Continua após publicidade

Bebê de 10 meses passa por cirurgia para retirar gêmeo parasita

A operação durou cerca de 6 horas e a pequena espera sua total recuperação para voltar ao seu país de origem. Entenda!

Por Laís de Andrade
Atualizado em 24 mar 2017, 19h15 - Publicado em 23 mar 2017, 22h43
 (Children's Medical Missions West/Divulgação)
Continua após publicidade

Em 2016, os gêmeos siameses Jadon e Anias, que eram unidos por suas cabeças, ficaram mundialmente conhecidos após a arriscada cirurgia de separação que durou 27 horas. Agora, outra história tem chamado a atenção ao redor do planeta: a da pequena Dominique. Ela é uma bebê da Costa do Marfim, na África, que veio ao mundo com duas espinhas e um par de pernas e pés extras, que se desenvolveram nas costas, perto de sua nuca. A condição rara é conhecida como “gêmeo parasita”.

O caso é chamado desta forma pelos médicos porque os bebês que nascem nessa circunstância deveriam, na verdade, ter um irmão gêmeo, que acaba não se desenvolvendo ao longo da gestação e se funde ao corpo do outro. Isso quer dizer que esse fenômeno pode ocorrer com gêmeos univitelinos, como esclarece Mirlene Cernach, geneticista da maternidade Pro Matre Paulista, de São Paulo. “Essas alterações são distúrbios de gemelaridade e acontecem quando existe alguma falha durante a separação das células, que acontece comumente durante a 2ª e a 3ª semana de gestação. A separação acaba sendo incompleta e pode gerar o caso citado, de gêmeo parasita”, afirma. A especialista diz, ainda, que não há uma causa específica que gere a malformação.

dominique-gemeo-parasita
(Children's Medical Missions West/Divulgação)

Para corrigir o problema e retirar os membros que estavam acoplados ao seu corpo, a pequena Dominique foi submetida a uma cirurgia de alto risco, realizada no dia 8 de março, no Advocate Children’s Hospital, em Illinois, nos Estados Unidos. Com duração de seis horas, a operação ocorreu graças à organização sem fins lucrativos Children’s Medical Missions West, que ajuda a transportar crianças com condições raras de várias partes do mundo para receberem ajuda médica gratuita.

A marfinense foi levada a Chicago e acolhida na casa de Nancy Swabb, que está responsável pela menininha desde o preparatório para a cirurgia e tem cuidado dela durante todo o pós-operatório. “Nós mandamos muitas fotos e atualizações para que a família de Dominique possa ver como ela está indo e que agora ela tem até dois dentinhos novos, que está aprendendo a acenar e a fazer todo tipo de coisas especiais”, contou Nancy à agência de notícias Reuters.

Sem o procedimento, a garotinha tinha poucas chances de sobrevivência. Agora, no entanto, ela tem apresentado uma boa recuperação – até já começou a se sentar novamente – e deve ser mandada em breve para a sua casa, no país africano: “Ela está indo muito bem. Ficou no hospital por apenas 5 dias. Ela está em casa com a sua ‘mãe adotiva’ e está se saindo, muito, muito bem”, anunciou o cirurgião pediátrico e reconstrutor Frank A. Vicari. E parece que Dominique vai deixar saudade para quem conviveu com ela: “Ela tocou nossos corações. Agora ela é um membro de nossa família e é muito incrível”, declarou Nancy.

Continua após a publicidade

Assista ao vídeo compartilhado pelo hospital americano em que foi feita a cirurgia, contando o caso de Dominique:

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

oferta

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.