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Brasil registra aumento dos casos de SRAG em crianças

Um relatório do Instituto Oswaldo Cruz chamou a atenção para os altos índices de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) em crianças de 0 a 9 anos no Brasil.

Por Isabelle Aradzenka
Atualizado em 19 out 2021, 12h49 - Publicado em 18 out 2021, 17h28
Mãos de criança com acesso na veia em hospital
 (LWA/Getty Images)
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Com a chegada do novo coronavírus, casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) se tornaram cada vez mais frequentes. Desde 2020, mais de 1.600.000 casos foram registrados de acordo com o último Boletim InfoGripe do Instituto Oswaldo Cruz, divulgado na quinta-feira (14).

Apesar disso, o que chama a atenção no Boletim é a alta incidência da SRAG em crianças de 0 a 9 anos. Diferente das demais idades, que seguiram uma tendência de queda desde o pico da pandemia, os casos nessa faixa etária ainda se mantêm entre 1000 e 1200 registros semanais, o mesmo valor observado em julho de 2020.

“Com exceção da região Norte, todas as regiões do país apresentam diversos estados com número de casos semanais em crianças (0-9 anos) relativamente altos para o histórico da epidemia de Covid-19, mantendo volume de casos de SRAG similares ou até mesmo acima dos picos registrados em 2020 nessa população”, diz o Boletim.

Afinal, o que é esta síndrome?

Muitas vezes confundida com outras doenças, a Síndrome Respiratória Aguda é definida como um conjunto de sintomas (que são relatados pelo paciente) e sinais (que são averiguados em exame físico) que evoluíram a partir de um quadro gripal.

Entre eles pode-se ressaltar:

  • Febre alta e repentina
  • Dor de cabeça e garganta
  • Dificuldade em respirar

A SARG pode ser originada a partir de vírus como o da Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19.

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Por que os índices continuam altos?

O relatório do Instituto Oswaldo Cruz pontuou que, entre adultos e adolescentes de 10 a 19 anos, a Covid-19 foi uma das principais responsáveis pelos casos da síndrome. Mas ainda ressaltou que os Rinovírus, agentes do resfriado comum, apresentaram maior contaminação relativa no grupo mais jovem.

Já para a faixa de 0 a 9 anos, o Vírus Sincicial Respiratório foi um dos agentes causadores prevalecentes, chegando até a ultrapassar os casos de Covid-19.

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Ao contaminar o paciente, o VSR leva à inflamação dos brônquios da criança e, se não tratado, o quadro pode evoluir para um caso de Síndrome Respiratória Aguda. Assim como o SARS-CoV-2, a produção de anticorpos pelo organismo do pequeno é a principal forma de proteção e devem ser levadas em consideração medidas de prevenção.

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