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BEBÊ RESPONDE: Quando a criança pode começar a comer pipoca?

Saiba quais são os riscos que o alimento pode trazer e a partir de qual idade é possível oferecê-lo aos pequenos com mais segurança

Por Carla Leonardi
14 jan 2023, 10h00

A família adora pipoca – seja para acompanhar um filminho ou mesmo como lanche da tarde – mas está com medo de oferecer à criança? Saiba que, de fato, o alimento pode ser arriscado para os pequenos e, por isso, é contraindicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria até os quatro anos de idade.

Para explicar o porquê desse cuidado e trazer outros alertas, consultamos Jessica Pinha, pediatra pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), professora da Faculdade Souza Marques e profissional da Baby Concierge. Confira!

“Podemos oferecer pipoca para a criança, de forma segura, a partir dos quatro anos. Antes disso, ela pode engasgar e broncoaspirar [ou seja, entrar na via respiratória] pequenos pedaços, carocinhos do milho e as casquinhas. O caso da broncoaspiração é agravante, porque esses pedaços vão para o pulmão e podem causar pneumonia aspirativa.

Dependendo do tamanho da criança, a pipoca pode até obstruir as vias respiratórias e demandar manobras, como a de Heimlich, que é uma técnica de primeiros-socorros para casos de obstrução. Diante disso, não recomendo oferecer pipoca antes dos quatro anos de forma alguma.

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Depois dessa idade, os pais podem ficar mais sossegados, mas vale ressaltar que até adultos podem engasgar com pipoca. Então, é necessário sempre ficar alerta.”

Pote marrom cheio de pipoca sobre a mesa.
(bhofack2/Envato)

O que fazer se a criança engasgar com a pipoca

Caso haja obstrução da via respiratória – ou seja, se o pequeno demonstrar que não está conseguindo respirar direito, ficando com a pele azulada – é preciso fazer as manobras de desobstrução e chamar ajuda profissional imediatamente. Apesar disso, mesmo que ele consiga respirar, depois de um breve engasgo com pipoca é preciso acompanhar a criança, pois pode ter acontecido uma broncoaspiração.

“Em casos assim, a família deve entrar em contato com o pediatra e deixar a criança em observação para ver se tem febre ou se vai começar a tossir. Nessas situações em particular, o médico pode recomendar que os pais acompanhem o pequeno até uma emergência médica”, explica Jessica, que finaliza: “É sempre importante realizar atividades ou oferecer alimentos que se adequem à faixa etária. Desta forma, os pais ou responsáveis podem ficar seguros e despreocupados.”

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