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Anvisa aprova uso da CoronaVac em crianças a partir de seis anos

O principal estudo apresentado sobre o imunizante prevê que ele é capaz de proteger crianças em 90% contra hospitalizações por causa do coronavírus.

Por Alice Arnoldi
20 jan 2022, 16h43
vacina
 (VioletaStoimenova/Getty Images)
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Mais um passo foi dado na vacinação infantil contra Covid-19! No dia 20 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da CoronaVac em crianças e adolescentes de seis a 17 anos. A única ressalva é que o imunizante não deve ser aplicado no público imunossuprimido, isto é, que tem o sistema imunológico mais fragilizado.

A decisão final da agência reguladora brasileira é que a vacina do Instituto Butantan pode ser aplicada em duas doses com o intervalo de 28 dias, sem que haja necessidade da adaptação do imunizante para a população pediátrica, ou seja, é a mesma formulação indicada para os adultos.

Inicialmente, a solicitação da validação do imunizante era para a faixa etária de três a 17 anos, em um segundo pedido enviado à Anvisa no dia 15 de dezembro de 2021. No entanto, a permissão só se deu para aqueles que têm mais de seis anos, com a justificativa de que os estudos são mais robustos a partir desta idade.

As pesquisas utilizadas para aprovação da vacina

Segundo a Anvisa, mais de dez análises foram apresentadas para a liberação do imunizante em território brasileiro. Mas a principal é a de efetividade, conduzida no Chile, com participação de 1.976.780 integrantes do público de seis a 16 anos e que caminha para a conclusão dos dados pelo Ministério da Saúde do país chileno.

“Trata-se de um estudo clínico de fase quatro, cujos os achados preliminares relativos à eficácia da vacina na população chilena de zero a 16 anos de idade foram compartilhados pelos seus desenvolvedores com os especialistas da Anvisa”, informou a diretora relatora da agência reguladora brasileira, Meiruze Freitas.

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De acordo com o levantamento, a vacina é 74% eficaz contra a infecção sintomática por coronavírus em crianças que receberam as duas doses do imunizante. Este número sobe para 90% quando o assunto é a prevenção de hospitalizações pela infecção e 100% para admissão em Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) e óbitos. “Tais resultados são importantes na luta para salvar vidas e reduzir expressivamente o impacto no sistema de saúde”, completou a representante.

Outros dois estudos também embasaram a aprovação da Anvisa. O primeiro é o de fase três, com 14 mil crianças e adolescentes de seis a 17 anos do Chile, Malásia, Filipinas, Turquia e África do Sul, em que o país chileno já apresentou resultados preliminares que indicam que a vacina tem baixa reatogenicidade (efeitos colaterais) no público infantil e bom perfil de tolerância.

O segundo é uma pesquisa que está bem aberto e servirá para entender se crianças e adultos traçam o mesmo perfil de anticorpos neutralizantes contra a doença pandêmica. Terão 1.000 integrantes envolvidos de três a 11 anos, recrutados na China, e a expectativa é que os resultados oficiais sejam apresentados em fevereiro de 2022.

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A imunização com a CoronaVac já foi iniciada! 

Logo após a aprovação pela Anvisa, o estado de São Paulo já vacinou a primeira criança dentro da faixa etária com a CoronaVac. Assim como foi feito com a dose pediátrica da Pfizer, a imunização foi iniciada em uma cerimônia simbólica com o garotinho chamado Caetano de Jesus Moreira Graça, de nove anos.

De acordo com o governador João Dória, a vacinação da faixa etária já começa a partir de 20 de janeiro, em 5.200 postos de vacinação e mais 300 escolas públicas habilitadas. A estimativa é que todas as crianças de cinco a 11 anos receberão ao menos uma dose da vacina em três semanas, com a imunização de 250 mil integrantes da faixa etária por dia.

Assim, foi liberado o novo calendário paulista com as datas adiantadas devido a disponibilidade da vacina. Confira:

  • 20 de janeiro a 30 de janeiro: crianças de nove a 11 anos;
  • 31 de janeiro a 10 de fevereiro: crianças de cinco a oito anos.
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