PNI). Os senhores secretários estaduais e municipais de saúde que, por acaso, queiram modificar essa orientação do PNI, não devem fazê-la por conta própria. Devem realizá-la após a aprovação do grupo intergestores do Programa, apoiado pela câmara técnica de especialistas”, enfatizou o representante.

O assunto veio à tona após os estados do Rio de Janeiro e do Ceará terem estabelecido a mesma diretriz que São Paulo, isto é, fazer o complemento vacinal de gestantes e puérperas que receberam a primeira dose da AstraZeneca com a segunda da Pfizer.

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