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Anvisa recomenda suspensão imediata da vacina AstraZeneca em grávidas

Com a orientação da Anvisa, o plano de imunização para gestantes com comorbidades em São Paulo foi paralisado e sem previsão de retorno.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 11 Maio 2021, 17h05 - Publicado em 11 Maio 2021, 11h54
Vacina-contra-covid-19
 (Teddy/Raw Pixel)
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O final de abril foi marcado pela boa notícia de que grávidas e puérperas tornaram-se grupo prioritário para receber a vacina contra covid-19. Em contrapartida, maio chegou com uma orientação nova da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de que a aplicação do imunizante AstraZeneca/FioCruz deveria ser imediatamente suspensa em grávidas.

A informação foi dada em nota técnica publicada pela Anvisa na segunda-feira (10), com o esclarecimento de que o Programa Nacional de Imunização (PNI) deve seguir as informações previstas na bula do imunizante – documento que pontua que a AstraZeneca não deve ser aplicada em gestantes. A orientação é defendida para que seja possível manter o monitoramento de eventos adversos das vacinas na população.

“O uso off label de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”, reforça a nota técnica.

Ainda que a AstraZeneca seja uma opção interessante por permitir a distância maior de três meses entre suas doses, agora apenas as vacinas CoronaVac e a da Pfizer passam a ser recomendadas como imunizantes permitidos para gestantes com comorbidades.

Vacinação suspensa

O posicionamento da Anvisa afetou diretamente o plano de vacinação dos estados brasileiros, como foi o caso de São Paulo. Em uma nota oficial publicada pela Secretaria da Saúde de SP, o governo informou que “decidiu suspender temporariamente a vacinação de gestantes com comorbidades, prevista para começar hoje (11) em todo o Estado”.

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E, até o momento, não há nenhuma previsão de quando este novo grupo prioritário passe a receber os outros imunizantes disponíveis, já que, na mesma nota, é informado de que ainda não se tem uma nova data ou como será realizada esta vacinação. Tudo depende ainda das determinações do PNI do Ministério da Saúde e Anvisa.

Ainda na região sudeste, a paralização foi adotada pelo estado do Rio de Janeiro, que anteriormente havia confirmado a vacinação de gestantes com comorbidades. Roraima, Tocantins, Pernambuco, Bahia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também seguem a diretriz de pausa da Anvisa.

Em contrapartida, regiões que estão fazendo uso da Pfizer e não da AstraZeneca para vacinar gestantes com comorbidades continuam a imunizá-las normalmente. Exemplos disso são locais como Curitiba, Belo Horizonte, Manaus, Recife e Florianópolis.

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